Turim (Itália) – Na última quarta feira, o australiano Nick Kyrgios fez sua estreia como comentarista no Tennis Channel. Além de fazer uma análise prévia do duelo entre o russo Daniil Medvedev e o alemão Alexander Zverev, ele também falou sobre sua condição atual e o que tem feito para voltar ao circuito na próxima temporada.
“Após uma grande temporada no ano passado, estou com muita vontade de voltar. Tive alguns problemas no meu joelho e depois também no punho. Estou fazendo todo o possível para voltar, mas vocês sabem como são as lesões. Estou na academia todos os dias. Estar aqui me deixa com mais vontade de querer voltar e tentar vencer todo mundo lá”, disse Nick.
O australiano contou que é uma pessoa que adora assistir tênis e acompanha os jogos mesmo de longe. “Sinto que sou um cara que estuda o jogo. Não tenho treinador há seis ou sete anos, fico olhando a parte tática. Sei que joguei bastante contra esses caras, sei como é estar pressionado e ter sucesso contra eles”, comentou.
No ano passado, Kyrgios esteve no Finals para disputar a chave de duplas com o compatriota Thanasi Kokkinakis, e ele comentou como foi a sensação. “Você definitivamente sente a energia. Tem uma certa pressão, mas você quer terminar o ano em grande estilo. Lá estão os melhores tenistas do mundo e o público enlouquece”.
Questionado sobre como viu a temporada que está chegando ao fim, Nick destacou o espanhol Carlos Alcaraz e o sérvio Novak Djokovic. “Acho que todos nós sabíamos que Alcaraz seria uma estrela em algum momento, mas temos que ter paciência com ele por causa da idade”, começou o australiano.
“Novak é super-humano, é um alienígena, um cara de outro planeta. E temos outros caras, como (Holger) Rune, que foi bem, teve uma baixa e está se recuperando. Eu gosto dele. Temos também Medvedev e Zverev, dois caras que são muito consistentes, e (Stefanos) Tsitsipas com ótimos golpes”, acrescentou Kyrgios.
Também foi assunto a partida entre Medvedev e Zverev, que fechou a quarta-feira no Pala Alpitour. “Eles têm uma grande movimentação para o tamanho deles, é realmente insano como fazem, não é fácil se movimentar assim. Medvedev fica 3 ou 4 metros atrás da linha de base (para devolver) e parece um muro difícil de penetrar”, observou o australiano.
“Zverev também se move incrivelmente bem de um lado para o outro e tem um grande revés”, destacou Nick, que enalteceu a recuperação do alemão após grave lesão. “Zverev é um cara que trabalha duro, faz tudo o que pode e se for para alguém voltar bem de uma lesão como a que teve realmente é ele”, finalizou Kyrgios.