Bolonha (Itália) – A equipe alemã deixou a SuperTennis Arena visivelmente abatida após a derrota para a Espanha na semifinal da Copa Davis. Apesar da boa campanha em Bolonha e da luta até o último jogo, o time comandado por Michael Kohlmann viu a vaga na final escapar nos detalhes.
Depois de um confronto equilibrado, Tim Puetz e Kevin Krawietz tiveram a chance de completar mais uma virada nesta fase final, mas acabaram superados por Marcel Granollers e Pedro Martínez, que mantiveram sua invencibilidade na semana e selaram a classificação espanhola para a decisão do torneio.
O capitão Michael Kohlmann reconheceu que o grupo esperava ir mais longe e não escondeu a frustração. “Estamos muito decepcionados com o resultado, com o desfecho desta eliminatória. Acho que todos esperavam mais este ano. No primeiro jogo, o Jan-Lennard lutou muito, se manteve firme com grandes saques e deveria ter vencido o tiebreak, mas ficou um pouco tenso no final e não encaixou nenhum primeiro saque no 6-3. Foi uma derrota pesada”, lamentou.
No duplas, o capitão reconheceu que o time sofreu com a arrancada espanhola, embora tenha conseguido equilibrar o jogo no segundo set. “Quando estávamos perdendo por 0/4, a energia e o estilo de jogo mudaram um pouco. Não aproveitamos nossas oportunidades em duas ocasiões. Também tivemos break points no primeiro set, o que nos deu alguma confiança para o início do segundo. Mas este formato é muito apertado, não há margem de erro. Hoje não aproveitamos nossas chances, e por isso estamos indo para casa, enquanto a Espanha está na final.”
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Puetz e Krawietz também ressaltaram o mérito dos rivais. A dupla alemã, tradicionalmente forte na Davis, reconheceu que não conseguiu manter o padrão ideal nos momentos-chave, principalmente diante da solidez de Granollers e Martínez.
Entre os temas mais discutidos da coletiva esteve novamente o formato da Copa Davis. Perguntado sobre a diferença entre o modelo atual e o anterior, Tim Puetz afirmou que, para os jogadores, a mudança é menos significativa do que parece.
“Somos tenistas profissionais. Não podemos nos preocupar tanto com as semanas. No fim, jogar três partidas ou uma não muda muito para nós. É uma questão de gosto: alguns preferem o formato de ida e volta, outros a fase de grupos.”
O alemão reiterou que a opinião do grupo é clara. “Nós, como equipe — o Zverev falou isso várias vezes — também preferimos os confrontos de ida e volta, porque lembram mais a Davis tradicional. Mas, a longo prazo, como vão manter o formato está fora do nosso alcance. Vamos jogar onde nos mandarem.”
Com mais uma semifinal no currículo, a Alemanha segue com um incômodo tabu. Tricampeão e vice em mais duas oportunidades, o país não vence o torneio desde 1993, naquela que foi a última vez em que chegou à decisão.










