Os casos de doping que abalaram o mundo do tênis

O tênis, um esporte de elegância e precisão, foi abalado ao longo dos anos por escândalos de doping que mancharam sua reputação e deixaram os fãs incrédulos. De nomes consagrados a jovens promessas, a tentação de obter uma vantagem ilícita levou alguns atletas a trilhar um caminho perigoso, com consequências que variaram desde suspensões leves a banimentos definitivos.  Prepare-se para uma viagem pelos casos mais impactantes que chocaram o mundo do ténis, numa contagem regressiva repleta de drama, reviravoltas e justiça (ou a falta dela). 

Essa necessidade do jogo limpo acontece também no mundo das apostas. A Leon Casino defende o jogo limpo e a esportividade acima de tudo.  “Estamos construindo uma comunidade de jogadores que valorizam a integridade e respeitam as regras do jogo. Incentivamos o jogo responsável e desencorajamos ativamente qualquer forma de trapaça ou vantagem injusta. Se você é um apostador que aprecia um jogo equilibrado e acredita na competição honesta, convidamos você a se juntar a nós no Leon Casino. Aqueles que procuram contornar as regras ou obter uma vantagem injusta não precisam se candidatar”, diz a empresa. “Nosso foco é promover um ambiente de jogo justo e agradável para todos”. 

10. Jannik Sinner: Contaminação indireta
Jannik Sinner, o jovem prodígio do tênis italiano subiu rapidamente no ranking ATP com os seus poderosos golpes de fundo e estilo de jogo agressivo.  Nascido em 2001 em San Candido, Itália, Sinner começou por se destacar no esqui antes de fazer a transição para o tênis aos 13 anos. A sua ascensão meteórica inclui vários títulos ATP e dois títulos de Grand Slam, solidificando o seu estatuto como potencial sucessor da era do Big 3.  

O número 1 do mundo testou positivo para clostebol, uma substância proibida, em março de 2024. No entanto, após investigação, foi provado que a contaminação ocorreu devido a um fisioterapeuta que utilizava o produto para questões pessoais. Sinner foi ilibado de qualquer responsabilidade por um tribunal independente, sofrendo apenas a perda de pontos e prémios do torneio de Indian Wells[1]. 

9. Iga Swiatek: Contaminação de medicamento
Iga Swiatek se estabeleceu muito jovem como uma força dominante no tênis feminino. Nascida em 2001 em Varsóvia, um jogo poderoso de golpes consistentes da linha de base e perspicácia tática a tornou a mais jovem campeã de simples em Roland Garros desde Monica Seles em 1992. Desde então, Swiatek acumulou inúmeros títulos, incluindo quatro troféus de Slam, e alcançou a liderança do ranking.

A polonesa testou positivo para trimetazidine (TMZ) em agosto de 2024. A investigação revelou que a contaminação ocorreu devido a um medicamento regulamentado para jet lag e problemas de sono, fabricado e vendido na Polónia. Swiatek aceitou suspensão de um mês, tendo já cumprido parte da pena durante a sua suspensão provisória[2]. 

8. Max Purcell: Doping em duplas
Max Purcell, tenista australiano nascido em 1998, destaca-se mais no circuito profissional como um especialista em duplas. Conhecido por sua habilidade na rede e voleios precisos, Purcell conquistou Wimbledon em 2022 ao lado de Matthew Ebden. 

Ele foi suspenso por doping em dezembro de 2024, tendo reconhecido que a infusão intravenosa de vitaminas que tomou estaria acima do limite dos 100 ml permitidos pelo regulamento internacional. Ainda não houve uma pena determinada e ele segue afastado do circuito. 

7. Simona Halep: Quatro anos e controvérsia
Simona Halep construiu uma carreira brilhante. Nascida em 1991, em Constanța, a romena alcançou o topo do ranking mundial e conquistou títulos de Grand Slam, incluindo Roland Garros em 2018 e Wimbledon em 2019.  Seu estilo de jogo agressivo, combinado com uma sólida defesa e grande determinação, a consagrou como uma das principais jogadoras de sua geração. 

Em outubro de 2022, a ITIA anunciou que Halep havia testado positivo para roxadustat no US Open de 2022. Pouco depois, acusou inconsistências em seu passaporte biológico e a pena aplicada foi de quatro anos, com suspensão de resultados e premiações desde março de 2022. Depois de muita luta, em fevereiro de 2024, Halep teve a pena reduzida para 9 meses pela Corte de Arbitragem do Esporte, podendo enfim voltar às competições.

6. Maria Sharapova: O caso do meldonium
Maria Sharapova transcendeu o esporte para se tornar uma figura globalmente reconhecida. Nascida em 1987, em Nyagan, na Sibéria, Sharapova conquistou cinco títulos de Grand Slam, consolidando seu lugar entre as lendas do tênis.  Com um estilo de jogo poderoso e uma presença marcante em quadra, ela cativou fãs em todo o mundo.  Além de suas conquistas esportivas, Sharapova também se destacou por sua beleza e sucesso no mundo da moda e dos negócios.

Sharapova testou positivo para meldonium em 2016. A substância havia sido adicionada à lista de substâncias proibidas no início do ano. Foi suspensa por dois anos, mas a sua suspensão foi reduzida para 15 meses após uma apelação[2][3]. 

5. Andre Agassi: A confissão de um erro
Andre Agassi é considerado um dos jogadores mais carismáticos e talentosos de todos os tempos. Nascido em 1970, em Las Vegas, conquistou oito títulos de Grand Slam e uma medalha de ouro olímpica, marcando uma era com seu estilo de jogo agressivo de base e personalidade vibrante. Sua trajetória, desde a infância promissora até o sucesso profissional e as lutas pessoais,  foi imortalizada em sua autobiografia “Open”, tornando-se uma inspiração para atletas e fãs ao redor do mundo. 

Agassi confessou em 2009 que havia consumido metanfetamina em 1997. Embora não tenha sido suspenso na época, a sua confissão gerou controvérsia e levantou questões sobre a ética no esporte[4]. 

4. Richard Gasquet: O beijo fatal
Richard Gasquet destaca-se por seu elegante jogo de fundo de quadra e revés a uma mão, considerado um dos mais belos do circuito. Nascido em 1986, em Béziers, Gasquet alcançou o top 10 do ranking mundial e conquistou diversos títulos ATP ao longo de sua carreira. Embora não tenha conquistado um Grand Slam, suas habilidades e estilo de jogo o tornaram um adversário respeitado e admirado pelos fãs de tênis.

Um episódio controverso de doping, no qual foi acusado de uso de cocaína,  marcou sua trajetória. Ele testou positivo para cocaína em 2009. No entanto, sua defesa baseou-se na hipótese de que a substância foi ingerida involuntariamente através de um beijo de uma mulher em uma discoteca. O tribunal aceitou a sua defesa e reduziu a sua suspensão para 2 meses e 15 dias[4]. 

3. Marin Cilic: A contaminação de um suplemento
Marin Cilic,  tenista croata de potência e precisão,  consagrou-se como um dos grandes nomes do tênis mundial. Nascido em 1988, em Međugorje, Cilic conquistou o título do US Open em 2014, derrotando Kei Nishikori na final, e alcançou outras duas finais de Grand Slam.

Apesar de ter enfrentado um período de suspensão por doping em 2013, Cilic retornou ao circuito com força. Ele testou positivo para niketamida em 2013. A investigação revelou que a contaminação ocorreu devido a um suplemento alimentar contaminado. Foi suspenso por nove meses, mas a pena foi reduzida para quatro meses após uma apelação[4]. 

2. Viktor Troicki: A recusa de um teste
Viktor Troicki,  tenista sérvio conhecido por sua garra e determinação em quadra, construiu uma sólida carreira no circuito profissional. Nascido em 1986, em Sombor, Troicki representou a Sérvia na conquista da Copa Davis em 2010, um dos pontos altos de sua trajetória. Seu estilo de jogo consistente e competitivo o levou ao top 20 do ranking mundial. 

Um episódio controverso, em que foi suspenso por recusar-se a realizar um teste antidoping, marcou sua carreira. Ele foi suspenso por 18 meses em 2013 por recusar um teste antidoping. O caso gerou controvérsia e levantou questões sobre a responsabilidade dos atletas[4]. 

1. O caso de Jannik Sinner: Controvérsia que levanta questões
O caso de Jannik Sinner gerou grande controvérsia no mundo do tênis. Sua defesa baseou-se na hipótese de que a substância entrou no seu sistema através de uma massagem de seu fisioterapeuta, que havia usado um spray contendo clostebol em um ferimento no seu próprio dedo[2]. 

Isso levantou questões sobre a igualdade de tratamento entre os atletas. Denis Shapovalov, ex-top 10, sugeriu que Sinner recebeu tratamento preferencial, afirmando que “não consigo imaginar o que todos os outros jogadores que foram suspensos por substâncias contaminadas estão sentindo agora”[2]. A ITIA, no entanto, afirmou que a decisão foi baseada em uma investigação rigorosa e que a explicação de Sinner era confiável[2]. 

Novak Djokovic criticou a falta de protocolos claros nos assuntos relacionados ao doping no tênis. “Vemos a falta de protocolos padronizados e claros”, afirmou Djokovic. “Posso entender a posição de muitos jogadores que se perguntam se todos são tratados da mesma forma”[4]. 

O desafio de manter a integridade 

A luta contra o doping no ténis é uma batalha contínua que exige vigilância, educação e transparência. Os casos de Sinner e outros atletas demonstram a complexidade do problema e a importância de proteger a integridade do esporte. A transparência e a responsabilização são fundamentais para recuperar a confiança dos fãs e preservar o futuro do ténis. 

Mas, será que todos os casos de doping foram descobertos? Ainda há suspeitas de que alguns dos maiores nomes do tênis possam estar envolvidos em práticas ilícitas. A Agência Mundial Antidoping (WADA) continua a trabalhar para garantir a integridade do esporte, mas a batalha contra o doping é uma corrida de obstáculos. A vigilância constante e a educação são essenciais para proteger o futuro do ténis. 

Referências:
[1] – ESPN Brasil: Por que punição de Sinner por doping revoltou tenistas
[2] – ESPN: Maria Sharapova suspended 2 years over positive doping test
[3] – Court of Arbitration for Sport: Maria Sharapova vs. ITF.
[4] – Jornalismo Júnior: Sharapova e os demais casos de doping no Tênis
[5] – WADA: WADA Statement regarding Maria Sharapova Case.
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