Felipe Priante
Especial de Paris
A despedida olímpica do espanhol Rafael Nadal aconteceu na última quarta-feira no palco mais vitorioso da carreira, a quadra Philippe Chatrier. Ao lado de Carlos Alcaraz, ele foi derrotado nas duplas pelos norte-americanos Rajeev Ram e Austin Krajicek nas quartas de final dos Jogos de Paris. Depois de sua última partida no torneio, o canhoto de Mallorca fez um balanço da participação olímpica.
“Acho que foi uma semana divertida e até positiva em alguns aspectos, mas não da maneira como eu sonhava. Isso é o esporte, não estava no nível que necessitava para lutar por medalhas no individual e nas duplas até jogamos em um bom nível, mas as partidas passam muito rápido e qualquer detalhe decide”, afirmou Nadal, que aprovou a dupla com Alcaraz, embora tenham terminado sem medalha.
“Foi uma experiência positiva e fizemos tudo o que podíamos fazer. Tivemos uma experiência fantástica dentro e fora de quadra, estávamos com a máxima motivação, só que infelizmente não deu. Para mim não tem muito mais o que falar, não fomos suficientemente bons. Carlos agora tem que seguir, eu não tenho mais nada para analisar a não ser o meu voo de volta para casa”, acrescentou.
O ex-número 1 do mundo sabe que encerrou uma etapa da carreira, mas espera um pouco mais para pensar nas próximas. “Quando começou o ano coloquei os Jogos Olímpicos como um objetivo e agora terminei esse ciclo. Vou voltar para casa, desconectar e de cabeça fria decidir qual minha etapa seguinte, se com uma raquete na mão ou sem. Quando tiver claras minhas motivações e vontades, ou senão as encontrar mais, tomarei outro caminho”.
Agradecimento pela última experiência olímpica
Homenageado com a possibilidade de carregar a chama olímpica na cerimônia de abertura, Nadal não quis exagerar ao comentar o feito. “Não é um reconhecimento como esportista olímpico porque há vários (atletas) muitíssimo melhores do que eu (nos Jogos). Acho que é um reconhecimento do que fui parte dentro dos Jogos Olímpicos e também do que fiz neste lugar, em Roland Garros, em Paris, na França. Aqui consegui alcançar coisas importantes na carreira. Estou agradecido de maneira infinita”.
Ele celebrou ter se despedido dos Jogos em um local tão familiar. “Acima de qualquer coisa, é agradecimento que sinto toda vez que eu entro nesta quadra. É o lugar que mais importa, onde recebi um grande carinho e reconhecimento, é uma emoção e uma satisfação interna difícil de explicar. Aqui vivi grandes momentos em muitos anos e esse carinho eu levo comigo para o resto da minha vida”, observou o espanhol.
Despedida de Paris ao lado de Alcaraz
Questionado sobre a emoção de jogar com Alcaraz em sua despedida dos Jogos de Paris, Rafa fez questão de deixar as coisas bem claras. “Eu não disse que estou me despedindo de Paris, sei como essas coisas funcionam. Só para deixar claro. Pode até ser que tenha me despedido, mas ainda não disse isso, tá?”, brincou o espanhol, arrancando risos dos jornalistas na zona mista.
Para mim foi uma experiência e oportunidade únicas, acho que nós dois aproveitamos. Terei uma lembrança bonita com um jogador que deverá ser um dos melhores da história. Jogar com ele, nesse lugar, com o ambiente que estava e representando a Espanha nos Jogos Olímpicos é uma experiência bonita e única. Agora, desejo o melhor a ele em simples, torcendo para que consiga a medalha de ouro em simples para a Espanha. Também fico na torcida para que a dupla feminina possa dar alegrias para nosso país”, finalizou.
Não conseguiu se impor no seu maior palco. Não tem nem que pensar. Vá curtir a vida com a família.
Eita Nadal equilibrista!
Não sai de cima do muro por nada.
“nas duplas até jogamos em um bom nível, mas as partidas passam muito rápido e qualquer detalhe decide”, afirmou Nadal.
Uai, quem estiver melhor vence, simples assim, não?
Cada um tem uma fixação. Acho que você tem nas entrevistas do Nadal. Ele falou, mais ou menos como sempre fala, e nada de algo diferente da realidade. Jogaram razoavelmente bem, tiveram chances aqui e ali, inclusive para voltar para o jogo. Não encaixaram a devolução e aí os adversários fecharam as portas, no melhor jogo de rede no entendimento de como funcionam as entradas nas duplas. Não foi desculpa. Aceitou e seguiu, analisando que com um ponto ou outro mudado, poderia ter destino diferente. Ele vai aposentar agora e você poderá descansar de descascar as entrelinhas do que ele disse e não deveria dizer e do que não disse e deveria ter dito, variando possivelmente 2% da mensagem dada.
Eu e quase todo mundo, sabemos das incoerências e opiniões genéricas em suas entrevistas.
A aposentadoria dele não mudará nada, para mim.
Certo, ele é genérico nas entrevistas, não necessariamente incoerente. Na verdade, foi assim desde sempre, começando pela timidez e falta de domínio do inglês, mas sempre com os pés absolutamente fincados no próximo ponto, a ponto de jamais se permitir analisar chaves ou já não seguir em frente após uma derrota, já pensando em melhorar e no trabalho. Por outro lado, jamais quebrou uma raquete, gritou com boleiros, mandou beijos irônicos para a torcida. Por isso, é uma questão de onde se quer colocar a atenção. Uma coisa vale imensamente mais para mim que a outra.
Acho que ele deve se despedir em Roland garros em 2025
Daqui pra frente só pra trás.
É o que trás o avanço da idade, meio segundo mais lento, menos energia, menos força,….etc,… suficientes para ele não figurar entre os melhores.
Viva lá vida!
Sim, já fez tudo que tinha. Eu, particularmente, não gosto de ficar vendo as sombras de uma grande figura se arrastando. Isso vale para mim, mas ver um cara que voava na quadra, pegando muitas tortas porque não consegue mais chegar e se posicionar é ruim. Não estamos falando de um cabeça de bagre, mas do cara que já fez muito com a raquete, incontáveis jogadas incríveis. Enfim, só tenho a agradecer. Inúmeros títulos, grandes confrontos com rivais de enorme gabarito. Lesos, volta por cima. E o que eu mais gosto dele, acho que talvez seja o cara do big3 que era menos completo e mais evoluiu, notadamente saque e voleio.
Não jogará mais… aposentará na Laver Cup
kkkkkkkkkkkkkkkkkk Acabou…
E um tal de Federer acabou levando um Pneu.
É o que falo, dá dó destes “torcedores” que terceirizam sua torcida porque seu ídolo apanhou dos seus principais adversários kkkkk
O lobo aposentou o touro.
Todos deveriam seguir o exemplo do Sampras sobre a hora certa de aposentar .