“Em quadra não existem amigos”, afirma Medvedev

Foto: Corinne Dubreuil/ATP Tour

Turim (Itália) – Em duelo 100% russo pela primeira rodada da fase de grupos do ATP Finals, o número 3 do mundo Daniil Medvedev levou a melhor sobre o compatriota e amigo Andrey Rublev, que inclusive é o padrinho de sua filha. Porém, quando entra em quadra, o campeão do US Open de 2021 deixa tudo de lado e foca apenas em vencer o confronto.

“Para ser sincero, para mim em quadra não existem amigos ou inimigos. Eu apenas tento vencer a partida e não penso em muito além disso. Quando o último ponto termina, é como se eu sentisse pena dele porque perdeu a partida. Mas é o mesmo para ele. No ano passado foi brutal quando ele me venceu aqui, senti por um ou dois dias que ele ficou meio tímido em falar comigo”, disse Medvedev.

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Sobre o jogo em si, ele afirmou que foi duro, mas conseguiu ficar mais confortável depois de ter vencido a parcial inicial. “Eu me senti bem e consegui colocar isso em quadra. O primeiro set foi muito difícil, tive um pouco de vantagem nos momentos mais decisivos e isso me ajudou no segundo, então estou muito feliz”, comentou o russo.

O estilo de jogo do rival foi um desafio a mais para Medvedev superar na partida. “Gosto de jogar agressivo no saque ou no primeiro golpe após a devolução, mas Rublev joga de tal forma que não me dá outra opção porque não tenho o poder de (Carlos) Alcaraz ou talvez de (Stefanos) Tsitsipas com meu forehand”, analisou o número 3 do mundo, que apostou a paciência.

“É um estilo um pouco diferente, onde tento ir para a esquerda e para a direita e mover meu oponente. Temos que correr, correr, correr, correr e correr. Esse não é o caso contra todos, mas contra ele é essa a única chance que tenho”, comentou Medvedev.

A vitória do alemão Alexander Zverev sobre o espanhol Carlos Alcaraz na abertura do Grupo Vermelho não surpreendeu o russo. “Se você me perguntasse há dois, três meses, com certeza ficaria surpreso, mas o tênis é um esporte muito, muito complicado. Neste momento, por qualquer motivo, sentimos que Carlos joga um pouco mais devagar”, avaliou.

“Isso aconteceu até com Novak (Djokovic) quando ele era mais novo. A questão é: quão rápido ele vai se recuperar? Será neste torneio ou no ano que vem? Quando Alcaraz perdeu o segundo set, mostraram a velocidade dos golpes de fundo e Sascha estava uns 10 km/h mais alto. No final acabou sendo uma grande luta e uma grande partida”, comentou Medvedev.

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