Miami (EUA) – De volta ao palco em que conquistou seu primeiro Masters 1000 em 2022, Carlos Alcaraz não conseguiu repetir o mesmo desempenho em Miami e foi eliminado na estreia. Número 3 do mundo, o espanhol sofreu a virada do belga David Goffin, ex-top 10 e atual 55º do ranking aos 34 anos, por 5/7, 6/4 e 6/3 em 2h18 de partida.
Goffin passa a liderar o histórico de confrontos contra Alcaraz, agora com duas vitórias e uma derrota sobre o espanhol. O belga também consegue sua 20ª vitória contra top 10 na carreira e a primeira na temporada. O próximo adversário será o norte-americano Brandon Nakashima, 32º do ranking, que venceu o espanhol Roberto Carballes Baena, 53º colocado, por 6/4, 4/6 e 6/3 em 2h22 de partida.
Já Alcaraz sofre sua quarta derrota em 19 jogos na temporada, com destaque para o título nas quadras duras e cobertas de Roterdã em fevereiro. O jovem jogador de 21 anos caiu na semifinal de Indian Wells no último sábado, superado pelo britânico Jack Draper, campeão do primeiro Masters de 2025.
Slay, David 🔥
The moment @David__Goffin stunned former champ Carlos Alcaraz for his 8th career Top-3 win! #MiamiOpen pic.twitter.com/oG8EeXw2kz
— Tennis TV (@TennisTV) March 22, 2025
Belga tirou a disputa do fundo da quadra e teve sucesso
A partida entre Alcaraz e Goffin começou com alguns ralis longos e o espanhol teve duas chances de quebra logo cedo, mas Goffin escapou de um 15-40 e logo depois foi o primeiro a quebrar, chegando a liderar o primeiro set por 4/3. Mas o espanhol buscou o empate de imediato e voltou a quebrar no fim do set. Mais agressivo em quadra, ele fez 14 a 9 nos winners e também cometeu 14 erros contra 10.
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O segundo set começou com maior domínio dos sacadores e pontos definidos em menos trocas de bola. Alcaraz chegou a enfrentar um game longo em seu serviço, mas não enfrentou break-points até o 4/4. Goffin conseguiu uma sequência de boas devoluções e colocou o espanhol em 0-40. O espanhol tentou se salvar com curtas e lobs, mas o belga fechou bem a rede e conseguiu a quebra. Sacando para o set, o belga permaneceu sem ter o serviço ameaçado e ainda aplicou uma excelente passada na paralela. O espanhol fez mais winners, 11 a 9, mas cometeu 14 erros contra 9 do belga.
Goffin tentou até saque e voleio, Alcaraz errou demais
Confiante, Goffin já começou o último set com uma quebra de vantagem. E por pouco, não ampliou a vantagem, já que Alcaraz salvou break-point quando perdia por 2/0. O espanhol tinha o apoio da torcida, mas não conseguia buscar o empate. Até mesmo quando o belga enfrentava games mais longos, os muitos erros não-forçados o impediam de chegar aos break-points.
O veterano também teve sucesso nas subidas à rede e tentou até saque e voleio para abrir 5/3 no placar. No game seguinte, Alcaraz salvou um match-point, jogando de forma agressiva e comandando o ponto com o forehand, mas ele não conseguia manter o saque. E as devoluções eficientes do belga o levaram a mais uma chance de vitória que ele não deixou escapar. Alcaraz liderou a contagem de winners por 36 a 23, mas cometeu 43 erros não-forçados contra 25 do belga.
Esperando o tenista que vai derrubar todos os recordes do maior de todos rs.
Opa! Mais um grande dia pro tênis! Goffin joga muito!
O único pesar é que GOATaço não poderá ampliar o h2h pra 6×3…
Que grande zebra, hein! Depois desse resultado nada me surpreenderá mais nesse torneio masculino.
PARABENS GOFFIN!!!!…
Ele estragou a vida do garotinho-propaganda da midia marketeira ou, como agora se revelou (com a sua declaração contra o sindicato da sua classe): “o puxa-sac dos patrões” (sempre obediente e submisso dos cartolas organizadores da ATP).
Não tenho palavras para descrever o meu nível de decepção nesse momento. Eu ainda falei com a minha amiga ontem mais cedo que não estava confiante no desempenho do Carlitos em Miami, foi batata. Essa falta de confiança em si mesmo é o que está acabando com ele. Espero que ele consiga colocar essa cabeça no lugar para a gira no saibro, ou as coisas vão ficar muito complicadas para ele.
Indo nesse ritmo e tendo perdido 4 das últimas 5 partidas para Novak, sendo que a única que ganhou foi com ele se recuperando de cirurgia e tendo perdido as duas vezes que jogaram na Phillipe-Chatrier, vai ser bem difícil mesmo ele ter confiança num eventual confronto em Roland Garros.
Kkkkkkkkkk, os haters sofredores da turminha da kombi reversa disseram que o GOAT dourado era um “ex-jogador em atividade” após a derrota na estreia de Indian Wells.
Vão dizer o quê, agora, que o ídolo deles, Tevez Jr. foi derrotado na estreia também?
Esse aí nunca será GOAT como ele e seus torcedores desejam. Nunca será nível Big 3.
E só tem mais Slams que o Big 3 na mesma idade porque o sérvio esteve prejudicado em três desses títulos, seja não podendo participar, seja com lesões.
Já Federer teve Sampras para impedi-lo, Nadal teve Federer e Djoko teve os dois.
“Já Federer teve Sampras para impedi-lo”.
Deu uma viajada legal, hein? Jogaram uma vez só e o Federer ganhou (Wimbledon, 2001).
Por isso que o Goffin é meu tenista favorito, tirando alguns brasileiros, é claro kkkk. Quando ele joga bem, ganha de qualquer um. Meus parabéns, e espero que vá longe nesse torneio!!
Alcaraz é inconstante, força demais quando é pra apenas por a bola do outro lado, ele não tem a constância do sinner, pode ser até mais talentoso, mas, ainda acho o sinner mais completo..
Alcaraz se despede cada vez mais cedo nos grandes torneios. Como sempre, quando fica perdido em quadra busca um alento no seu treinador, que não consegue operar milagres de fora da quadra. Parece que a vida milionária e repleta de contratos de patrocínio e comerciais tem tirado o foco do rapaz. Ainda é jovem e pode se recuperar, se dedicando exclusivamente ao tênis, mas tem que querer, porque ganhar com o nome não consegue mais.
Alcaraz não possui uma boa bola neutra. Ou ele ataca, ou joga bolas sem peso. Atacar sempre exaure e acentua os erros e, assim, a bola neutra (segura, porém com peso) é necessária para dar solidez ao jogo.
Também falta a ele um pouco mais de feeling para as bolas indefensaveis. Ele vai em todas as bolas, mesmo nas totalmente impossíveis. Isso vai minando sua energia aos poucos. Nadal e Nole eram genios das bolas neutras. Eles jogavam com boa margem de segurança e ainda assim empurravam seus adversários para trás da linha de base. Com tudo, o espanhol é impressionante e dará ainda muitas alegrias aos seus torcedores mas, creio eu, nunca chegará no nível de um big three.