Bolonha (Itália) – Depois da vitória dramática de Marcel Granollers e Pedro Martínez sobre Kevin Krawietz e Tim Puetz por 6/2, 3/6 e 6/3, a Espanha garantiu sua volta à final da Copa Davis após seis anos. O triunfo em Bolonha selou o placar de 2 a 1 diante da Alemanha e garantiu aos espanhóis as chance de desafiar a Itália, atual bicampeã e dona da casa nesta fase final.
Na coletiva de imprensa após o confronto deste sábado, o capitão David Ferrer e a dupla espanhola analisaram o desempenho, relembraram o caminho até a decisão e projetaram o duelo deste domingo contra os anfitriões.
Ferrer abriu a entrevista destacando o momento especial vivido pela equipe. “Estou realmente orgulhoso, claro, porque tem sido uma semana incrível. Eu acreditava que eles poderiam fazer isso. É uma grande oportunidade para eles e um grande desafio. Espero que estejamos prontos”.
Questionado sobre o histórico de confrontos contra a Itália, Ferrer minimizou o passado. Os italianos levam vantagem por 7 a 6, mas os espanhóis não sabem o que é perder para os rivais desde 1997, com dois triunfos desde então, em 2000 e 2005. “Não importa. É o passado, e o passado não conta. O que conta é o momento. Amanhã vai ser diferente”, disse, lembrando ainda as ausências dos dois lados. “Eles não têm Lorenzo Musetti e Jannik Sinner. É um bom ponto, mas também não temos Carlos Alcaraz conosco”.
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A ausência de Alcaraz também foi tema na entrevista concedida mais cedo à imprensa espanhola. Marcel Granollers afirmou que o grupo se uniu após a notícia da lesão do número 1 do mundo. “Obviamente, todos queríamos que Carlos estivesse aqui para ajudar nosso time. É nosso melhor jogador. Porém, às vezes essas coisas acontecem, há lesões. Depois, acho que todos acreditamos: estamos indo dia a dia, ponto a ponto, somos jogadores que podem competir em todas as situações e estamos demonstrando isso”.
Ferrer também fez questão de enaltecer dos jogadores que estão em Bolonha, destacando a força do grupo. “Estamos na final porque os jogadores são muito bons e porque eles mesmos acreditaram que podiam estar na final”, frisou.
A união do grupo foi um tema recorrente. “Estamos diante de um grupo muito saudável”, disse Granollers. “Somos um grupo com perfis de jogadores parecidos quanto à personalidade, todos nos apoiamos muito mutuamente. Acho que, na Copa Davis, ou você é uma equipe e um grupo muito unido, ou é muito complicado vencê-la. Seguimos demonstrando que juntos podemos”.
Ferrer, por sua vez, encarou como motivação o fato de decidir o título fora de casa. Ele, inclusive, recordou um episódio marcante da sua carreira, diante da Argentina em 2008. “Isso é algo que já fizemos em Mar del Plata. Jogamos uma final fora, tudo estava contra nós e conseguimos vencer. Por que não? É um grande desafio para eles, uma grande oportunidade. Jogar com o público contra, esse ambiente, eu já não posso desfrutar disso como jogador, então vou desfrutar como capitão”.










