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Sinner: “Confrontos com Daniil me fizeram melhorar”

Foto: Juarez Santos

Miami (EUA) – A vitória de Jannik Sinner sobre Daniil Medvedev pela semifinal do Masters 1000 de Miami foi a quinta seguida do italiano sobre o rival. Sinner italiano ainda tem uma desvantagem mínima no retrospecto, 6 a 5, mas completará um ano sem perder para o russo. Na coletiva de imprensa após a semifinal, o jovem de 22 anos comentou que os confrontos frequentes contra Medvedev e a incômoda sequência de derrotas nos primeiros duelos entre eles o fizeram buscar mais soluções em seu jogo e tornar-se um tenista melhor.

“Vai ser interessante pensar no que vai acontecer no futuro e o que ele vai mudar. Mas com certeza, Daniil é um adversário que me tornou um jogador melhor, porque eu tive que fazer mudanças”, avaliou Sinner, que iniciou sua sequência de vitórias contra o russo no fim do ano passado, em Pequim.

“Por exemplo, em Pequim, comecei a sacar e a volear. Depois, em Viena, tentei jogar da mesma forma e não funcionou. Então, tive que ter muito cuidado em algumas coisas, mas esse tipo de jogo faz você melhorar. Às vezes o confronto direto não importa tanto, mas sim como você entende suas derrotas e tenta aprender. É isso que venho tentando nos últimos anos, não só com ele, mas também com os demais adversários”, acrescentou o atual campeão do Australian Open.

“Sinto que hoje tenho muito mais soluções para colocar em quadra. O saque sempre foi, para mim, o mais difícil de melhorar, mas também porque fisicamente eu não estava preparado para jogar com esse tipo de ritmo e precisão”, avaliou o número 3 do mundo, que tem 21 vitórias e apenas uma derrota na temporada. “Eu e meu time fizemos um ótimo trabalho ao longo do último ano e meio. E a melhora saque é um dos meus pontos-chave. Quando você joga ralis muito longos, especialmente contra Daniil, você precisa pensar em como ganhar também o próximo ponto. E ter um bom saque é muito importante nessas situações”.

Falando sobre a tranquilidade como venceu a partida por 6/1 e 6/2 em 1h09 de partida, Sinner destacou a confiança adquirida pelo bom início de temporada e a adaptação às condições do torneio durante as últimas duas semanas. Ele disputará sua terceira final em Miami, a segunda seguida, e busca um título inédito. “Eu me senti muito bem em quadra hoje. Normalmente, quanto mais eu jogo num lugar, mais confortável fico. Estou muito feliz com meu desempenho”.

“Ele cometeu muitos erros, que normalmente não comete. Eu esperava um jogo muito difícil. Mas se ele me quebrasse no primeiro set ou no segundo set, já seria muito diferente”, avaliou o italiano, que enfrentou só dois break-points na partida. Ele também se recorda da final de 2021 que fez em Miami, quando tinha apenas 19 anos e foi superado pelo polonês Hubert Hurkacz. “Lembro-me da noite anterior à minha primeira final. Eu não consegui dormir e suando durante a noite. Agora eu lido com a situação muito, muito melhor. Estou muito animado e feliz por estar de volta. Espero poder jogar um bom tênis no domingo”.

O adversário de Sinner na final do próximo domingo será o búlgaro Grigor Dimitrov, 12º do ranking, que já venceu dois tenistas do top 10 em dias seguidos, Carlos Alcaraz nas quartas e Alexander Zverev na semifinal. O italiano lidera o histórico de confrontos contra Dimitrov por 2 a 1, com vitórias em Miami e Pequim no ano passado, enquanto o búlgaro ganhou no saibro de Roma em 2020.

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Paulo H
Paulo H
3 meses atrás

Tem todos os predicados para ser um futuro número um, sem firulas, preocupado somente em melhorar o seu tênis, que tem se mostrado cada vez mais afiado e agressivo, complicando a vida dos seus adversários.

Flávio
Flávio
3 meses atrás
Responder para  Paulo H

Paulo H o que falta ao Sinner é variar um pouco mais o jogo, embora as vezes ele usa alguns slices mas pra ser completo precisa usar mais isso que nem o Alcaraz faz.

João
João
3 meses atrás

Todos os méritos para Sinner.
Mas precisa também analisar e solucionar aquela amarelada homérica diante do Alcaraz em IW.
Não tinha nenhum motivo, estava jogando com naturalidade e muito superior ao adversário.
Mas de alguma forma o mental falhou e entregou um jogo que ganharia com toda a tranquilidade.
É nessas situações que se acaba criando um bloqueio onde um jogador superior acaba derrotado por um jogador inferior. Nesse torneio, não vai precisar passar pelo espanhol, o bulgaro já fez o trabalho. Mas vai ficar essa dúvida. É vital que ele espante esse fantasma, tem total condições e o resultado natural nesse confronto é vitório do Sinner, não o contrário.

David Almeida
David Almeida
3 meses atrás
Responder para  João

Amigo o Alcaraz é também um grande jogador e tem muito talento e recurso técnico, o jogo entre Sinner e Carlitos é bem equilibrado e pode ir pra qualquer lado. Mas só te lembrando que Indian Wells a quadra é mais lenta e o saque não faz muito estrago e Sinner a partir do 2° set não conseguiu mais encaixar o 1° serviço por isso Janik tomou a virada, mas Alcaraz também joga um tênis de Altíssimo nível e num bom dia do espanhol vai ficar difícil pra qualquer adversário. Sinner e Alcaraz vão dominar o circuito depois que o Goat Djokovic se retirar.

Guilherme
Guilherme
3 meses atrás
Responder para  David Almeida

As pessoas se esquecem que o Sinner tbm jogou duplas em IW. A verdade é que o físico pesou e ponto final.

Carlos Alberto Ribeiro da Silva
Carlos Alberto Ribeiro da Silva
3 meses atrás

Muito fácil pra quem está de fora falar em amarelada. O Alcaraz já demonstrou que é um fenômeno, e, como já comentaram, quando está jogando bem fica difícil pra qualquer adversário. Além disso, ele estava mais focado e determinado porque defendia o título do ano anterior. E também o Sinner já mostrou que evoluiu tanto na parte técnica como na mental. Porém, mesmo tendo obtido uma grande evolução, uma hora ou outra ele vai perder, seja por desempenho ruim dele próprio ou por mérito do adversário, que eu acho que foi o caso da semifinal de IW 2024.

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