Indian Wells (EUA) – Poderia ter sido bem mais tranquilo, mas Maria Sakkari está de volta à decisão do WTA 1000 de Indian Wells após dois anos. Na noite da última sexta-feira (já madrugada de sábado no Brasil), a grega de 28 anos chegou a abrir 5/2 e ter três match-points no segundo set diante de Coco Gauff, mas acabou desperdiçando as chances e precisou ir à terceira parcial para garantir sua classificação, marcando as parciais de 6/4, 6/7 (5-7) e 6/2 depois de 2h41 de batalha.
Ciente dos erros que cometeu ao longo da partida, Sakkari admitiu ter ficado mais ansiosa do que deveria na hora de fechar o jogo, mas valorizou seu poder de luta até o fim para concretizar o triunfo que lhe garantiu a vaga para sua quarta final de WTA 1000 da carreira.
“Eu sabia desde o início que seria muito difícil. Muitas coisas aconteceram hoje, como a chuva. Obviamente, aquele segundo set poderia ter sido diferente, mas eu estava pensando muito na linha de chegada, em como encerrar a partida. Isso realmente não me ajudou e me assustou um pouco, eu estava muito nervosa. Mas estou muito orgulhosa de mim mesma por ter mantido meus nervos, e então lutei muito naquele terceiro set”, destacou a número 9 do mundo.
“Eu disse a mim mesma que a saída mais fácil seria desistir no terceiro set, e só queria me desafiar mais uma vez e ver o que poderia fazer depois de perder o segundo set. Eu também continuei mentalizando que não era a primeira ou a última pessoa que perdeu um set ou uma partida depois de desperdiçar match-points, e isso me deu força. Acho que fui muito previsível no final do segundo set, mas estou feliz por ter conseguido encerrar isso da melhor maneira”, acrescentou.
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Depois de viver uma sequência bastante negativa que durou cerca de cinco meses, com eliminações precoces e desempenho abaixo das expectativas, Sakkari comemorou bastante sua evolução técnica e mental ao longo da campanha no deserto californiano. Vale lembrar que no início do mês ela começou a trabalhar com David Witt, ex-técnico de Jessica Pegula, e já no primeiro torneio juntos ela atinge um ótimo resultado.
“David acabou de me dizer que está feliz que tenha acontecido assim, porque essa vitória mais me deixar mais forte e temos que considerar os aspectos positivos. Sempre dizemos que no tênis um dia pode mudar tudo. Há um mês eu estava em Abu Dhabi e não consegui acertar uma bola por cima da rede, e agora estou aqui em um dos maiores torneios do mundo jogando mais uma final. São lições que você precisa aceitar”, enfatizou a grega.
Reencontro com Iga na decisão
A disputa pelo título do WTA 1000 de Indian Wells de 2024 será uma reedição da final de 2022, que viu a polonesa Iga Swiatek derrotar Maria Sakkari por 6/4 e 6/1. Aquele, inclusive, foi o último duelo entre elas, mas a grega leva vantagem por 3 a 2 no confronto direto, tendo vencido justamente os três primeiros encontros, todos em 2021.
“É realmente muito louco pensar que a última vez que jogamos tenha sido há dois anos. Eu diria que nós duas éramos muito diferentes. Foi quando sua sequência [no topo do ranking] começou ou algumas semanas antes. Essa vantagem [no H2H] realmente não significa nada, porque ela é a melhor jogadora do mundo no momento. Eu só vou tentar ficar duas vitórias à frente dela, mas vai ser muito, muito complicado”, analisou Sakkari.
Ainda segundo ela, o fato de elas não se enfrentarem há tanto tempo impede que ela possa fazer uma avaliação prévia do que será o jogo deste domingo. “Não posso dizer muito porque não nos enfrentamos há dois anos. É sempre diferente ver alguém jogando contra outras tenistas e não contra você mesma, mas uma coisa que tenho certeza é que ela é muito boa, eu sou muito boa e vamos apenas lutar e tentar vencer esse torneio. É algo que quero começar a pensar amanhã [sábado]. Mas, como eu disse anteriormente, será muito difícil e desafiador”, finalizou.
Qual foi o placar que levou a 2:41hrs?
6/4, 6/7 (5-7) e 6/2, conforme constava na matéria pós-jogo e agora também devidamente atualizado nesta nota com as frases da entrevista coletiva.
Obrigado Matheus!