Krajinovic reflete sobre aposentadoria: “Não foi fácil dizer adeus”

Foto: Divulgação

Nova York (EUA) – Derrotado na primeira rodada do qualificatório do US Open, Filip Krajinovic estava emocionado durante a derrota para o austríaco Jurij Rodionov em sets diretos, com placar final de 6/4 e 6/2, em 71 minutos. A partida marcou o fim de jornada do sérvio de 32 anos no tênis profissional.

“Eu estava lutando pelo último ano e meio, pensando no que fazer. Não estava feliz com minha forma, não estava feliz com meu corpo e eu não conseguia jogar no nível que eu queria. Caí muito, então decidi terminar depois do US Open”, disse Krajinovic em entrevista ao site da ATP.

“Fiquei tão triste que não conseguia nem jogar. Eu estava chorando na quadra porque a vida toda você está jogando e competindo, então não foi fácil dizer adeus. Mas ao mesmo tempo, estou feliz que agora estou livre”, acrescentou o sérvio, que chegou a ser o 26º no ranking, mas estava fora do top 600.

Krajinovic estabeleceu altos padrões para si mesmo, chegando assim ao top 30 e a cinco finais de ATP, embora tenha perdido todas elas. O sérvio anotou quatro vitórias sobre top 10 em sua carreira, mas nos últimos dois anos ele não conseguiu manter o nível ao qual estava acostumado.

Depois de lutar contra uma lesão no punho, Krajinovic quebrou um dedo e lidou com outros problemas físicos. Conforme isso acontecia, ele percebeu que fisicamente não era tão rápido, o que fez a diferença na quadra. Com isso, veio uma queda no ranking.

“Quando você cai para jogar torneios pequenos, a motivação não é a mesma. Simplesmente não me sentia bem e não estava com vontade o suficiente. Se você não está 100% nisso, não há chance de voltar. Então senti que não estava gostando e vi que não estaria novamente no top 50”, contou o sérvio.

Krajinovic decidiu que jogaria por mais alguns meses após Roland Garros e se aposentaria após o US Open. Apesar da derrota, foi um momento especial na quadra 4. Muitos dos seus amigos mais próximos, incluindo Dusan Lajovic, Miomir Kecmanovic, Nikola Cacic e o capitão sérvio da Copa Davis, Viktor Troicki, ficaram até tarde da noite para apoiá-lo.

3 Comentários
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João Sawao ando
João Sawao ando
20 dias atrás

Uma penatantas contusões. Um cara que foi top 20 .vira top 600 .e não consegue escalar o ranking fica difícil mesmo

Guilherme E.S. Ribeiro
Guilherme E.S. Ribeiro
20 dias atrás
Responder para  João Sawao ando

Apenas uma pequena correção João, ele não foi TOP20. Seu melhor ranking foi 26 do mundo

Gusmão
Gusmão
20 dias atrás

32 o jovem se aposentando, deixou ser vencido pelo sistema e falta de perseverança.

T. GABASHSIVILI, 39 anos está jogando o ITF 15 na Tunísia, piso duro, nesta semana, e já está na semifinal.

Se Nadal com 37 anos jogal 19 torneios, certamente pontuando nos 19, voltaria aos primeiros do Ranking.
Busta e Nishikori com mais de 30 anos, estão se recuperando aos poucos.
Fognini jogou uns Challenger e alguns ATP 250 e está entre os 100 novamente.

O certo é, que precisam de treinamento, dedicação, concentração, paciência, e acreditar.

Força Djokovik. Medalha de ouro com 37 anos.
Força Brasileiros.

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