Londres (Inglaterra) – Três vezes finalista de Grand Slam e campeão do Aberto dos Estados Unidos, Marin Cilic está satisfeito por ter conseguido encaixar uma campanha de alto nível em um dos torneios mais importantes do circuito pela primeira vez em algum tempo, apesar da derrota para o italiano Flavio Cobolli nas oitavas de final, em condições que ele considerou longe das ideais.
Cilic, 36 anos, teve uma boa temporada em Slams em 2022, com oitavas de final em Melbourne e Nova York e as semifinais em Paris. No entanto, sofreu com problemas físicos e despencou no ranking. Ele não disputou nenhum Grand Slam em 2023, apenas o Aberto da Austrália em 2024 (primeira rodada) e Roland Garros em 2025 (primeira rodada) antes desta edição de Wimbledon.
“Recebi um ótimo encorajamento, felicidade, atitudes positivas e resultados positivos deste torneio. Fazia tempo que eu não jogava um Grand Slam nesse nível. Eu encontrei uma ótima forma, joguei um tênis fantástico. Mesmo hoje (contra Cobolli) foi bem apertado. Fico um pouco amargo pensando se acontecesse isso, se acontecesse aquilo, o que poderia ter acontecido, mas é o que é. Seguimos em frente”, afirmou o veterano.
A campanha de Cilic em Londres incluiu a vitória sobre o número 1 do Reino Unido, Jack Draper, na segunda rodada. Ele depois passou pelo espanhol Jaume Munar antes de esbarrar em Cobolli, com parciais de 6/4, 6/4, 6/7 e 7/6.
“Não foi uma partida fácil de se jogar porque estava ventando muito, condições difíceis de jogar. E Flavio jogou em um nível muito alto. Os primeiros dois sets e meio, mesmo os três sets, ele jogou em um nível muito alto. Não fez muita coisa errada. Ele sacou bem e definitivamente estava me colocando em posições difíceis. E infelizmente, eu tive uma quebra de serviço no quarto set, estava com uma quebra de vantagem e perdi o serviço. Tiebreak é sempre difícil, um pouco de loteria. Sinto que havia possivelmente uma boa chance de me recuperar no quarto set e ter uma boa energia no quinto”, disse.
Cilic reclamou do horário em que a partida foi marcada, às 11h locais, porque não lhe deu muito tempo para se preparar. “Eu não gosto de falar sobre as condições. Ok, eu perdi e tudo mais. Tenho que aceitar. Flavio jogou de maneira fantástica. Mas eu me sinto um pouco amargo porque tem necessidade de jogar às 11h se as quadras de treinamentos abrem às 9h30? Eu me aqueci no lado de dentro pela manhã. Choveu durante a noite e a quadras estavam muito macias. Foi difícil de jogar. Você empurra a bola no meio da quadra e a bola fica muito baixa. Foi um sofrimento”, contou.
Ele aproveitou o embalo para também se posicionar contra o sistema automático hawk-eye, que abre mão dos juízes de linha. “Mesmo nesta partida, eu achei que havia errado um saque por esse tanto e a decisão foi dentro. Eu não acho que é necessário. Não sei se é mais fácil para o torneio. Durante anos os juízes de linha fizeram um ótimo trabalho. Talvez haja alguns erros, tudo bem. Você ainda tem um desafio que pode usar”, afirmou.
“Eu não vejo motivo para não ter juízes de linha porque, também para eles, se você olhar para o passado, todos os juízes de cadeira em algum momento foram juízes de linha em finais de Wimbledon, do US Open, sabe, grandes torneios. Você tem essa experiência. O que acontece agora? Se todo o circuito usar um sistema eletrônico, como você chega a juiz de cadeira? Onde está sua experiência”, encerrou.
Sei não, mas concordo que tem equilíbrio maior sem o Big3.
Bernardes comentou a mesma coisa outro dia, sobre o fim dos juízes de linha.