Roma (Itália) – Especializado na mais longa das modalidades da marcha atlética, o italiano Alex Schwazer venceu a marcha de 50 km nos Jogos Olímpicos de Pequim 2008. Em entrevista ao La Repubblica, ele defendeu a inocência do compatriota Jannik Sinner, mas também não deixou de apontar as incongruências do processo de julgamento dos atletas que são pegos no antidoping.
“Jannik pode se dar ao luxo de se defender, enquanto outros foram condenados sem possibilidade de resposta pela mesma substância e em circunstâncias semelhantes. Ele é certamente inocente e pessoas inocentes nunca deveriam ser punidas. Mas no mundo dos esportes e da justiça antidoping, ser inocente ou culpado não faz diferença. Só a política importa”, afirmou Schwazer.
O atleta italiano fala com propriedade de quem já vivenciou isso duas vezes. No início de 2012, testou positivo para EPO num exame antidoping e foi suspenso por três anos e meio. Voltou porém às competições em 2016, mas junho, foi novamente pego em teste antidoping por aumento abusivo de testosterona e ficou impedido de participar de competições até julho de 2024.
Claro! A agência antidoping é a culpada. Concordo que tem política envolvida, mas não que a equipe dos atletas não faz de tudo para não cair no teste: substancias novas, uso fora do período de testes, desculpas de doenças (um cara do ciclismo foi pego com 200x a dose habitual de tratamento de asma, e alegou ser asmático e não foi punido), entre outras…