Reforço de peso para Bia

O que todo mundo sempre sugeriu parece finalmente ter ecoado no time de Beatriz Haddad Maia. Nesta segunda-feira, ao começar sua preparação para a próxima temporada, a número 17 do mundo anunciou a contratação do francês Maxime Tchoutakian como integrante do grupo técnico.

Apesar de ter apenas 30 anos, Tchoutakian passou quatro temporadas ao lado da ex-número 1 do mundo Victoria Azarenka e portanto é muito rodado no circuito. Os dois começaram a trabalhar juntos em 2021 e Vika o contratou como uma forma de recuperar motivação, o que deu muito certo e ela voltou ao top 20. O francês jogou o circuito masculino, sem grande sucesso, e passou também pelo universitário americano.

A amizade entre Bia e Vika também contribuiu muito para a tomada de atitude, já que o francês se relaciona bem com Rafael Paciaroni, que seguirá sendo o treinador principal. O acordo com Tchoutakian prevê acompanhamento à brasileira em todo o circuito ao longo do ano.

Numa saudável mostra que encara 2025 com máxima seriedade, Bia também agregou definitivamente ao time Fernando Alves, fisioterapeuta da seleção feminina de vôlei, que dividirá o trabalho com Paulo Cerutti, enquanto Rodrigo Urso permanece como o preparador físico.

Os primeiros resultados dessa nova equipe poderemos ver no final do mês, durante a United Cup. Depois, Bia se preparará para o Australian Open com a disputa do WTA 500 de Adelaíde.

Jogo duro na Copa Davis

Como se esperava, o Brasil não conseguiu condição de cabeça de chave para o qualificatório da Copa Davis – é o atual 17º do ranking da competição -, e assim foi sorteado para enfrentar um dos 13 indicados como cabeças e aí não deu sorte. Terá de encarar os franceses fora de casa, no final de janeiro, muito provavelmente em piso sintético duro e coberto. A França é hoje o país com maior número de atletas no top 100, com 12 no total e todos mais bem classificados atualmente do que Thiago Wild. Entre eles, estão os top 20 Ugo Humbert e Arthur Fils e a sensação Giovanni Perricard.

A ITF mudou de novo a forma de disputa da Davis e agora o quali é jogado em formato de chave eliminatória. Ou seja, quem ganhar de Brasil e França sabe que irá enfrentar em setembro Croácia ou Eslováquia, valendo o antigo critério de alternância de sedes. Os sete vencedores irão para as quartas de final onde a Itália já está classificada. Aliás, a ITF anunciou também que os italianos vão sediar a fase decisiva da Davis por três temporadas seguidas, o que abre caminho para um pentacampeonato.

No sorteio do quali, a Argentina terá de ir à Noruega e quem ganhar pegará a Holanda, enquanto o Chile viajará à Bélgica e pode ter depois Austrália ou Suécia. Os espanhóis jogam fora na Suíça e pode enfrentar a Sérvia, que também sai contra a Dinamarca.

O justo adeus a Delpo

Mais de 34 meses depois de seu último jogo oficial, o argentino Juan Martin del Potro fez uma exibição em Buenos Aires para marcar o fim oficial de sua espetacular carreira, que incluiu o título no US Open, as semifinais em Roland Garros e Wimbledon e o vice do Finals, o que já comprova sua versatilidade. Sem falar nas 17 vitórias sobre o Big 3.

A Torre de Tandil de 1,98m venceu o convidado Novak Djokovic, por 6/4 e 7/5, e recebeu inúmeras homenagens. Em alguns momentos, pode mostrar o tênis primoroso que praticou antes da série de lesões que encurtou sua trajetória. Nole foi um coadjuvante perfeito, mesclando lances incríveis com brincadeiras.

Delpo foi sem dúvida o maior ídolo do tênis argentino depois de Guillermo Vilas e isso vai muito além de sua capacidade com a raquete na mão ou do terceiro lugar do ranking, mas também pela simpatia, a descontração e a determinação de vencer tão típica dos platinos, como aquela inesquecível campanha nos Jogos do Rio.

E mais

– O ranking da ATP encerrou-se oficialmente nesta segunda-feira tendo Jannik Sinner como primeiro de seu país a terminar como número 1 e Alexander Zverev, primeiro alemão no top 2 desde Michael Stich em 1993.
– Aos 37, Djokovic por sua vez é o terceiro de maior idade a fechar no top 10, atrás de Ken Rosewaal e Roger Federer.
– De Minaur é primeiro australiano no top 10 desde Lleyton Hewitt em 2005 e Grigor Dimitrov retorna à lista sete anos depois de ter sido o número 3.
– O top 100 que deu maior salto foi Jacob Fearnley: 539 postos até o 99º. Entre os 50 primeiros, Giovanni Perricard avançou 175 até o atual 31º.

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Felipe
Felipe
1 hora atrás

Aqui entra o ótimo post da Patrícia medrado e com ótimos comentários… por que as mulheres tenistas não contratam técnicas em vez de técnicos?

Rockton
Rockton
1 hora atrás

No caso de novos membros na equipe da Bia, acho que não vai fazer diferença nenhuma.

Última edição 1 hora atrás by Rockton
Rafael
Rafael
5 minutos atrás

Vai Bia! Na torcida sempre.

Paulista de 63 anos, é jornalista especializado em esporte há mais de 45 anos, com coberturas em Jogos Olímpicos e Copa do Mundo. Acompanha o circuito do tênis desde 1980, tendo editado a revista Tênis News. É o criador, proprietário e diretor editorial de TenisBrasil. Contato: joni@tenisbrasil.com.br
Paulista de 63 anos, é jornalista especializado em esporte há mais de 45 anos, com coberturas em Jogos Olímpicos e Copa do Mundo. Acompanha o circuito do tênis desde 1980, tendo editado a revista Tênis News. É o criador, proprietário e diretor editorial de TenisBrasil. Contato: joni@tenisbrasil.com.br

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