Gauff lamenta falta de soluções e destaca equilíbrio do circuito

Tom Flathers/AELTC

Londres (Inglaterra) – A derrota nas oitavas de final de Wimbledon encerrou uma ótima sequência de Coco Gauff em torneios do Grand Slam, numa série que começou com o título do US Open no ano passado e seguiu com as semifinais do Australian Open e de Roland Garros. Eliminada neste domingo pela também norte-americana Emma Navarro em sets diretos, Gauff lamentou a falta de soluções na partida, diante das variações impostas pela compatriota de 23 anos. A número 2 do mundo também lamentou as oportunidades perdidas, especialmente no primeiro set.

“Foi uma partida dura. Ela jogou muito bem nos ralis de fundo. Eu já havia a enfrentado e sabia um pouco do que fazer, mas hoje não consegui ser agressiva. Tive minhas chances no primeiro set e não consegui a quebra. Sinto que hoje ela estava variando muito bem, com slices e devolvendo muito bem o meu saque, especialmente no segundo serviço”, disse Gauff após a derrota por 6/4 e 6/3 para Navarro. A jovem de 20 anos chegou a ter uma quebra acima no set inicial e ainda criou dois break-points quando o placar estava empatado por 3/3, mas não conseguiu recuperar a vantagem.

“Tinha um plano de jogo para hoje, que obviamente não estava funcionando. Não sou uma jogadora que costuma pedir muitos conselhos para o meu box, mas hoje foi um daqueles dias em que eu não encontrava soluções. Talvez por isso a minha conexão com o box tenha sido maior hoje. Mas no fim das coisas, sou eu que estou jogando e tenho que tomar minhas decisões na quadra”, avalia a norte-americana, que parou pela terceira vez nas oitavas em Wimbledon. “Durante o torneio, eu sinto que estava melhor nos dois lados para lidar com as bolas mais baixas e aqueles slices mais curtos, que são comuns na grama. Estou feliz com o meu progesso, mas obviamente eu gostaria de ter ido mais longe”.

Apenas duas top 10 seguem na chave

Com a derrota de Gauff, apenas duas jogadoras do top 10 seguem na chave, a italiana Jasmine Paolini já está nas quartas e enfrenta a própria Navarro, enquanto a cazaque Elena Rybakina disputa as oitavas nesta segunda-feira contra a russa Anna Kalinskaya. A vice-líder do ranking destaca o equilíbrio do circuito, citando que até mesmo as jogadoras que não são cabeças de chave podem chegar longe. Foi o que aconteceu no ano passado, com o título da tcheca Marketa Vondrousova, que depois foi eliminada ainda na estreia deste ano.

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“Já joguei muitos torneios do Grand Slam e qualquer uma pode vencer. O ranking é apenas um número e a única vantagem de ser cabeça de chave é não jogar contra outra jogadora bem ranqueada nas primeiras rodadas. Mas isso não significa que você não pode perder. Vimos como muitas favoritas caírem, inclusive a atual campeã. Não significa nada. Especialmente do meu lado da chave”, avaliou a norte-americana.

“Mesmo que as jogadoras não sejam tão conhecidas, elas ainda são talentosas. Talvez o ranking não seja tão bom, mas o nível está aí. E elas estão aqui por um motivo e merecem seu lugar. Não há chave fácil. Este é um esporte competitivo e todas nós queremos vencer. Eu já estive do outro lado e não levo o meu ranking em consideração antes de entrar em quadra. Enfrento cada partida com uma mentalidade muito competitiva, independentemente da pessoa contra quem estou jogando.”

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NFdS
NFdS
2 meses atrás

Excelente comentário da Gauff:
“Mesmo que as jogadoras não sejam tão conhecidas, elas ainda são talentosas. Talvez o ranking não seja tão bom, mas o nível está aí. E elas estão aqui por um motivo e merecem seu lugar….”

Isso mesmo, na grama maluca, então, mais oscilações e surpresas ocorrem. Vide Lulu Sun, quem diria?… A campeã do ano passado e a número 1 já caíram… e só duas cabeças top 8 nas quartas…

Flávio
Flávio
2 meses atrás
Responder para  NFdS

As 3 primeiras não estão nas quartas, então o que eu disse comprovou desde o início que Wimbledon estava imprevisível devido a limitação que mas a o tênis feminino atual.

Julio Cesar
Julio Cesar
2 meses atrás

quando pegou alguém, perdeu kkkk

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