Melbourne (Austrália) – Atual bicampeã do Australian Open, Aryna Sabalenka começou sua campanha no primeiro Grand Slam da temporada com uma vitória convincente sobre a norte-americana Sloane Stephens por 6/3 e 6/2, marcando seu 15º triunfo consecutivo no Melbourne Park. Mais do que o resultado em si, a número 1 do mundo evidenciou, durante a entrevista coletiva, o quanto sua evolução mental tem feito a diferença dentro de quadra.
Ao comentar sobre o jogo, Sabalenka destacou a importância de retomar o controle da partida após enfrentar dificuldades no primeiro set Ela chegou a abrir 4/0, mas viu Stephens devolver as duas quebras e ameaçar um empate. No entanto, a bielorrussa voltou a subir o nível e venceu oito dos dez games seguintes da partida. “Fiquei feliz por ter conseguido entrar no jogo novamente naquele momento. Acho que a chave foi ir à rede e ser agressiva”, afirmou.
Essa capacidade de se reestabelecer durante os pontos críticos marca uma mudança significativa em relação ao início da carreira. Sabalenka admite que, em outros momentos, teria perdido o controle em situações similares. “Há três anos, eu provavelmente teria me frustrado e perdido o primeiro set, sem saber se conseguiria vencer o jogo. Estou muito feliz por ter melhorado minha resistência mental, Agora sou capaz de manter o foco, ponto a ponto, não importa qual seja o placar ou a situação. Estou me concentrando no jogo”, frisou.
De olho no tricampeonato consecutivo em Melbourne, algo que apenas Margaret Court, Evonne Goolagong, Steffi Graf, Monica Seles e Martina Hingis conseguiram na Era Aberta, Sabalenka vem tentando evitar uma carga extra de pressão. “A maior lição que aprendi no ano passado é não focar em defender o título ou em ter a oportunidade de escrever seu nome na história do tênis. O segredo é focar em si mesma e dar o seu melhor”, enfatizou.
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Em outro momento da entrevista, a jogadora de 26 anos falou sobre sua relação com o público australiano e não escondeu o carinho especial que nutre pela torcida local e pelo torneio. Desde 2023, ela venceu todas as 15 partidas que disputou, sendo duas na Margaret Court e as outras 13 na Rod Laver Arena, palco onde se sente em casa.
“A atmosfera aqui é incrível. O apoio da torcida me inspira a continuar ganhando para sentir essa energia. Eu acho que simplesmente amo as pessoas. Adoro todo o apoio que sinto durante as partidas que jogo aqui. Eu acho que é tudo sobre a atmosfera, a maneira como eles torcem por mim. É uma sensação simplesmente incrível. Eu só quero continuar ganhando o máximo que puder apenas para sentir esse clima”, se declarou.
Mesmo com a boa relação com os fãs australianos, a ausência da bandeira de Belarus ao lado de seu nome em competições segue sendo um tema sensível. Questionada sobre isso, Sabalenka evitou entrar em polêmica. “Sempre me orgulhei de representar um país tão pequeno. Claro que seria bom ver minha bandeira, mas não é algo que está sob meu controle”, disse se referindo à proibição do uso de símbolos nacionais da Rússia e de Belarus, devido à invasão russa à Ucrânia.
