Madri (Espanha) – A segunda semifinal do Masters 1000 de Madri reúne dois nomes em ascensão no circuito. O britânico Jack Draper, campeão de Indian Wells, enfrenta nesta sexta-feira, às 15h (de Brasília), o italiano Lorenzo Musetti, finalista em Monte Carlo. Ambos buscam a segunda final de suas carreiras em torneios deste porte, e Draper leva vantagem no retrospecto, com três vitórias nos confrontos anteriores.
Vindo de uma grande vitória sobre Alex de Minaur na última quarta-feira, Musetti aproveitou o embalo e encerrou a grande campanha do lucky-loser canadense Gabriel Diallo, marcando as parciais de 6/4 e 6/3. A sequência de bons resultados no saibro levam o italiano de 23 anos ao top 10 do ranking da ATP.
“Não foi uma partida fácil. Foi bem diferente da de ontem, porque senti muito bem os meus golpes contra o Alex e hoje não foi o caso”, disse Musetti. “Não é fácil jogar quando você é o favorito, especialmente contra alguém que pressiona o saque como o Gabriel. Mas estou muito feliz por estar na semifinal. Acho que isso é fruto do trabalho duro com minha equipe e com minha família. Estou feliz e vivendo um ótimo momento”.
Do outro lado, Draper segue demonstrando consistência desde o título inédito conquistado nas quadras duras de Indian Wells. Em Madri, ele garantiu vaga na semifinal ao vencer o italiano Matteo Arnaldi por 6/0 e 6/4. Com o resultado, o britânico de 23 anos entrará no top 5 do ranking mundial pela primeira vez.
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Canhoto e com boa movimentação no saibro, Draper admite que tem em Rafael Nadal uma referência e tenta adaptar à sua forma de jogar algumas das virtudes do espanhol. “Como canhoto, o Rafa sempre foi alguém que eu assistia quando era mais jovem. Não me comparo a ele, mas gostaria de pensar que compartilho algumas características, como a atitude em quadra ou talvez a forma como executo o forehand. Acho que há coisas que posso absorver dele, mas ainda estou muito longe do nível dele no saibro”.
“Acho que é só uma questão de tempo até eu vencer algo grande no saibro”, afirma o britânico. “Não estou dizendo isso com arrogância. Quando eu treinava nessa superfície quando era mais novo, sempre me senti bem. Sei que o nível agora é outro, mas gosto da sensação de provar para mim mesmo e para os outros que sou um bom jogador no saibro e perigoso nessa superfície”.