Pequim (China) – Classificada para as quartas de final do WTA 1000 de Pequim e atual campeã do torneio, Coco Gauff avalia que o calendário do circuito poderia ser menos desgastante para as jogadoras, especialmente por conta do aumento nos torneios de duas semanas. A número 3 do mundo também argumenta que a estrutura do circuito limita as opções que as atletas têm de construir o próprio calendário.
“Sobre as regras obrigatórias, eu entendo o motivo delas existirem, pela questão do prêmio em dinheiro e tudo mais. Mas, do ponto de vista da saúde das jogadoras, não concordo muito”, afirmou Gauff após a vitória sobre Belinda Bencic por 4/6, 7/6 (7-4) e 6/2. “Basicamente, já joguei o máximo de tênis que poderia e é impossível estar em todos os seis torneios WTA 500 que exigem. Com cada vez mais competições durando duas semanas, não faz sentido sobrecarregar o corpo”.
“Tirando a temporada de grama, quase sempre temos dois WTA 1000 em sequência, seguidos por um Grand Slam e muitas vezes depois de um WTA 500″, acrescentou a norte-americana de 21 anos. “Não faz sentido disputar o 500 antes, sabendo que provavelmente serão quatro semanas seguidas de tênis e ainda ter que lidar com compromissos de patrocinadores. Gostaria de ver, ainda na minha carreira, uma solução para encurtar a temporada. Também acho que isso prejudica alguns torneios 500, como Washington, que eu queria jogar neste ano, mas não consegui porque logo em seguida vinham Montréal e Cincinnati, ambos de duas semanas”.
Questionada se um eventual calendário mais curto deveria incluir restrições a jogos de exibição, Gauff ponderou. “Dependeria de como essa temporada mais curta seria organizada. Se houvesse um fim definido, talvez fosse algo a se considerar. Mas acho que, quando a temporada termina, as jogadoras deveriam ter liberdade para fazer o que quiserem, como acontece em outras ligas, tipo NBA e WNBA. No meu caso, não costumo jogar muitas exibições e a maioria delas nem exige tanto esforço físico, são só partidas únicas”.
Discussão com Bencic no segundo set
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— Christian’s Court (@christianscourt) September 30, 2025
Gauff também foi perguntada sobre um momento de tensão no segundo set da vitória sobre Bencic, quando a suíça reclamou do barulho vindo da equipe da norte-americana. “Eu sabia que ela tinha dito algo para a minha equipe, mas não escutei. Depois me contaram que ela falou para ficarem em silêncio. Acho que ela estava incomodada porque eles estavam torcendo. Para mim, a quadra estava silenciosa, então dava para ouvir as duas equipes. Nas rodadas anteriores, também escutei muito bem os times adversários e nunca me incomodei”.
A norte-americana, que enfrentará a alemã Eva Lys nas quartas, reforçou que não gostou do tom usado por Bencic. “Só pedi que fosse respeitosa. Sempre fui educada com a equipe dela fora da quadra e ela também comigo, então não gostei daquele comentário. Mas depois seguimos em frente. No game seguinte eu acabei sacando mal e cometendo três duplas faltas, fiquei frustrada, mas a partir dali pensei: ‘não quero mais perder’. Consegui me concentrar de novo e isso até me ajudou. Eu não sou uma pessoa de confrontos, não gosto de brigas em quadra, mas acontece, faz parte do esporte. No fim, estou feliz que hoje tenha dado certo para mim”.
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Nada de novo… O pessoal do topo que pega a fatia maior dos prêmios, reclamando de tantos torneios.
E a grande maioria que mal pega uma fatia de premio, querendo mais torneios..
Mas tornar todos os M1000 em duas semanas praticamente acaba com os 250 e o 500 se torna um fardo para os atletas. E os pequenos longe do topo, com ranking inferior ao top50, faziam seu tour baseado nos 250, IW e Miami, e o qualy de alguns M1000 de uma semana. Hoje a galera de baixo entra em todos os M1000 para tomar pancada basicamente e jogam muito menos torneios de nível 250.