Swiatek: “Quem dirá agora que tênis feminino é chato?”

Foto: Getty Images/WTA

Madri (Espanha) – Uma partida emocionante em que nada foi possível prever até a última bola para fora de Aryna Sabalenka. Com 3h11 de duração, muito equilíbrio, tensão, pancadaria e lances de tirar o fôlego, a decisão do WTA 1000 de Madri foi uma demonstração clara de que o tênis feminino tem muita competitividade e valor.

Vencedora desta batalha entre as duas principais jogadoras do mundo na atualidade, a polonesa Iga Swiatek cutucou os críticos e exaltou a partida. “Quem vai dizer agora que o tênis feminino é chato? Parabéns também para Aryna, porque nós duas fizemos um esforço incrível hoje. Sinceramente, no final não me importei se ganhei ou perdi. Apenas fiquei feliz por ter superado o estresse que tive nos dois primeiros sets. Num jogo como esse, cada milímetro conta, é uma loucura o quanto cada detalhe importa. A única coisa que eu tinha em mente era jogar melhor a próxima tacada”, disse.

Tentando evitar qualquer polêmica, Swiatek fez questão de não comparar o tênis feminino com o masculino, mas reforçou que o importante é valorizar o que cada jogo pode despertar nas pessoas. “Se tivéssemos que jogar contra um homem, perderíamos. Não é sobre isso, mas sobre como dois tenistas jogam um contra o outro. Acho que podemos fazer grandes partidas. Sou a número um, mas vejo jogadoras do top 10 que conseguem disputar batalhas muito intensas. É sobre as emoções que isso desperta nas pessoas. Não devemos comparar o nível do tênis, mas o que ele gera quando você assiste tênis, o que pode ser interessante e emocionante,” explica.

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A número 1 do ranking também rasgou elogios a Sabalenka e agradeceu a adversária pelo incrível duelo deste sábado. “Aryna, [que façamos isso] por muitas outras finais. É sempre um desafio jogar com você. Obrigada por me motivar e me forçar a ser uma jogadora melhor. O que vocês viram na quadra hoje foi muito especial”, destacou a polonesa.

Primeiro título na Caixa Mágica

Ao conquistar o WTA de Madri, Swiatek completou sua galeria particular nos grandes eventos de saibro do circuito. Tricampeã de Roland Garros e dona de duas taças em Roma e Stuttgart, a polonesa agora triunfa no saibro espanhol, naquele que era o último torneio que importante que lhe faltava. Para ela, no entanto, isso não tem um grande peso neste momento. “Quando eu olhar para trás daqui a alguns anos, isso significará muito, mas, por enquanto, estou feliz por ter vencido este torneio, de qualquer maneira. Não importa para mim se ganhei antes ou não, tento vencer todos os torneios”, afirmou a tenista de 22 anos.

Ela também falou um pouco sobre o jogo e as dificuldades emocionais quem uma decisão como esta pode trazer. “Acho que foi mais uma questão de quem ficaria menos nervosa e quem poderia jogar com mais liberdade. Na maior parte da partida, senti que algumas decisões [dela] foram muito corajosas. Então, no final, eu só queria ser corajosa também. Não sei o que fez a diferença, mas acho que foi apenas alguns detalhes no tiebreak. Nós duas merecíamos vencer hoje”, finalizou a campeã.

Polonesa quebra novas marcas

Aos 22 anos e 338 dias, Swiatek se tornou a mais jovem jogadora a conquistar oito títulos de WTA no saibro desde a espanhola Arantxa Sanchez Vicario em 1994, aos 22 anos e 114 dias. Ela também tem agora o melhor aproveitamento em títulos por torneio disputado na terra batida, com nove conquistas em 29 eventos (31%).

Desde que o atual formato do circuito feminino foi implementado, em 2009, nenhuma outra tenista atingiu a casa dos 30%. A vice-líder no quesito é a norte-americana Serena Williams, com 26,5% (13 títulos em 49 torneios). Completam o top 5 a belga Kim Clijsters (18,2%, com duas taças em 11 eventos), a russa Maria Sharapova (16%, com oito canecos em 50 competições) e a australiana Ashleigh Barty (12%, sendo três conquistas em 25 campeonatos).

Swiatek chegou também a uma sequência de oito vitórias consecutivas em finais na elite do ciruito feminino, estando invicta desde o título em Stuttgart no ano passado. Anteriormente, ela mesma foi a última a alcançar mais de sete triunfos seguidos em decisões, obtendo uma série invicta dez jogos em finais entre as conquistas de Roland Garros em 2020 e do US Open em 2022.

Em números totais de títulos em WTA 1000, ela se iguala à tcheca Petra Kvitova e à romena Simona Halep, todas com nove troféus. Serena Williams, com 13, e Victoria Azarenka, com dez, são as maiores vencedoras neste nível de evento. Por fim, a jovem de 22 anos tem a quarta melhor média de aproveitamento de vitórias no saibro na Era Aberta, com 44,4%. À frente dela estão apenas Chris Evert (68,7%), Margaret Court (52,5%) e Steffi Graf (50%).

Iga salva match-points, supera batalha de 3h e é campeã

33 Comentários
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Igo Sabalenko
Igo Sabalenko
5 meses atrás

Esse jogo foi digno de uma final, alto nível e bom de assistir. Sabalenka não pode reclamar que não teve chances, quem não finaliza vai acabar finalizado. Contudo, arrisco-me a dizer que na premiação quem roubou a cena foi a Sra. Garbine Muguruza, como pode ter ficado ainda mais linda pouco tempo após se aposentar? Um espetáculo de mulher, quase desconserta a Dona Iga.

Flávio
Flávio
5 meses atrás
Responder para  Igo Sabalenko

Claro que ela agradeceu a Sabalenka, pois ela entregou para ela sendo incompetente porque tinha 3×1 a favor e ainda 2 match point que não poderá reclamar de nada porque tinha mais chances de vencer.kkk

Fábio
Fábio
5 meses atrás

Chato é quem não sabe admirar um bom jogo

Ricardo
Ricardo
5 meses atrás

Só o tal do Flávio pra dizer que é chato

Flávio
Flávio
5 meses atrás
Responder para  Ricardo

Ricardo eu não falei isso, reconheci que foi intenso e realmente foi diferente poruqe não é normal o tênis feminino ter uma disputa assim o que levantei mesmo é que a Sabalenka foi incompetente e amarelou como é diversas vezes na sua carreira, pois teve 2 match point e um 3×1 de frente e tremeu.

Marcelo Reis
Marcelo Reis
5 meses atrás
Responder para  Flávio

“Mais uma vez o jogo limitadíssimo da polonesa venceu” (FLÁVIO, 2024).

Amigo, clareie um pouco meu entendimento. Por que você a considera limitadíssima? Baseie-se em evidências, por favor.

Ela só tem 22 anos, 4 GSs, Finals, mais de 100 semanas no top 1, uns 20/21 títulos no geral, etc.

Eu respeito sua opinião, mas dizer que ela é limitadíssima me parece meio ilógico.

Luis Ricardo
Luis Ricardo
5 meses atrás

aguardando os comentários ” brilhantes” de um tal Flavio falando do jogo “GROSSEIRO” da Iga…kkkkk

Flávio
Flávio
5 meses atrás
Responder para  Luis Ricardo

Já falei rapaz, mas pra que repetir ,né. kkkkk

João Sawao ando
João Sawao ando
5 meses atrás
Responder para  Luis Ricardo

E não esqueça do blumenau

Flávio
Flávio
5 meses atrás
Responder para  João Sawao ando

João Sawao ando comemore cara,pois a jogadora de ping-pong, Iga, venceu a pipoca Sabalenka kkkk, mas enquanto isso o tênis feminino desse jeito esta se afundando na mediocridade.

YAN
YAN
5 meses atrás

Realmente, uma das melhores partidas da WTA nos últimos meses, não esperava muito da partida, mas entregou muito mais do que o esperado. Se o sorteio da chave em Rolanga permitir, gostaria de ver uma final entre Swiatek x Rybakina, outra que vem tendo ótimas atuações no saibro esse ano.

João Sawao ando
João Sawao ando
5 meses atrás
Responder para  YAN

Yan tb espero

Flávio
Flávio
5 meses atrás
Responder para  YAN

Agora vc falou um comentário legal ao dizer sobre a partida, de fato, foi diferente porque não é normal o tênis feminino ter uma disputa de final assim.

João Sawao ando
João Sawao ando
5 meses atrás

Um grande jogo

Paulo Mala
Paulo Mala
5 meses atrás

Não vi a partida, só algumas olhadas rápidas, entao nao sei ate que ponto foi boa. A questão é que é bem raro ter um jogo assim no feminino. No masculino tem jogos bem pegados em várias rodadas mesmo iniciais…

Última edição 5 meses atrás by Paulo Mala
Bruno Costa
Bruno Costa
5 meses atrás
Responder para  Paulo Mala

ah… me desculpa me desculpa, me desculpa.. mas com a aposentadoria de Federer, alguns da geração anterior, final do Nadal e má fase do sérvio, o que tenho visto no masculino são jogos medianos atualmente

Flávio
Flávio
5 meses atrás
Responder para  Bruno Costa

Concordo com Paulo Maia.

Paulo Mala
Paulo Mala
5 meses atrás
Responder para  Bruno Costa

Eu concordo que o tenis masculino de antigamente era melhor. Principalmente quando tinha estilos de jogo mais diferentes
Mas o ponto que eu quis dizer, é que o masculino tem jogos muito melhores que o feminino

Flávio
Flávio
5 meses atrás
Responder para  Paulo Mala

Paulo maia claro que é e não precisa explicar, mas como eu sempre falo não dar para compararmos porque lá é outro nível o que sempre cobro é um pouco de qualidade no tênis feminino ,principalmente a atual número 1 que só maltrata a bolhinha porque do jeito que esta, ou seja, uma jogadora de ping- pong, Iga, dominar isso só vai afundar cada vez mais o tênis feminino desprestigiando tanto é que o público não torce para a polonesa, exceto os poloneses e os nutellas devido a falta de qualidade da número 1 atual, que é a pior número 1 dos últimos 4 ou 5 anos porque só joga na grosseria, pois o tênis não é só isso e a Barti já provou que dar para ser vencedora jogando com qualidade.

Valter
Valter
5 meses atrás
Responder para  Flávio

Vi que tem uns cometários contra você Flávio, más entendo seu ponto de vista.
Também acho que a Iga só tem pancada. Geralmente não assito o tenis feminino por não me agradar.
No jogo de hoje não ví um slace, uma deixada…
É jogo de pancada e mais nada.
Ganhou a Iga que conseguiu angular melhor os seus pontos.
A Sabalenka quando devolvia os ataques da Iga, geralmente, devolvia proximo ao centro da quadra, facilltando a devolução da Polonesa.
Já a Iga, conseguiu sua maioria de pontos fazendo a Sabalenka correr de um lado para outro, angulando melhor suas jogadas.
Más foi só isso. Pancada de uma lado, devolução na pancada de outro.
lembrando que pancada, considerando a potencia do tenis feminino.

Carlos Alberto Ribeiro da Silva
Carlos Alberto Ribeiro da Silva
5 meses atrás

Prefiro ver jogo de duas mulheres top 30 do que jogo entre dois homens que estão entre o top 50 e top 100.

Rogerio Silva
Rogerio Silva
5 meses atrás

O tênis feminino é chato,essa partida que foi atípica !
Assim como foram as diversas desistências no mesmo torneio.
Falar que o tênis feminino é disputado equivale a dizer que o tênis masculino é imprevisível por conta das diversas e frequentes desistências.
Simples assim!

Cristiana
Cristiana
5 meses atrás
Responder para  Rogerio Silva

Não assista, ué
Assista só ao masculino e comente só o tênis masculino.
Simples assim!

Rogerio Silva
Rogerio Silva
5 meses atrás
Responder para  Cristiana

Não assisto ou assisto e reclamo ou elogio.
Eu tenho esse direito.
Ainda tenho esse direito.
Só não vou achar o que vocês querem.
Você,Cristiana,faça o que você quiser e deixe as outras pessoas fazerem o mesmo.
Simples assim.

Vanessa
Vanessa
5 meses atrás
Responder para  Cristiana

Alguns deles são assim aqui. Querem ficar comparando jogo feminino com o masculino o tempo todo, depois dizem que não fazem isso… Concordo contigo, se não curte, não assista é simples.

Fernando Venezian
Fernando Venezian
5 meses atrás

Se todas se manterem saudáveis, teremos um Rolanga interessante! Aryna e Elena já mostraram que podem bater a Iga no saibro! Ons e até nossa Beatriz também podem surpreender

Paulo Honda
Paulo Honda
5 meses atrás

E aumenta a coleção de títulos da polonesa, que aos poucos vai vencendo a desconfiança dos orfãos de Serena e Barty e pavimenta sua inclusão entre os maiores nomes do tênis feminino. Será difícil superar os 25 slams de Margareth, mas quem a vê jogando e vencendo tanto ainda aos 22 anos, não pode duvidar de nada. Parabéns Iga!
Nota: Merece os parabéns também a Sabalenka, que não abriu mão do seu jogo agressivo, levando Swiatek “às redes” inúmeras vezes durante a partida. No final, como a própria campeã disse, poderia ter ido para qualquer lado, que seria bem merecido.

Ana
Ana
5 meses atrás
Responder para  Paulo Honda

Quem vai superar essa marca aí de 25 é o Djokovic.

Celio
Celio
5 meses atrás

A unica coisa que estragou foi o Cledir Oliveira, o cara vem do futebol, nao entende nada de tenis, colocacoes erradas, emocoes erradas, a Sabalenka vence um ponto inacreditavel e o cara diz que a Swiatek ta dando mole, a ESPN botando o Nardini no futebol, sendo o melhor narrador de tenis disparado.

Ana
Ana
5 meses atrás
Responder para  Celio

O Nardini gosta de falar muito!!!! É perfeito para o futebol. Tênis precisa respeitar os momentos de silêncio durante os pontos… Coisa que ele não sabe fazer.

Cristiana
Cristiana
5 meses atrás

Ah, quem dirá que o tenista feminino é chato? Os palpiteiros aqui do Tênis Brasil, Iga não conhece, sabe de nada… rs rs
O machismo é tanto que os comentários, aqui, são do nível “fulana é bonita”. Engraçado que ninguém fala isso dos rapazes, né? Falam só do jogo do Djoko ou do Nadal.
Ou seja, aqui, sim, reina o preconceito…

Rogerio Silva
Rogerio Silva
5 meses atrás
Responder para  Cristiana

Uma participante falava sempre “ah meus sais”,acho que era isso .
Não lembro o nome dela,mas bastava ver os tenistas que ela achava mais bonitos para vir com as exclamações.
Sempre teve liberdade sobre isso aqui.
Lembro do saudoso site do Paulo Cleto o que se falava da “Eleninha”.
O que temos hoje não é preconceito.
O que temos é lacração e tentativa de intimidar.
Tudo é preconceito e assédio hoje em dia.

James Garcia
James Garcia
5 meses atrás

Eu prefiro mil vezes ver uma partida de tênis feminino do que aturar uns malas igual o Casper CUud pipoqueiro que todo mundo fica bajulando como se fosse alguém do nível do Nadal no saibro

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