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Time de Sabalenka destaca ajustes no jogo e controle emocional

Foto: Corinne Dubreuil/FFT

Melbourne (Austrália) – O bicampeonato de Aryna Sabalenka no Australian Open teve participação ativa de sua equipe em dois pontos fundamentais: Os ajustes em seu jogo sem que a tenista abrisse mão de seu estilo agressivo e também o maior controle emocional. Tudo isso para que Sabalenka encontre soluções mesmo nos dias em que for mais desafiada.

“Somos os treinadores nas nossas diferentes áreas, mas durante e após as partidas, falamos sobre as coisas que precisamos trabalhar. Nosso trabalho é esse: Encontrar coisas para seguir em frente e continuar sendo melhor”, comentou o preparador físico Jason Stacy após a vitória de Sabalenka sobre a chinesa Qinwen Zheng por 6/3 e 6/2 na final do Australian Open.

O técnico Anton Dubrov acrescentou: “Estamos tentando encontrar uma maneira para que ela ainda possa jogar no seu estilo, mesmo que não esteja no seu melhor dia. Então tentamos trabalhar mais os voleios, para ela ir mais à rede. Porque se ela não consegue jogar na linha de base, se não consegue acertar os winners do fundo de quadra, como sempre, precisa encontrar outras maneiras”.

“Então tentamos melhorar essa parte. Também estamos trabalhando na melhora de algumas, assim, todas as outras partes, como saque, devolução, tudo. É como se tivesse que melhorar tudo o tempo todo. Mas acho que gosto especificamente do movimento e mais foco para poder finalizar na rede”, explicou o treinador da atual número 2 do mundo.

Sabalenka precisou corrigir um problema crônico que tinha no saque e que a levava a cometer muitas duplas faltas. Para isso, foi contratado o especialista em biomecânica Gavin MacMillan. “Pedimos a Gavin para ajustar algumas partes técnicas, para dar a ela uma boa clareza sobre o que ela está fazendo. Se por acaso ela errasse um toss, ela sabia exatamente a razão e o que fazer a respeito. Isso dá a ela aquela sensação de segurança”, comentou o preparador físico da tenista.

Dubrov também falou sobre a necessidade que Sabalenka tem de controlar as emoções e não perder o foco mesmo quando não estiver jogando seu melhor tênis. “Acho que hoje ela é muito melhor em esconder suas emoções e está mais consciente sobre quando precisa começar a se controlar mais. Talvez ela não faça isso o tempo todo, mas ela entende o que está acontecendo e quando pode perder o controle do jogo. Ela sabe que depois de alguns pontos precisa voltar à rotina”.

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Stacy acrescentou: “Esse tem sido o plano há anos, torná-la mais consciente do que estava acontecendo. Ela costumava perguntar: ‘O que eu faço? O que eu faço?’ E foi ela quem decidiu ser mais autoconsciente dessas situações, então demos-lhe as ferramentas sobre o que fazer a respeito. Não é algo da noite para o dia. É um processo. De repente ela, como Anton disse, está apenas escondendo isso muito bem, e não há garantia de que será assim todas as semanas. Mas o que a torna tão perigosa e tão poderosa também é essa parte dela”.

Clima de leveza em toda a equipe

Além de toda a evolução dentro de quadra, é importante manter um clima de leveza entre todos os membros da equipe. Durante toda a campanha para o título, Sabalenka fez atividades lúdicas com a equipe, colocou todo o time para dançar antes e depois do torneio e ainda teve uma curiosa superstição: autografar a careca de Stacy antes dos jogos.

“Acho que é tudo uma questão de se divertir e aproveitar o processo. A gente sempre faz muita loucura com a equipe (sorrindo). Isso me ajuda a manter o foco. Já existe pressão suficiente na quadra, e fora dela estamos apenas tentando manter as coisas simples, divertidas e garantir que todos nós gostemos do processo”, falou a bicampeã na coletiva de imprensa de sábado. E seu preparador físico está preocupado com o sucesso da empreitada: “Agora estão tentando dizer que preciso fazer uma tatuagem disso na cabeça…”

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