Nova York (EUA) – Segue a disputa quente entre a ATP e a PTPA (Associação de Jogadores Profissionais de Tênis), com falas duras de ambos os lados. A mais recente é do norte-americano Reilly Opelka, que disse que Andrea Gaudenzi, presidente da ATP, enviou um jogador não identificado para avisá-lo que se ele não retirasse seu nome do processo, perderia sua pensão e teria que arcar com milhões de dólares em custas judiciais.
De acordo com a reportagem publicada pelo Front Office Sports, Opelka foi chamado a depor em um tribunal de Barcelona, onde ele deve jogar um torneio na semana que vem. A ATP nega a alegação. Um membro do conselho da entidade, Luben Pampoulov, afirmou que o relato do norte-americano era falso e a ATP participou da audiência de sexta-feira, argumentando que a história é “boato”.
A PTPA entrou com um processo em 18 de março e, no dia seguinte, Pampoulov testemunhou que pediu aos jogadores do Miami Open que assinassem uma declaração repudiando o processo. Ele afirma que a ATP parou de divulgá-la quando a moção de silêncio foi apresentada. O único jogador que Pampoulov nomeou e que assinou a declaração é Ben Shelton.
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Opelka testemunhou que estava em uma bicicleta ergométrica no vestiário de Miami em 18 de março quando um membro do Conselho de Jogadores subiu na bicicleta ao lado dele para abordá-lo. O norte-americano contou que teve outras duas conversas com este jogador. Nove jogadores fazem parte do conselho, mas Opelka disse que não quis revelar o nome do tenista por temer retaliações da ATP.
Um dos 12 jogadores de tênis que colocaram seu nome no processo e um dos principais nomes da PTPA, o canadense Vasek Pospisil disse que falou com 150 jogadores que apoiaram amplamente o litígio, embora tenha dito anteriormente que eram 300 jogadores. Pospisil, que compareceu ao tribunal, disse que os jogadores temiam represálias da poderosa turnê.
O cofundador da PTPA Novak Djokovic não colocou seu nome no processo e em Miami afirmou que havia partes do processo que não apoiava. Questionado sobre isso, Pospisil admitiu que as palavras do sérvio foram confusas. “Fiquei surpreso. Não sei por que ele disse isso, não condizia com nossas conversas anteriores”, comentou Pospisil.
Vixe, o negócio esquentou.
Caramba, nossa, o sérvio faltando com a palavra? Jamais imaginei hein? Estou brutalmente surpreso que ele tenha agitado tudo e depois nao tenha assinado o documento.
Suponho que essa pensão, cujo direito a ATP supostamente teria ameaçado retirar do Opelka é a remuneração conferida pela entidade aos tenistas quando esses se aposentam. Estranho fazer essa ameaça a um tenista que só deverá aposentar-se no mínimo daqui a uns sete anos, quando provavelmente outra diretoria estará no comando da entidade.
Está muito estranha esta história.