Schwartzman se emociona após duelo de 3h e despedida de RG

Foto: Nicolas Gouhier/FFT

Paris (França) – A quarta-feira foi marcada por despedidas na quadra Suzanne Lenglen. Depois de Dominic Thiem dar adeus a Roland Garros e receber justas homenagens no início da programação desta segunda rodada do quali, foi a vez de Diego Schwartzman também fazer seu último jogo no Grand Slam francês.

E a despedida de Schwartzman foi ao seu melhor estilo, com muita luta e uma partida definida nos detalhes. O argentino ficou em quadra por 3h05, mas foi superado pelo francês Quentin Halys, 187º do ranking, por 4/6, 6/4 e 7/6 (10-7).

“A última partida aqui mostra como joguei em toda a minha carreira”, disse Schwartzman sobre seu espírito de luta. “Roland Garros para mim é muito especial. Não é fácil jogar contra um francês, mas me senti em casa. É um ano diferente para mim, muito emocionante. Mas vou lembrar desse dia para sempre”.

Ex-número 8 do mundo, Schwartzman foi semifinalista de Roland Garros em 2020 e chegou outras duas vezes às quartas, em 2018 e 2021. O atual 141º do ranking está em sua turnê de despedida e disputará o último torneio da carreira no início de 2025, em Buenos Aires. Algoz do argentino, Halys enfrenta o austríaco Filip Misolic, 241º, que derrotou o francês Ugo Blanchet por 6/4 e 6/2.

Dois argentinos vão à fase final do quali

Apesar da derrota de Schwartzman, dois argentinos conseguiram chegar à rodada final do quali. O jovem de 22 anos Roman Burruchaga, 145º do ranking, derrotou o japonês Yasutaka Uchiyama por 6/2 e 6/4 e agora enfrenta o eslovaco Jozef Kovalik, de 31 anos e 146º colocado, que bateu o francês Benjamin Bonzi por 6/3 e 6/2.

Já o experiente Facundo Bagnis, canhoto de 34 anos e 119º do mundo, venceu um duelo argentino contra Juan Manuel Cerúndolo por 6/4 e 6/2. Seu próximo rival será o jovem japonês de 20 anos Shintaro Mochizuki, 163º do ranking, que derrotou o italiano Stefano Napolitano por 6/3 e 6/2.

Ainda nesta quarta-feira, o também argentino Marco Trungelliti perdeu para o canadense Gabriel Diallo por 7/6 (8-6), 3/6 e 6/4. Diallo enfrenta o suíço Alexander Ritschard.

Wolf e Bergs seguem vivos na disputa

Cabeça 2 do quali, J.J. Wolf venceu um duelo norte-americano contra Patrick Kypson por duplo 6/3. Ele enfrenta o holandês Jesper de Jong, que bateu o austríaco Dennis Novak pelo mesmo placar. Já o belga Zizou Bergs, cabeça 8, superou o compatriota Joris De Loore por 6/2, 2/6 e 6/4 e enfrentará o francês Mathias Bourgue.

6 Comentários
Oldest
Newest Most Voted
Inline Feedbacks
Ver todos os comentários
Arajaribu
Arajaribu
5 meses atrás

El Peque vai fazer falta, muita garra e entrega!!

Marcelo Reis
Marcelo Reis
5 meses atrás

Amigos! El Peque, o alpinista!

Deste que adentrou a terra de gigantes, já se sabia que o desafio seria literalmente enorme. Com seus parcos 1.70m e 64kg, enfrentou montanhas de 1.8m, 1.9m, 2.0m! E sabemos bem que, na altitude, o ar é rarefeito e precisamos nos esforçar mais para respirar! E assim Diego o fez! Um tenista com medidas modestas, conquistar 4 ATPs, ganhar mais de 14 milhões de dólares em prêmio e chegar ao top 8 … são tremendos feitos! Raramente vemos um tenista com esse perfil ter tanto sucesso. Fora Rod Laver (1.73m), que foi muito fora da curva, El Peque gravou seu nome muito próximo do cume da montanha! Escalou e caiu, subiu de novo. E de novo! Para mim, será sempre lembrado com “o alpinista”. :D

Marcelo
Marcelo
5 meses atrás
Responder para  Marcelo Reis

Falou e falou bonito. Peque era um jogador que sempre entregou jogos magníficos.

Luis Ricardo
Luis Ricardo
5 meses atrás

vai-se um guerreiro…..valeu baixim….

Neri Malheiros
Neri Malheiros
5 meses atrás

A ainda recente aposentadoria ‘fora do combinado’ de Delpo e agora os preparativos para a do Diego deixarão uma lacuna no grupo dos tenistas raçudos e que entregam tudo em quadra, como destacou Arajaribu.

Por tudo que o Marcelo Reis mencionou, acredito que a maioria do circuito e dos fãs de tênis sempre teve um grande respeito e admiração pela trajetória de El Peque. Nesta reta final, não faltaram esforços para voltar aos grandes palcos e surpreender atletas fisicamente mais avantajados com uma técnica devidamente ajustada para compensar sua baixa estatura.

Que ele, Delpo, Isner, Sock, Thiem, Barty, Muguruza e tantos outros que nos deram tantas alegrias (ou frustrações, dependendo do adversário e do resultado) possam ter uma vida digna e pelo menos minimamente saudável fora do circuito.

Ramiro Cora
Ramiro Cora
5 meses atrás

O Peque lutava em quadra contra seus adversários e contra as leis da física (pela sua pouca altura)… Uma pessoa admirável, querido por todos/as no circuito

Comunicar erro

Comunique a redação erros de português, de informação ou técnicos encontrados nessa página.

Obs.: Link e título da página são enviados automaticamente ao TenisBrasil.