Londres (Inglaterra) – Único brasileiro no top 100 da ATP atual, o carioca João Fonseca segue colocando seu nome entre os principais jogadores do mundo. Depois da campanha até a terceira rodada em Roland Garros, ele atingiu a melhor marca da carreira até então, ganhou oito lugares, voltou ao top 60 e agora ocupa a 57ª colocação.
Porém, os quatro brasileiros que aparecem depois de Fonseca no ranking não tiveram a mesma sorte e amargaram quedas, a pior delas do paulista Felipe Meligeni, que caiu 13 lugares e agora é o 147º do mundo. O paranaense Thiago Wild perdeu uma colocação e foi para a 118ª e o cearense Thiago Monteiro caiu sete posições, indo para o 138º posto.
Mas quem sofreu mesmo no ranking desta segunda-feira foi o paulista Gustavo Heide, que não compete desde o fim de fevereiro e segue perdendo espaço a cada semana. Desta vez ele amargou uma dura queda de 31 lugares e saiu do top 200, indo para a 225ª colocação.
Em contrapartida, Karue Sell e João Lucas Reis começam a semana comemorando boas ascensões e tentam voltar às suas melhores marcas. O catarinense ganhou 12 lugares e agora é o 273º do mundo (já foi o 258º), enquanto o pernambucano deu um salto de 38 lugares e agora é o 313º do ranking (já foi 259º).
Veja como está o top 10 dos brasileiros na ATP:
João Fonseca – 57º (+8)
Thiago Wild – 118º (-1)
Thiago Monteiro – 138º (-7)
Felipe Meligeni – 147º (-13)
Gustavo Heide – 225º (-31)
Karue Sell – 273º (+12)
Matheus Pucinelli – 282 (-1)
João Lucas Reis – 313º (+38)
Pedro Sakamoto – 320º (+2)
Mateus Alves – 324º (+3)
E nenhum dos 5 primeiros brasileiros jogando essa semana. Nesse ritmo é só queda mesmo. Pelo visto a lesão do Heide é grave, mais de 3 meses sem jogar.
O Fonseca joga poucos torneios, se for comparar com os melhores tenistas
Pesquisou? Acho que não, né? Talvez tenha faltado um tempinho, mas tem que olhar para ser preciso.
Torneios em 2025 (Top 10)
————————————–
Alcaraz: 9;
Djoovic: 9;
Draper: 8;
Zverev: 12 + United Cup;
Musetti: 9;
De Minaur: 11 + United Cup + Davis;
Tommy Paul: 10;
Holger Rune: 12 + Davis;
Taylor Fritz: 9 + United Cup;
Sinner: 3 (três meses suspenso, não vale);
João Fonseca: 11 + Davis + Next Gen (2024, mas emendou).
Aqui os números levam a uma visão distorcida da realidade, quando pegamos os números de jogos do tenista (de torneios ,250 até Slam), percebemos que João Fonseca jogou poucas partidas no ano de 2025, em comparação a outros tenistas
Fonseca jogou 24 partidas (inclui 3 partidas de quali, que nenhum outro oferecido como exemplo jogou).
Ficou assim:
Fonseca : 24
Alcaraz: 42
Fritz: 37
Zverev: 40
Draper: 32
Rune: 32
Djokovic: 29
Musetti: 33
(Fonseca jogou 10 partidas em torneios Challengers em 2025, infla os números de participação descartando a qualidade dos torneios disputados)
Como a troca de ideias de outro dia, os números ajudam, mas é necessário contextualiza-los, não se pode comparar um torneio Challengers com um 250, 500,1000 ou Slam)
A questão de número de partidas, é que essa rapaziada aí ganha os jogos nos torneios em que entra, ganha alguns, inclusive, chegam em semi, e finais. Enquanto que o JF ainda não tem essa média de vitórias.
É diferente da escolha de calendário de quantos ou quais torneios vão disputar.
Olá, caro Daniel,
Sim, compreendo o que escreveu, mas teremos algumas dificuldades.
Caso o tenista A participe de 100 torneios, e perca na primeira rodada (100 jogos), e outro tenista B, participe de 50 torneios e perca na terceira rodada (150 jogos).
Poderemos dizer que:
O tenista A jogou muitos torneios em 2025.
O tenista B jogou poucos torneios em 2025
O tenista A jogou poucos jogos
O tenista B jogou muitos jogos
O tenista A está mais cansado, viajou mais
O tenista B está menos cansado, viajou menos
O tenista A está menos desgastado, jogou menos
O tenista B está mais desgastado, jogou mais.
Quando olhamos, percebemos que podemos contextualizar aquelas informações, de um modo que melhor me agrade.
O problema aqui, não é a quantidade, é como uso os dados.
Buenas, nenhum número distorce a realidade – tudo depende da forma como é interpretado. É natural que uma medida descritiva isolada não represente toda a distribuição dos dados, mas isso não significa que ela seja “enganosa”; o problema está em extrapolar além do que ela pode mostrar.
Em relação ao comentário do José Pedro: (1) Eu apenas comentei com base no que ele escreveu. Ele mencionou torneios, não jogos; (2) Ele mencionou os Tops, então vale relembrar que um Top 50, salvo exceções, não pode disputar CH. Como o Fonseca ainda não está nesse grupo, faz sentido que tenha jogado 3 CH (11 partidas) – um quando ainda era #145 do ranking, e dois super CH durante as segundas semanas de IW e Madri.
O comentário do colega não considerou esse contexto do João, então não dá pra simplesmente tirar os CH da conta. Com eles, o João já disputou 34 partidas no ano + 5 da Next Gen. Independentemente de ser CH ou não, esse volume de jogos naturalmente tem impacto físico.
Olá caro, Fernando, eu não escrevi que um número distorce a realidade, escrevi que números levam a uma “visão” distorcida (existe uma diferença na frase, a subjetividade da “visão”).
As 5 partidas do next gen foram ano passado (estamos falando sobre 2025)
Quando argumentos sobre a quantidade de torneios, igualamos desiguais.
Caso não considerarmos o Next, e o quali, usando os dados, os jogos do tenista, poderia dizer que João Fonseca jogou a metade dos jogos de Carlos Alcaraz em torneios do qual os dois poderiam participar (sendo assim, poderia dizer que João Fonseca jogou pouco, usando dados numéricos para sustentar a opinião)
Quando usamos a quantidade de torneios sem um contexto (da mesma forma que usei o número de jogos) poderemos dizer que João Fonseca jogou muito durante 2025.
O uso dos dados, tem a mesma origem, mas a interpretação é radicalmente contraria, e tudo baseado na lógica inquestionável dos números.
Os números podem sustentar um argumento, mas não podem ser o argumento em si, é necessário um contexto.
é sério que você tirou os challengers da conta para fazer valer o seu ponto na marra e ignorar que o Fonseca está com a mesma quantidade de jogos insana do top 10 com 18 anos?
Sim, tirei.
Você só pode estar de sacanagem. João jogava challengers porque era o que o ranking dele permitia. Não existe nenhum dado ou métrica que suporte a sua afirmação de que João jogou pouco comparado aos top 10. Tanto em número de torneios, quanto de jogos, ele está na média ou acima.
Fonseca tem 18 anos e ingressou nos top 100 há pouquíssimo tempo. Querer compará-lo com os top ten é uma viagem sem sentido nenhum
Acho que o Fonseca tem plenas condições de fechar o ano no top-30, que é o principal objetivo dele nesse primeiro momento. Já entrando como cabeça de chave nos grandes torneios a coisa fica bem mais fácil.
Acho q esse ano top40. E perde do Mensik no Next Gen. Mas sim será Top10 em Breve. Diria 4 anos
O nextgen que obrigou ele a fazer essa pausa no meio da temporada, não faz sentido nenhum ele disputar esse ano, e se ele não quiser tirar os escorpiões do bolso para pagar uma eventual multa, tem que ir de sangue doce.
É definitivo isso que ele perde do Mensik? Bom, logo veremos.
Mensik, aquele que ele ganhou ano passado e que rodou na segunda rodada de RG? Tirou isso de onde? Brasileiro é o pior torcedor do mundo, o único que torce contra os compatriotas.
Mensik perdeu para top 300 na primeira rodada do de um Challenger após cai em Roland Garros.
O tem o msm nível dele fácil, fácil.
O que houve com o Heide?
Nossos 4 mais bem ranqueados seguem descansando,o Heide sumiu, ninguém sabe ninguém viu, parabéns Sell e Reis
Monteiro queda livre praticamente irreversível
O resto , mais do mesmo
Caramba, o Heide não joga desde fevereiro minha nossa
Força Brasileiros.
Mas temos de destacar a falta de Torneios Masculino no Brasil.
A CBT é um caso sem solução. Não desenvolve, não sai do ostracismo.
Alguém do site sabe dizer porque o Heide está fora a tanto tempo?
Contusão nas costas.
Qual próximo torneio do João e do Wild?
Fonseca joga Halle na semana que vem. Wild desistiu de Poznan na semana passada e só tem previsto o quali de Wimbledon.
Muita contusão tem atrapalhado o calendário dos brasileiros, Monteiro, Felipe Meligeni, Heide, Pucinelli e até o Wild no começo do ano. Já são semanas sem jogar. É bom o Fonseca se benzer.
Imagina se ele jogasse o mesmo número de torneios que os demais sul-americanos
Incrível como a CBT não tem projeto para o tênis nacional.
Olhando o ranking dos melhores tenistas, percebemos o abandono e a falta de um trabalho com a base.
Não temos jovens com possibilidades de galgar o ranking mundial (Naná e Victoria, são flores num deserto árido, plantados por abnegados).
Alguém dirá, que temos o João Fonseca, mas não devemos esquecer, que o jovem brasileiro é um produto “familiar”, que não representa o desenvolvimento de um tenista pela CBT.
João passa Thiago Wild no ranking histórico nacional e também chega a 23 vitórias em chaves principais de ATP, passando Fernando Roese e ficando logo atrás de Marcos Daniel. Destaque também para a recondução de Karuê Sell ao posto de raquete 6, passando Matheus Pucinelli.