Rio de Janeiro (RJ) – A 10ª edição do Rio Open foi histórica tanto dentro quanto fora de quadra. Com ingressos esgotados desde o ano passado, o torneio, que reuniu grandes nomes do tênis mundial no Jockey Club Brasileiro, bateu recorde de público com 65 mil pessoas ao longo dos nove dias, e movimentou mais de R$ 160 milhões na economia no Estado do Rio, entre turismo e geração de empregos, com mais de 5 mil vagas diretas e indiretas. A competição tem contrato renovado com o Jockey até 2027.
Pela primeira vez um tenista brasileiro foi campeão do torneio, com a conquista de Rafael Matos nas duplas ao lado do colombiano Nicolas Barrientos. Já na final de simples, dois tenistas de um mesmo país decidiram o título. O argentino Sebastian Baez venceu o compatriota Mariano Navone e recebeu o troféu do torneio das mãos de Gustavo Kuerten e David Ferrer. Além disso, cinco brasileiros disputaram a chave principal (com três tenistas do país alcançando as quartas de final – João Fonseca, Thiago Monteiro e Thiago Wild) – e, pela primeira vez, o evento promoveu um torneio de tênis em cadeira de rodas, o Wheelchair Tennis Elite.
Entre os brasileiros, João Fonseca roubou a cena e teve uma semana dos sonhos. O tenista de 17 anos atraiu todos os holofotes ao conquistar suas duas primeiras vitórias da carreira na ATP, e tornar-se o mais jovem brasileiro nas quartas de final de um torneio do circuito desde Gustavo Kuerten no ATP de Umag, em 1996. Além disso, o carioca entrou para o hall dos mais jovens do tênis mundial a atingir essa etapa desde os anos 2000, ingressando em uma lista que tem Rafael Nadal, Alexander Zverev, Karen Khachanov e Kei Nishikori. Outro dado histórico para o ATP 500, foi Felipe Meligeni, o primeiro tenista do Brasil a passar pelo qualifying.
Fora das quadras, o maior torneio da América do Sul também deu um show e contou com diversas atrações, reunindo grandes marcas nos mais de 10 mil m² do Boulevard Leblon. Destaque para a gastronomia, com quiosques de restaurantes renomados, como o Babbo Osteria, Absurda, Seu Vidal, Liga Tijucana e Oakberry Açaí, sempre concorridos pelo público. Loja oficial do evento, a La Boutique também teve recorde de vendas e produtos esgotados, como bonés, ímãs, toalha de praia e camiseta infantil.
“A décima edição entrou para a história e consolidou definitivamente o Rio Open com um grande evento do Brasil. O público que compareceu ao complexo do Jockey pôde experimentar grandes emoções. Tivemos o primeiro título de um brasileiro nas duplas, o talento de João Fonseca e promovemos pela primeira vez o torneio Wheelchair, com grandes jogadores de tênis em cadeiras de rodas”, disse Marcia Casz, diretora do Rio Open. Fora das quadras proporcionamos lazer de qualidade, ativações das marcas, um belíssimo espetáculo de drones que iluminou o céu do Rio de Janeiro. Tudo isso com cuidado e zelo pelas pessoas que nos prestigiam. Pela primeira vez, colocamos em prática um projeto de acessibilidade em todo o complexo. Foi uma edição inesquecível, marcada por momentos emocionantes. Agora entramos em um novo ciclo de Rio Open, com expectativa altíssima”, concluiu a dirigente.
A praça Rio Open mais uma vez foi um grande point, com vista para o Cristo Redentor, além do telão gigante para não deixar passar nenhuma jogada. E os fãs do esporte também puderam acompanhar as partidas espetaculares de casa, com as mais de 53 horas de transmissão ao vivo para mais de 140 países, além da incrível cobertura dos quase 280 jornalistas que levaram a competição para o mundo.
Lui Carvalho, diretor do Rio Open, ressaltou a importância desses aspectos e expressou sua satisfação com os resultados alcançados. “Histórica. Se eu pudesse resumir em uma palavra a edição de 10 anos do Rio Open seria essa. Do jeito que imaginávamos, quebrando recordes. É muito gratificante ver que o mundo finalmente entendeu que a energia vinda das arquibancadas do Rio Open não se iguala a nenhum outro lugar do mundo. Os jogadores gostam e se sentem confortáveis em fazer parte de um torneio tão especial quanto esse”, comentou Lui.
O Rio Open também fez uso do poder do esporte para promover iniciativas sociais. Crianças e jovens dos projetos parceiros da competição, além do Nero – Núcleo Esportivo Rio Open, participaram do torneio Winners, voltado exclusivamente para os integrantes destas instituições. Além disso, eles ganharam ingressos para partidas do evento, e alguns deles ainda fizeram parte da equipe de boleiros e foram sparrings dos atletas profissionais.
Para completar, jovens que participaram de outras edições receberam cursos de capacitação de encordoamento, árbitros, treinadores e outras atividades ligadas ao esporte, e tiveram a oportunidade de trabalhar como estagiários e até coordenadores em áreas do evento.
Outro ponto alto da programação do Rio Open foi a realização do inédito torneio de tênis em cadeira de rodas, o Wheelchair Tennis Elite. O Jockey Club Brasileiro recebeu pela primeira vez quatro atletas da elite mundial da modalidade, que deram um show em quadra. O título individual foi conquistado pelo britânico Alfie Hewett, dono de mais de 100 títulos na carreira, sendo 27 de Grand Slams. Hewett também foi o campeão do torneio de duplas, ao lado do compatriota Gordon Reid, detentor de um currículo recheado de troféus internacionais. Também disputaram o torneio o japonês Shingo Kunieda, considerado uma lenda da modalidade, com mais de 50 taças em Grand Slam, e o brasileiro Daniel Rodrigues, ex-número 11 do ranking mundial e cinco vezes medalhista em Jogos Parapan-Americanos.
No pilar ambiental, o Rio Open Green concentrou todas as iniciativas que têm objetivo de minimizar o impacto ambiental gerado pelo torneio. Desde 2020, em parceria com a Engie, líder em energia renovável no Brasil, passou a ser um evento carbono neutro.
Pelo terceiro ano consecutivo, o Rio Open irá neutralizar também as emissões de CO2 derivadas do deslocamento do público. A neutralização da pegada climática do evento foi reconhecida pela ONU pela contribuição voluntária e responsável com as metas globais de descarbonização da economia.
Confira alguns números e curiosidades do Rio Open 2024:
– Quadras de saibro: 08
– Capacidade da quadra central: 6.200
– Capacidade da quadra 1: 1.000
– Capacidade da quadra 2: 256
– Capacidade da quadra 5: 108
– Empregos gerados: Mais de 5.000 empregos diretos e indiretos
– Projetos sociais: 04
– Tamanho Leblon Boulevard: mais de 10.000m²
Atletas: 73 (incluindo simples, duplas e qualifying);
Países: 19 (incluindo simples, duplas e qualifying) – Brasil (13), Argentina (15), Espanha (7), França (6), Áustria (4), Chile (4), Grã-Bretanha (4), Itália (4), Alemanha (3), Colômbia (2), Sérvia (2), Estados Unidos (2), Bolívia (1), Holanda (1), Peru (1), Portugal (1), Romênia (1), Suíça (1) e Eslováquia (1)
Partidas disputadas: 61 contando o Qualifying (43 simples e 18 duplas)
Tempo de tênis: 103 horas e 3 minutos
– Premiação: U$ 2.271,715
Atletas cadeirantes: 4
Países: 3 – Brasil (1), Grã-Bretanha (2) e Japão (1)*
* único do Japão é cadeirante (Shingo Kunieda)
Jogos de cadeirantes: 4 (3 simples e 1 duplas)
– Membros da ATP: 66 (Referee: 01, Supervisores: 02, Players Manager: 1, Juízes de linha: 46, Juízes de cadeira: 7, Chefe de Juízes: 01, ssistente de Chefe de Juízes: 01)
Corpo médico e fisioterápico: 7
– Jornalistas credenciados: 280
– Imprensa (vídeo, foto, atendimento, site, arte e texto): 27
– Países alcançados com a transmissão: Mais de 140
– Horas de transmissão: mais de 53 horas no SporTV 3 com as partidas da Quadra Central.
– Boleiros: 70, sendo 60 boleiros oriundos dos projetos sociais apoiados pelo Rio Open, 10 convidados e 03 coordenadores.
– Toneladas de pó de saibro: 14
– Tratadores de quadra: 23 + 1 coordenador
– Assistentes de quadra: 6 + 1 coordenador
– Bolas: 5.400
– Raquetes encordoadas: 512 – totalizando 6.096 metros de corda
– Produtos mais vendidos: verificar com Juliana
– Toalhas: 2500
– Água: 25 mil litros
– Isotônico: 440 litros
– Gelo: 180 sacos
nunca ouvi falar desse produto “verificar com juliana”, mas deve ser bom, por ter sido o mais vendido mesmo sem grandes investimentos em marketing
kakakaka