Londres (Inglaterra) – Um dos treinadores de maior renome no circuito atual, o belga Wim Fissette acredita no potencial que a japonesa Naomi Osaka pode mostrar na grama, piso sobre o qual tem 14 vitórias e 13 derrotas em nível WTA e nunca passou da terceira rodada em nenhuma de suas três partidas anteriores no All England Club.
“Os objetivos quando ela voltou eram se sair muito melhor no saibro e na grama”, disse o técnico de Osaka em entrevista ao site da WTA. Única jogadora a complicar a vida da polonesa Iga Swiatek em Roland Garros, tirando um set da número 1 do mundo na derrota na segunda rodada, a japonesa ficou motivada com o desempenho e quer fazer ainda melhor.
“Depois de Paris, ela pensou: ‘Ei, eu realmente posso fazer algo no futuro no saibro’. E ela definitivamente levou essa confiança para a grama”, afirmou Fissette, que trabalha com a ex-número 1 do mundo na preparação para a estreia em Wimbledon, que acontecerá na próxima segunda-feira contra a francesa Diane Parry.
Embora Fissette admita que a quadra dura sempre será a superfície favorita da nipônica, na qual conquistou todos os seus quatro títulos de Grand Slam, ele não coloca limites às capacidades de Osaka no saibro e na grama daqui para frente.
“Para mim é como se antes Naomi tivesse chance de vencer um Grand Slam apenas nos dois disputados em quadra dura. Acredito que no futuro, nos próximos cinco anos, ela poderá brigar por títulos nos quatro. Iremos agora para todos os Slams acreditando que temos chances, embora saibamos que provavelmente a grama será mais difícil do que a quadra dura”, falou o treinador.
“Ela acredita cada vez mais que pode ser uma jogadora versátil”, complementou Fissette, destacando a importância de conhecer bem o próprio jogo para brigar por títulos na grama. “Quem costuma ganhar Wimbledon ou bate muito forte na bola, ou tem grande movimentação, ou é uma grande secadora. É sempre preciso escolher seu melhor plano”, analisou o técnico de Osaka.