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Meligeni: “Deixei tudo o que tinha, mas não foi o suficiente”

Foto: Nicolas Gouhier/FFT

Paris (França) – Depois de furar o quali e entrar na chave principal de Roland Garros pela primeira vez, o paulista Felipe Meligeni teve a ingrata sorte de enfrentar o norueguês Casper Ruud logo na estreia. Os dois mediram forças nesta terça-feira e o vice-campeão dos dois últimos anos no torneio fez valer o favoritismo e bateu o brasileiro, que confessou ter ficado ansioso pelo confronto.

“Foi difícil dormir. Bastante ansiedade, primeira vez em um estádio tão grande e contra o número 7 do mundo. Tive a experiência de jogar no Rio Open contra o (Dominic) Thiem, mas eu era mais novo e não tinha a bagagem que tenho hoje em dia. Foi especial, uma experiência que vou levar para sempre”, disse Meligeni em entrevista ao jornalista Márcio Arruda.

“O cara não é 7 do mundo à toa. Ele te faz jogar o tempo inteiro, mas eu acho que apresentei um ótimo nível de tênis, não me intimidei desde o começo, entrei para jogar sabendo que poderia ter minhas chances, mas infelizmente não concretizei nos momentos que precisava. Ele acabou jogando na frente o tempo inteiro, mas isso foi muito mérito dele, que também conseguiu sacar bem”, acrescentou Felipe.

Apesar da derrota, o paulista gostou de seu desempenho como um todo, embora reconheça que há o que evoluir. “Óbvio que queria ter feito melhor, mas faz parte. Mostrei um bom nível de tênis o jogo inteiro. No 4/3 do primeiro set, acabei errando umas três bolas altas, acho que uns dois smashes, que me prejudicaram para perder o game”, comentou o paulista.

“Tive um break-point no 5/3 depois, mas faz parte. Deixei tudo o que tinha na quadra, dei meu melhor e infelizmente não foi o suficiente”, acrescentou Meligeni, que espera aproveitar a experiência de um desafio tão grande para seus próximos eventos no circuito.

Agressividade um pouco exagerada

Meligeni entrou com a tática bem definida, mas acredita que exagerou um pouco na agressividade. “Ele joga com a direita o tempo inteiro e é bem agressivo então era uma disputa de ver quem pegava primeiro. Só que isso acabou me prejudicando um pouco porque toda vez que pegava de direita queria fazer demais e acabava me equivocando”, comentou.

“Entrei para fazer o meu jogo, ser agressivo e fui para cima dele, não deixar respirar, mas ele saiu de situações difíceis e eu não consegui aproveitar os momentos que tive chance. Agora é levantar a cabeça e seguir”, afirmou o campineiro, que anotou 28 bolas vencedoras, mas também cometeu 33 erros não forçados na partida.

Descanso, grama e volta ao saibro

O número 3 do Brasil e atual 137 do mundo falou também sobre os próximos passos. Depois de uma sequência na Europa, onde jogou dois challengers e depois o quali de Roland Garros, ele volta para casa, descansa um pouco e então disputa um challenger na grama antes de tentar a sorte no qualificatório para Wimbledon. Em seguida, ele volta ao saibro em torneios europeus.

“Temos que ver como vão os ATP, vai ajudar um pouco com o ranking agora, mas tenho que defender uns pontos de Lyon no ano passado (foi campeão no challenger), então vou cair um pouco. Vamos ver quais ATP vou pegar quali e é isso. Depois vou para a quadra rápida”, que deve aparecer entre os 120 primeiros da ATP no ranking logo depois de Roland Garros.

Sobre os torneios na quadra dura antes do US Open, onde disputou seu primeiro Grand Slam no ano passado, também vindo do quali, ele acredita que possa jogar bem. “Fiz bons jogos na quadra rápida no ano passado e fui bem em Los Cabos. Prefiro jogar no saibro, mas me sinto competitivo em todos os pisos”, finalizou o paulista.

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