Turim (Itália) – Vice-campeão da edição passada no ATP Finals, Taylor Fritz não repetiu o bom desempenho neste ano e foi eliminado ainda na fase de grupos. O norte-americano se despediu da competição com a derrota por 7/6 (7-3) e 6/3 para o australiano Alex de Minaur. Atual número 6 do mundo, Fritz quer aproveitar o período sem competições para tratar de uma tendinite no joelho, que o incomodou ao longo do ano, e mira objetivos maiores para 2026.
“O plano é apenas manter a reabilitação em dia e, com isso, espero que, ao não jogar tantas partidas por algumas semanas, consiga ver alguma melhora e deixar o joelho em melhores condições”, explicou Fritz na coletiva de imprensa desta quinta-feira. “Depois, ainda terei tempo para treinar e estar pronto para a próxima temporada”.
O norte-americano também destacou que as dores afetaram sua rotina de treinos ao longo do ano. “Um dos meus maiores problemas nesta temporada foi que, sempre que eu não estava jogando torneios, também não conseguia trabalhar realmente nas coisas que eu sentia que precisava melhorar ou treinar com intensidade”, disse. “Eu me via apenas tentando manter o físico, tirar um tempo de descanso e me sentir saudável o suficiente para competir. Mas não consegui me dedicar como gostaria nos períodos de pausa”.
Domínio de Sinner e Alcaraz no circuito
Ao falar sobre o atual domínio de Carlos Alcaraz e Jannik Sinner no circuito, o norte-americano comparou o momento com o dos tempos em que Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic acumulavam conquistas nos principais torneios. “Agora estamos vendo um Big Two (risos). Sou um jogador melhor hoje do que naquela época. Se eu jogar bem, posso fazer uma partida equilibrada com o Carlos, como vimos nessa semana. Mas preciso continuar melhorando. É nisso que estou focado.
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“Obviamente, esses dois estão à frente de todos os outros. O caminho fica aberto quando um deles está fora. Como por exemplo em Xangai, em que o Carlos não jogou e o Jannik perdeu. Mas se você quer ganhar um grande título, provavelmente vai ter que vencer um deles, talvez os dois. É nisso que estou focado, em me recuperar para poder trabalhar nos pontos que preciso aprimorar e tentar diminuir a diferença para eles”.
Derrota para De Minaur em Turim
Já sobre a derrota para De Minaur, Fritz reconheceu as dificuldades diante do jogo consistente do rival. Foi o 11º encontro entre eles e o australiano agora lidera o histórico por 6 a 5. “Ele nunca foi um adversário fácil para mim, porque, além de se mover muito bem, ele não joga de forma defensiva contra mim”, avaliou. “Vejo que em outros jogos ele está disposto a trocar mais bolas, ser mais paciente, mas contra mim ele joga de maneira muito agressiva. A bola dele fica muito baixa e reta e é difícil atacar se eu não estiver com o forehand bem calibrado”.
Fritz também destacou o mérito do rival na leitura do saque. “Ele estava antecipando as direções, às vezes até adivinhando os lados do meu serviço”, comentou. “Isso tornava o saque mais complicado, porque eu batia em bolas que normalmente não voltam, mas ele já estava três passos à frente, devolvendo com muita força. Ele fez muitas coisas bem hoje”.











