Cincinnati (EUA) – Jannik Sinner voltou às quadras após um mês desde sua conquista em Wimbledon e não teve dificuldades para garantir uma vitória rápida na estreia do Masters 1000 de Cincinnati. Em apenas 59 minutos, o número 1 do mundo derrotou o colombiano Daniel Galán por 6/1 e 6/1, mostrando desde o primeiro game a intensidade e precisão necessárias para defender o título conquistado na temporada passada.
Em entrevista logo após a partida, Sinner destacou as dificuldades impostas pelas condições da competição. “Os jogos são sempre muito diferentes dos treinos. Hoje me sinto feliz com o desempenho, mas sei que ainda tenho aspectos a melhorar para as próximas rodadas”, avaliou o italiano, ressaltando a velocidade da bola e o desafio de manter o saque preciso. “A bola voa muito rápido aqui, e é preciso sacar com muita precisão sem perder o equilíbrio. É um desafio que exige foco constante.”
Outro fator que chamou atenção foi o calor extremo em Ohio, que exige preparo especial dos atletas. “À medida que o jogo se aproxima, você já começa a sentir o calor. Por isso, usamos os dias antes para adaptação. Além do aquecimento na quadra, fazemos rotinas na academia para que o corpo se aclimate e esteja pronto para o ritmo da partida”, explicou.
Sinner também valorizou o apoio da torcida local, que fez a diferença em sua volta ao torneio. “O público aqui é impressionante, e isso faz toda a diferença. Estou feliz de retornar a Cincinnati e espero manter esse nível para defender o título.”
Treinador diz que Sinner tem alguns anos para completar o Grand Slam
Ricardo Piatti, técnico que acompanhou Jannik Sinner desde a adolescência, analisou recentemente em entrevista ao La Stampa, a evolução do italiano e a rivalidade com Carlos Alcaraz. Para o treinador, seu antigo pupilo tem tempo e condições para alcançar objetivos ainda maiores.
“Tanto Sinner quanto Alcaraz são competidores que adoram o desafio e buscam ser os melhores, mas de forma saudável, sem obsessão. Ambos fizeram muitos sacrifícios para chegar onde estão e agora querem aproveitar os resultados”, comentou, destacando a maturidade dos dois jovens.
Sobre o futuro, Piatti afirma que Sinner tem “seis ou sete anos” para completar o Grand Slam, meta que o italiano já persegue com passos firmes. “Neste último ano, Jannik deu um grande passo, também melhorou no saibro. Em Paris a aposta foi maior em Alcaraz, em Wimbledon, em Sinner, o que mostra estilos e personalidades diferentes, o que é positivo para o esporte.”
Com a temporada chegando ao fim, Piatti aponta as próximas metas do italiano. “Eles já estão classificados para as ATP Finals, mas ainda têm dois objetivos claros: vencer o US Open e terminar o ano como número 1 do mundo.”
Na disputa pelo topo da temporada, o técnico reconhece que Alcaraz leva vantagem, mas vê Sinner focado. “Alcaraz está na liderança da corrida e Jannik o está perseguindo, cerca de 1.500 pontos atrás. O importante não é só o ranking ou dinheiro, mas vencer. O resto vem naturalmente. Se Alcaraz vencer o US Open, será mais difícil para Sinner terminar como número 1, mas a luta continua.”
