Português retorna de suspensão após comprovar contaminação

Frederico Ferreira Silva (Foto: Federação Portuguesa de Tênis)

Londres (Inglaterra) – A Agência Internacional de Integridade do Tênis (ITIA) anunciou que Frederico Ferreira Silva, tenista português de 30 anos, aceitou uma suspensão de um mês sob o Programa Antidoping do Tênis, após testar positivo para a substância proibida trimetazidina (TMZ) durante um teste em competição em fevereiro de 2025.

A entidade aceitou a defesa do jogador, que comprovou que o resultado positivo foi causado pela contaminação de um medicamento prescrito e regulamentado, e que, portanto, a violação não foi intencional. O caso se assemelha ao da polonesa Iga Swiatek, número 2 do mundo, que também cumpriu um mês de suspensão no ano passado pelo mesmo motivo.

De acordo com o comunicado, os exames realizados em um laboratório credenciado pela WADA confirmaram a presença de TMZ no medicamento Daflon 1000mg, utilizado pelo português. A análise foi reforçada por um perito independente da ITIA e por documentação da farmácia que dispensou o remédio. Com base nisso, a suspensão provisória, que havia começado em 19 de março, foi encerrada, mas ele já havia voltado a jogar em junho, enquanto se defendia no processo.

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A ITIA considerou o nível de culpa de Silva muito baixo, já que o produto foi prescrito por um médico especialista em medicina esportiva e adquirido pela federação portuguesa após consulta. No entanto, não foi possível aplicar a regra de “sem culpa ou negligência”, porque a Agência Nacional de Segurança do Medicamento da França (ANSM) já havia emitido um alerta sobre casos de contaminação por TMZ em outros lotes de Daflon.

Assim, em linha com outros casos semelhantes de medicamentos contaminados previstos pelo Código Mundial Antidoping, a ITIA ofereceu uma pena de um mês de suspensão, aceita pelo jogador em 15 de setembro de 2025. Como Silva já havia cumprido mais tempo afastado em caráter provisório, ele está liberado para competir novamente.

Tenista comemora fim do processo e liberação 

Após a decisão, o português se pronunciou em suas redes sociais: “Após algum tempo em silêncio, posso finalmente falar da experiência mais difícil da minha vida e da minha carreira. Fui inesperadamente envolvido num processo de controle antidoping, depois de ter sido contaminado, de forma totalmente involuntária, por uma substância proibida presente num medicamento comum, Daflon 1000. Quero esclarecer, de forma transparente, que ingeri um medicamento completamente banal que, para meu azar, estava contaminado com uma substância proibida”.

O tenista explicou que a medicação foi indicada em janeiro deste ano para tratar uma condição médica aguda, após consulta com médicos especialistas que asseguraram a ausência de substâncias proibidas em sua composição. “Neste processo consegui demonstrar, sem qualquer dúvida, que se tratou de uma contaminação não intencional, da qual eu não podia ter tido qualquer conhecimento prévio e que nada podia ter feito de diferente para evitar este azar. Foram semanas muito duras, mas contei sempre com o apoio incondicional da minha família, equipa, amigos e de todos os que me são próximos. Este suporte foi essencial para ultrapassar este processo”.

Por fim, Ferreira Silva reforçou sua integridade no esporte: “Agora, ficou ainda mais claro para todos que a minha carreira sempre foi pautada pela honestidade e pelo fair play, valores que me acompanham desde que entrei no tênis e pelos quais sou reconhecido há muitos anos. Hoje posso finalmente voltar a olhar para a frente, de cabeça erguida, sabendo que a verdade prevaleceu”.

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