Gauff revela que teve dúvidas se jogaria na Arábia Saudita

Foto: Jimmie48/WTA

Riad (Arábia Saudita) – A polêmica entrada da Arábia Saudita no circuito da WTA foi tema abordado pela norte-americana Coco Gauff, que não escondeu sua reticência em ir jogar no país. Contudo, a tenista de 20 anos acabou decidindo competir por lá depois de muita conversa e promessas de que haverá uma melhora nos direitos das mulheres nos próximos anos.

“Eu estaria mentindo para você se dissesse que não tive dúvidas. Você sabe quem eu sou e as coisas que falo. Estive em todas as conversas que pude com a WTA. Uma das coisas que disse a eles é que se viéssemos aqui não seria apenas para jogar o torneio e ir embora: queríamos ver um plano em vigor, um plano real”, afirmou a norte-americana.

“Conversamos com muitas mulheres sauditas. Uma delas foi a Princesa Reema. Estive em várias ligações com ela, perguntamos sobre a melhor maneira de lidar com essa situação. Fiquei preocupada em ver como poderíamos ajudar e sou consciente de que não vamos vir aqui e mudar tudo, seria ingênuo. Mas acho que pode mudar no longo prazo”, acrescentou.

Gauff acredita que o esporte pode abrir portas para as pessoas. “Se você quer que a mudança aconteça, você tem que ver. O esporte é a maneira mais fácil de introduzi-la. Eu sei que eles começaram trazer mais desportos masculinos para cá, com golfe e tênis, e agora este é o primeiro torneio profissional feminino aqui. Espero que, com a chegada do WTA Finals nos próximos três anos, seja financiado um programa para o futuro, fazendo com que mais mulheres sauditas pratiquem esse esporte”.

Mudanças no saque

Ao abordar assuntos mais técnicos, a jovem norte-americana revelou que vem trabalhando em uma mudança no saque, mas não quis se alongar. “Não quero revelar todos os meus segredos, mas fiz uma mudança na pegada, principalmente no saque, que acho necessário torná-lo mais consistente”, contou a atual número 3 do mundo.

“Não é fácil, porque você continua jogando e tudo parece novo, mas quando você faz essas mudanças você tem que pensar no longo prazo. Passei duas semanas trabalhando com essa nova segurada. Veremos como funciona aqui”, disse Gauff, que estreia no WTA Finals em duelo 100% norte-americano com Jessica Pegula no domingo.

5 Comentários
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Sergio
Sergio
29 dias atrás

Acho muito correta a postura da Gauff. Esses países que não respeitam os direitos humanos, os direitos das mulheres, dos LGTB, etc não deveriam mesmo sediar nenhum evento esportivo.
Pena que a pressão internacional é muito fraca a este respeito.
Penso que se fosse maior (a pressão internacional) talvez os atletas não tivessem que participar de torneios nestes países.

Paulo Mala
Paulo Mala
29 dias atrás

Resumindo: o dinheiro falou mais alto que seus ideais

DENNIS SILVA
DENNIS SILVA
29 dias atrás

Não teve dúvidas. Grana é quem decide.

Mauricio
Mauricio
29 dias atrás

Verdade, vai mudar toda uma cultura ( não digo que correta, deixando claro) para que ela possa jogar lá.
Não está indo pelo dinheiro !!

SANDRO
SANDRO
28 dias atrás

Coco Hipócrita Gauff, como sempre… Queria ver ela não ir de verdade…

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