É claro que muitos já o consideram, mas o Eurosport – um dos mais influentes canais de esporte do mundo – publicou um gráfico em que sugere que a corrida para o “GOAT” (o melhor de todos os tempos) ainda está em andamento. E coloca o número de conquistas de Grand Slams como o índice. Assim, como todos já sabem, Novak Djokovic lidera o masculino com folga com 24, seguido por Rafael Nadal, 22, e Roger Federer, com 20.
Há opiniões diferentes de quem deve ser considerado o GOAT, mas com o tempo o número de torneios do Grand Slam será o termômetro mais usado. Só que como ficou claro na conquista do US Open, Djokovic deve deixar essa discussão para mais tarde. Afinal, ainda tem muitas ambições pela frente e, sem dúvida, pelo que mostrou na final diante de Daniil Medvedev tem físico, tênis, técnica e mental para atingir números ainda mais expressivos.
Entendo assim, que muito sabiamente, Djokovic vai deixar a questão do melhor de todos os tempos surgir de maneira natural e já próximo de uma ainda distante aposentadoria. Serena Williams usou outros critérios para se considerar GOAT do tênis feminino, pois se retirou com um título a menos de Margareth Court. Enfim, isso demonstra que são utilizados vários fatores.
Para o tenista sérvio o mais importante foi o conjunto da obra para chegar onde está. Por isso fez questão de agradecer aos seus pais Srdjan e Dijana. Vindo de um país em guerra e sob bombardeios da OTAN, a família fez grandes sacrifícios para investir na carreira de Novak, a ponto de reunir economias para mandá-lo a Alemanha treinar com Niki Pilic (ex-tenista também originário dos Balcãs) que ajudou a formar outro campeão, Boris Becker.
Nesse clima, a festa foi entre familiares, amigos e equipe técnica. E para deixar claro que ainda tem planos ambiciosos, revelou na entrevista coletiva sua confiança. Perguntado sobre a rivalidade dos antigos jogadores e dos mais novos, respondeu categoricamente que vê todos com bons olhos, mas enquanto estiver vencendo todos o rumo segue sem alterações.