“Não estive nem perto do nível que precisava”, lamenta De Minaur

Foto: Simon Bruty/USTA

Nova York (EUA) – O australiano Alex de Minaur viu sua campanha no US Open chegar ao fim nesta quarta-feira, após derrota de virada para Félix Auger-Aliassime, parciais de 4/6, 7/6 (9-7), 7/5 e 7/6 (7-4), nas quartas de final da competição. O número 8 do mundo não escondeu a frustração com sua performance e reconheceu que poderia ter ido muito melhor em um jogo que representava a chance de alcançar uma semi inédita de Grand Slam.

“Agora estou vendo isso como uma oportunidade desperdiçada. É difícil. Não estive nem perto do nível que precisava estar. Isso é frustrante, porque você não recebe essas chances com frequência”, disse o australiano na coletiva de imprensa.

De Minaur destacou ainda que, apesar da derrota, Aliassime jogou em alto nível durante todo o torneio e mereceu a vitória. “O tênis que ele jogou durante todo o US Open definitivamente mostrou que ele estava em um nível muito alto. Ele já demonstrou isso no passado, então não é novidade, mas é ótimo de ver”, comentou.

Um dos pontos centrais da derrota, segundo o australiano, foi o seu próprio serviço. “O maior problema para mim é o meu saque. Nas grandes partidas, ele me deixa na mão. Eu me coloquei em posição de estender a partida e chegar ao quinto set, como fiz contra Novak em Wimbledon, mas é muito difícil vencer uma partida de alto nível servindo do jeito que servi hoje. Preciso melhorar isso, ou vou me colocar em muitos problemas contra os principais jogadores nas fases finais desses torneios”, explicou.

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Ele também entende que não esteve no seu melhor ao longo de toda a competição. “Se olho para toda a minha campanha no US Open, tenho que ser honesto comigo mesmo. Não me senti no meu melhor em termos de jogo. Senti que fiz tudo que precisava para vencer, mas não estava confortável na quadra. Hoje foi mais uma partida assim, com tensão e momentos que derrubaram meu nível significativamente. Houve bons momentos, mas não duraram muito. É uma pena.”

Ao falar sobre como pretende evoluir, De Minaur destacou a importância de ajustes técnicos. “O saque foi o que me tirou de apuros em outros momentos, mas em partidas grandes é a primeira coisa que desaparece. Isso cria mais pressão, e conforme o jogo avança, você passa a jogar com o segundo saque, fica mais na defensiva e começa a errar golpes que normalmente não erraria”, enfatizou.

Apesar da frustração, De Minaur mostrou maturidade ao colocar a derrota em perspectiva. “É muito difícil quando você trabalha tanto por algo, se coloca em situações para se provar, mas, mais uma vez, acaba caindo. Especialmente desta vez, é difícil aceitar. É uma daquelas partidas que eu gostaria de jogar de novo. Por enquanto, estou bem irritado, mas vou superar. É só tênis, certo?”

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Jonas
Jonas
1 hora atrás

Deveria agradecer, se pega o Sinner faria uns 5 games, no máximo.

DENNIS SILVA
DENNIS SILVA
1 hora atrás

Sacar 42% de primeiro serviço e quase levou o jogo p o 5 set. Com esse percentual a chance de vitória é quase nula. Ainda bem que ele reconheceu isso e a necessidade de melhorar

Refaelov
Refaelov
1 hora atrás

Concordo com a leitura do De Minaur: muita gente bota como grande limitador do jogo dele a falta de potencia/de um golpe definidor mas, ao meu ver o principal buraco atual é o % de 1° serviço em quadra -e como ele bem colocou- sobretudo nos ditos jogos grandes, contra adversários onde ele precisa forçar mais esse golpe pra entrar nos pontos, ele costumeiramente coloca menos de 50% desses serviços em quadra, dae fica realmente muito difícil pra competir nesse nível..

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