Cincinnati (EUA) – Primeira jogadora a se classificar para as quartas de final do WTA 1000 de Cincinnati, Iga Swiatek tem investido bastante em melhorias no saque, especialmente depois que começou a trabalhar com o técnico Wim Fissette desde o fim do ano passado. Número 3 do mundo e atual campeã de Wimbledon, a polonesa já percebe o aumento na velocidade e agora busca maior consistência e precisão para continuar lutando por títulos importantes.
“Quando eu comecei a trabalhar com o Wim, não acreditava que conseguiria sacar a 180 ou 185km/h consistentemente”, disse Swiatek, na coletiva de imprensa desta quarta-feira. “Ele me ajudou a aumentar a velocidade e estamos trabalhando durante muitas horas em quadra para aumentar também a precisão. Isso funcionou bem na Austrália e em Wimbledon. Tenho que encontrar o melhor ritmo com as bolas daqui, mas sinto que estou com decisões mais corajosas e que eu precisava acreditar mais nisso”, acrescenta a polonesa, que pode enfrentar Ekaterina Alexandrova ou Anna Kalinskaya.
A vaga nas quartas veio com uma vitória por 6/4 e 6/3 sobre a romena Sorana Cirstea. A polonesa liderou com folga a contagem de winners por 24 a 9, conseguiu cinco quebras e só enfrentou dois break-points, mas se preocupa com o fato de ter colocado apenas 50% de primeiros serviços em quadra, algo a melhorar para as próximas rodadas. “Eu estava tentando ser proativa com meu saque. Muitos dos meus primeiros serviços não entraram, mas fiquei feliz por ter sido sólida no segundo saque”.
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Embora tenha ampliado a vantagem no histórico de confrontos contra Cirstea para 5 a 0, com apeans um set perdido, a ex-líder do ranking sabia que poderia ter um jogo difícil contra a experiente rival de 35 anos. “É uma grande jogadora e tenho muito respeito por ela. Sabia que precisaria estar focada e ser mais sólida que na rodada anterior. As condições não estavam fáceis, muito úmido, mas fico feliz que isso não me afetou”, afirmou. “Jogamos muitas partidas difíceis, então sei que a Sorana bate muito bem na bola, principalmente em superfícies mais rápidas. Então eu estava pronta. Feliz por ter sido sólida o suficiente”.
Mudança na raquete e evolução ao longo do torneio
Durante a coletiva, a polonesa também foi perguntada sobre uma declaração de Carlos Alcaraz, que diz precisar de duas ou três partidas em um torneio até jogar seu melhor tênis. “Acho que depende do torneio. Em alguns eu me sinto bem já no começo, mas depois sinto que alguma coisa não está funcionando. Em outros, é como o Carlos falou, eu vou crescendo conforme me acostumo com as condições. Eu consigo saber o que fazer e tomar decisões melhores naturalmente. Cada torneio pode ser diferente. As vezes tenho muito tempo de preparação e já consigo começar num nível alto e tento manter até o fim”.
Ela também falou sobre o modelo novo de sua raquete, uma edição especial da Tecnifibre que a polonesa e o russo Daniil Medvedev vão utilizar até o US Open. A tenista reforça que a troca é apenas na pintura e que as especificações são as mesmas há alguns anos. “As raquetes são as mesmas desde 2020. Eu não sei como outros jogadores fazem. Tento fazer algumas mudanças, tem coisas que melhoraram com nova, tem coisas que eu prefiro na antiga. Então, é melhor para mim ficar com a que estou agora. No começo foi difente ver uma raquete azul na minha frente, depois de tanto tempo jogando com a branca. Mas a Tecnifibre sempre me ajudou muito quando precisava fazer algum ajuste, mas a cor é ótima. Fico feliz que eles tenham feito esse modelo em comemoração aos nossos títulos do US Open”.
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