Paris (França) – A surpreendente contratação do britânico Andy Murray para ser o treinador de Novak Djokovic na próxima temporada dividiu opiniões. Enquanto uns acreditam que o sérvio poderia estar na zona de conforto, trazendo um amigo para seu time, outros apostam que a novidade é justamente para buscar novas conquistas nessa reta final de carreira.
O francês Nicolas Mahut é um dos que defende a segunda opção. “Fiquei um pouco surpreso, não vou esconder, e ao mesmo tempo muito animado. Até porque estou muito feliz em ver o Andy de volta ao circuito. Ele não vai demorar muito a se adaptar. É como na época em que Novak trouxe (Andre) Agassi, ou quando (Roger) Federer contratou (Stefan) Edberg”, disse o ex-tenista profissional para o Eurosport.
“Acho incrível ver essas lendas do esporte voltarem e ajudarem outros jogadores. Além disso, acho que é uma notícia muito boa para o próprio Novak. Para ser sincero, eu estava bastante pessimista com ele, achei que estava caminhando um pouco para o fim e não o via ganhando um Grand Slam em 2025. Realmente o via encerrando a carreira”, observou o francês.
“Essa sensação mudou. Quando você tem dificuldade de encontrar recursos pessoais internos, você os procura um pouco fora e o fato de renovar o quadro às vezes pode ser um gatilho. Pegar o Andy, que foi seu rival há anos, que o conhece desde pequeno, vai dar um empurrãozinho nele. Ele vai querer se dar bem. Agora realmente sinto que podemos ver um grande Novak”, acrescentou Mahut.
O francês acredita que mesmo que Andy ainda não tenha experiência como treinador, tem tudo para fazer um grande trabalho. “Ele conhece perfeitamente Novak, eles eram rivais, ele estudou o jogo dele, o conhece há mais de 20 anos, será realmente uma ganho. E eles tinham um jogo um pouco parecido”, observou o ex-top 50 de simples e ex-número 1 nas duplas.
Boa analise
Pode não dá em nada, mas que foi a notícia mais surpreendente do ano, isso foi. Só imagino Murray segurando um troféu do AO como técnico de Djokovic. Se acontecer, vai ser o fato do ano.
Sendo ambos da mesma idade e jogando um contra o outro desde pequeno, duvido que haja alguém que conheça os pontos fracos e fortes de DJOKOVIC, tenisticamente, mais que MURRAY… Além do que o componente motivacional é enorme: trazer alguém do BIG 4 para estar junto contigo… É ou não é motivacional? Depois que NADAL e MURRAY se aposentaram em 2024, DJOKOVIC não quer ficar sem alguma lenda do BIG 4 em quadra para se motivar…
Só discordo de Mahut na avaliação sobre a perspectiva em relação a 2025 sem Murray. Para mim, independentemente de ter o escocês na equipe, Nole ainda tem (e teria) balas na agulha em quantidade suficiente para mais uma ou duas temporadas em grande estilo. As Olimpíadas foram a comprovação de que só precisa de uma motivação extra para novas conquistas e as quebras de alguns recordes, como o 25° slam, que pode vir no AO ou com o 8° título de Wimbledon, que ainda o igualaria a Federer.
O tenis jogado pelo Murray envelheceu bastante e mal. Praticamente ninguém da nova geração pratica o estilo defensivo que ele tinha.
O que não quer dizer que possa ser um grande técnico… É uma grande aposta, mas não vejo como ele ou outro técnico possa ajudar o Novak, pois seu problema é a baixa física pela idade.