Melbourne (Austrália) – Pelo segundo ano consecutivo, o título do Australian Open é de Aryna Sabalenka. A atual número 2 do mundo repetiu a conquista da última temporada em Melbourne, e o fez desta sem perder sets. Sabalenka superou na final deste sábado a chinesa Qinwen Zheng, 15ª do ranking, por 6/3 e 6/2 em 1h16 de partida.
Este é o segundo título de Grand Slam da carreira de Sabalenka, que disputou sua terceira final. Além do bicampeonato na Austrália, a jogadora de 25 anos também ficou com o vice no último US Open. Ela permanecerá na segunda posição do ranking, liderado pela polonesa Iga Swiatek. Ela, aliás, cumpre uma promessa feita ao pai de conquistar dois títulos de Slam até os 25 anos.
Entre as campeãs recentes do torneio, apenas quatro outras jogadoras venceram o Australian Open sem perder nenhum set, Lindsay Davenport em 2000, Maria Sharapova em 2008, Serena Williams em 2017 e Ashleigh Barty em 2022. A bielorrussa também repete o feito da compatriota Victoria Azarenka, que foi ganhou dois títulos seguidos em 2012 e 2013. Lembrando que tenistas russos e de Belarus estão jogando sem bandeiras ou símbolos nacionais há quase dois anos, desde o início da guerra na Ucrânia.
Por sua vez, Qinwen Zheng foi apenas a segunda mulher chinesa a jogar uma final de Grand Slam e recolocou seu país numa decisão dez anos depois da conquista de Na Li em 2014. Li tem também dois vice-campeonatos na Austrália, em 2011 e 2013, além de um título de Roland Garros em 2011. A jovem jogadora de 21 anos entrará no top 10 e terá o melhor ranking da carreira, assumindo o sétimo lugar. Ela treina em Barcelona com o espanhol Pere Riba, que foi o técnico da norte-americana Coco Gauff na conquista do US Open do ano passado, vencendo a própria Sabalenka na final.
A vencedora do torneio receberá 2 mil pontos no ranking e um prêmio em dinheiro de 3,15 milhões de dólares australianos. Já a vice fica com 1.300 pontos e vai receber 1,725 milhão de dólares australianos.
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Em quadra, Sabalenka e Zheng protagonizaram uma entre duas jogadoras de estilo agressivo e muita potência nos golpes, especialmente com o forehand, definindo os pontos em poucas trocas de bola. A bielorrussa, que corrigiu nos últimos anos um problema crônico que tinha no saque, foi dominante em seus games de serviço e terminou a partida sem sofrer quebras, enfrentando só três break-points. Ela quebrou três vezes o serviço da rival. Zheng até fez mais winners, 19 a 14, mas também cometeu mais erros, 16 a 14. A chinesa disparou seis aces e terminou o torneio com 54 no total, sendo a jogadora com mais aces na chave.
Raw power from @SabalenkaA! She closes out the point, the game and takes a 6-3 4-1 lead.#AusOpen • @wwos • @espn • @eurosport • @wowowtennis pic.twitter.com/DU9pNTfzpJ
— #AusOpen (@AustralianOpen) January 27, 2024
O início de partida foi o melhor possível para Sabalenka, que fez um game de saque muito rápido e conseguiu a quebra logo na sequência. Mesmo em um game que Zheng jogou bastante com o 1º serviço, ela devolveu bem e saiu com 2/0 no placar e 8 a 1 no total de pontos. A chinesa enfim entrou no jogo e teve três chances de devolver a quebra, mas Sabalenka saiu de um 0-40 para fazer 3/0. E ainda que a rival passasse a confirmar seus games, salvando quatro set-points, a atual campeã seguia sem ter o serviço ameaçado até o fim da parcial.
A vantagem de Sabalenka ficou ainda maior depois que ela conseguiu uma quebra logo na abertura do segundo set, contando com três duplas faltas de Zheng no mesmo game. Cada vez mais confortável no placar, ela seguia sem correr riscos em seus games de saque, ela também voltou a quebrar e fez 5/1 no placar. A chinesa até buscou algumas variações, arriscando algumas curtas para trazer a rival à rede, mas não teve sucesso. Sabalenka continuou soberana na partida e conquistou seu segundo título em Melbourne.
Sabalinda.
É, não teve uma disputa! como esperado a Sabalenka dominou o jogo. Alguns momentos pontuais mais complicados foi principalmente devido a seus próprios erros de ataque.
A Zheng fez o que pôde, principalmente no saque, apesar de entregar umas duplas faltas que não poderia diante das necessidades de não errar. Foram adversárias acima do top 50, mesmo assim teve dificuldades, mas jogou muito bem, fez sua parte e chegou na final. Chegou onde teoricamente a chave foi se apresentando favorável nas 3 primeiras rodadas. Não pegou a partir das oitavas a Pegula, nem a Rybakina e nem a Iga. Está de parabéns, final de GS contra uma adversária que, hoje, dificilmente alguém venceria.
Por falar nisso, até duas semanas atrás, acredito que a maioria diria que a jogadora a ser batida era a Iga, pelo que ela vinha fazendo nos últimos meses desde o Finals. Mas, cada semana vamos tendo uma fotografia diferente do esperado.
Sabalenka poderia dar uma aula ao Djockovid 19 de como ser bom em quadra e carismático (sem forcar) fora dela.
Concordo plenamente
Agora as ucranianas surtam
queria uma final sabalenka e svitolina
É mesmo… Na verdade, foi uma final com cara de jogo de PRIMEIRA RODADA, com SABALENKA totalmente dominante do início ao fim… Duvido muito que essa chinesa tenha a capacidade de chegar a outra FINAL de Grand Slam… Acho que uma final contra DAYANA YASTREMSKA ou MARTA KOSTYUK, até por serem ucranianas, daria um jogo muito mais emocionante…
Parabéns pra ela mereceu muito
Mereceu mesmo, sobrou no jogo e passou o trator em cima da Zheng…
A Sabalenka é melhor que a Swiatek, só que entrega um monte de jogos que tavam na mão dela, a final do US Open era dela e entregou, a semi de Roland Garros também, mas tem jogo pra vencer todos os slams da temporada.
Sabalenka é linda, carismática e ótima jogadora! Resolveu seus problemas com o saque e mental! Vai longe e ganhar muito mais Slam que a própria Iga!
Resultado bastante previsível, independente da excelente campanha de Zheng, que teve a sorte de ter um caminho relativamente tranquilo até chegar na final com as quedas precoces de (Pegula, Rybakina e Iga) e como não tem nada a ver com isso, fez o que pode diante de uma jogadora num estágio muito superior. Embora, no tênis feminino não tem como cravar nenhuma supremacia. Tanto Sabalenka, como IGA e eventualmente Rybakina, vão se alternar nos diversos torneios do ano. Gauff também chega mais forte este ano, mas, ainda tem um caminho a percorrer na minha opinião.
Concordo contigo e duvido muito que Zheng consiga chegar à final de outro Grand Slam…
Acho a Zheng capaz de ganhar ou perder de toda a turma do top 8+. A Muchova, que está eventualmente nesse bolo, já considero mais difícil. Assim, não seria difícil ela, numa próxima, pegar mais um caminho pra chegar na final enfrentando no máximo as que estão abaixo dela. Já seria mais difícil mas ela está onde está por sorte e por que tem tênis para enfrentar essa turma ali abaixo, podendo dar qualquer coisa.
A diferença de força, potência e agressividade entre Aryna e 99% das outras tenistas é gigantesca.
Num dia com menos erros e com o saque entrando Aryna é invencível no circuito feminino.
Se mantiver o emocional sob controle (e não der aquelas viajadas como na final do US Open..) ela vai dominar o tênis feminino por algum tempo…
Parabéns, joga muito!