Diego Diegues
De Melbourne, especial para TenisBrasil
Eliminada na segunda rodada do Australian Open, Luisa Stefani concedeu uma entrevista exclusiva a TenisBrasil. A paulista comentou sobre a sua nova parceira para o ano, a americana Peyton Stearns, as expectativas para a temporada e o objetivo de terminar o ano sem nenhuma contusão.
Stefani lamentou a perda do primeiro game do jogo, que durou cerca de 15 minutos e quatro break points a favor da brasileira e sua parceira. “Tivemos várias chances de quebrar o saque delas e não conseguimos. A confirmação do game deu uma confiança extra para elas”, disse a medalhista de bronze.
Os break points desperdiçados pela brasileira e americana foram um dos motivos apontados por Stefani para a eliminação na chave de duplas. A paulista lamentou a falta de intensidade nos primeiros games de cada parcial, além da inconsistência nos pontos mais importantes do jogo. “Não jogamos bem os pontos importantes, e isso custou caro. Todo game foi para 30/30 ou iguais e não conseguimos aproveitar as nossas chances”, disse a brasileira.
Recuperada de um procedimento no joelho, que afetou sua preparação para o Australian Open, Stefani tem como maior objetivo disputar as partidas sem limitações físicas. “Fiz essa cirurgia seis semanas atrás. O ano passado foi uma saga (se referindo ao joelho). Eu quero jogar sem dor e reconstruir a minha confiança com o meu corpo”.
A preocupação acerca de um maior desgaste no seu corpo, devido a falta de preparação ideal para o Australian Open foi um dos motivos que fizeram Stefani não jogar duplas mistas neste ano. Campeã ao lado de Rafael Matos, em 2023, a brasileira quer focar no seu aspecto físico sem sobrecargas de jogos. “Não quero adicionar um volume e uma intensidade a mais desnecessária neste momento”, comentou.
Escolha de parceira
De parceira nova para 2025, Stefani afirmou como foi a escolha de Peyton Stearns para atuar ao seu lado. Em busca de “encaixar” calendário, a brasileira afirmou que o fato da americana também jogar simples não a preocupa. “Esse ano eu procurava uma parceira que me complementasse. Ela é sólida do fundo de quadra, com bons saques e devoluções”, afirmou a paulista, que espera aprimorar o entrosamento nos próximos torneios.
Entrosamento dentro e fora de quadra
Stefani admitiu que Stearns não era sua primeira opção, porém acredita que o jogo entre elas irá se encaixar. “Preciso de mais ritmo de jogo. Quantos mais jogos jogarmos juntas será ótimo. Nesse começo de parceria o mais importante é nos comunicarmos bem. Entender a maneira que queremos jogar. Precisamos ter o entendimento do jogo de duplas e como usar a quadra a nosso favor”, encerrou.
A princípio Stefani e Peyton irão jogar juntas até o WTA de Miami. Porém a brasileira não vê empecilhos para uma possível extensão até o final da temporada. “A ideia é clicar e jogar o ano inteiro juntas. Feliz e confiante com o processo que eu estou no momento e sempre buscando evoluir”.