Rublev quer evoluir e não liga para o que fazem Alcaraz e Sinner

Londres (Inglaterra) – Um dos nomes de destaque no circuito nas últimas temporadas, o russo Andrey Rublev teve um 2024 de altos e baixos, venceu dois títulos, com destaque para o Master 1000 de Madri, mas também colecionou derrotas prematuras. Em entrevista à AFP, ele falou sobre o trabalho que vem fazendo para evoluir como tenista, colocando o foco apenas no que ele próprio pode controlar.

Para o russo, rivais como Carlos Alcaraz e Jannik Sinner, os destaques do momento, ou mesmo o Big 3 no passado recente, o estimulam a ser melhor, mas sem pensar nisso o tempo todo. “Eles exploram seu potencial da melhor maneira possível, eu não. Sei que ainda tenho espaço para melhorar, tudo depende de mim. Tenho que focar em mim mesmo para tentar aprender a usar mais meu potencial”, analisou.

Questionado sobre como gerencia suas emoções em quadra, ele reconheceu sua dificuldade. “Especialmente pela forma como não consigo me controlar. Eu tento. Mas, honestamente, é um trabalho de longo prazo. Às vezes você progride bem e depois regride um pouco. Claro que quero me tornar o melhor, mas isso leva tempo”, comentou o russo, que sabe ter outros aspectos também a trabalhar.

“Estou entre os 10 primeiros, mas sou um dos piores jogadores na rede. Então tento trabalhar esse tipo de detalhe, passo mais tempo neles do que antes. No passado, eu era obcecado só pelo meu forehand, hoje estou um pouco mais aberto. Agora que estou treinando um pouco diferente, curioso para ver como vai ficar. É claro que estabeleci objetivos, mas não em termos de ganhar títulos”, acrescentou.

Rublev traça metas para a próxima temporada, mas prefere olhar para o desempenho do que apenas para resultados. “Quero mais para me aprimorar em certos aspectos. Se eu tiver sucesso, me tornarei um jogador melhor e assim vencerei mais partidas. Ao vencer mais partidas, vencerei mais torneios, e talvez um deles seja de grande prestígio”, comentou o russo.

A manutenção do domínio de Sinner e Alcaraz em 2024 no próximo ano não é algo que o preocupa. “Eles comandam suas próprias vidas, são grandes jogadores e dominaram totalmente em 2024. Então cabe a eles se preocuparem em como começarão o próximo ano. Se eu tiver que me preocupar comigo e com eles ao mesmo tempo, minha cabeça vai explodir”, disse Rublev aos risos.