A muito provável despedida de Rafael Nadal de seu maior palco, ainda que já prevista, causa dor em qualquer um que admire o tênis bem jogado. A queda de Gustavo Heide, perdendo chance no quinto set, e a demora de Thiago Monteiro em reagir foram naturais, ainda que frustrantes. A derrota de Thiago Wild para o gigante Gael Monfils obedeceu a lógica.
O que realmente não deu para engolir foi a virada que Beatriz Haddad Maia levou, numa atuação que foi desabando de qualidade à medida que a temperatura esfriava até o ânimo da valorosa torcida, a ponto de chegar a um tenebroso 6/1 que só refletiu a forma com que a semifinalista de 2023 estava taticamente perdida em quadra.
Não que a italiana Elisabetta Cocciaretto desmereça elogios por sua determinação e coragem. Enxergou a necessidade de trocar a direção da bola, o que faltou a Bia, e de perturbar o já titubeante segundo serviço da cabeça 13, dando dois passos para dentro da quadra. Foi para a devolução com gosto. Mereceu amplamente o resultado.
Quando vi a previsão de um clima frio e úmido, que desacelera as condições de jogo, já ficou evidente que Bia não teria vida fácil. A italiana, nascida no piso e 51º do mundo, do alto de seus 1,66m, se mexe muito bem e trabalha com o peso da bola adversária. A brasileira usou bem o recurso de seu topspin de canhota no primeiro set, mas não manteve a tática. O saque foi caindo de efetividade de forma assustadora.
O final beirou a melancolia e não haverá do que reclamar se a lista pós-Paris mostrar Bia fora do top 20. Sua temporada não faz por merecer mais. O lado positivo, quem sabe, seja ficar enfim solta da obrigação de repetir resultados e se preparar bem para a fase de grama. Porém, isso exige prioritariamente trabalho efetivo para recuperar o saque.
Heide deixou escapar 3/2 e saque no primeiro quinto set de sua jovem carreira, lembrando as chances perdidas por Laura Pigossi, mas não há do que reclamar, já que foi valente diante do top 20 Sebastian Baez num saibro bem lento. Monteiro não manteve o nível de Madri e Roma, com elogios necessários à postura de Miomir Kecmanovic, que pegou tudo na subida e explorou à exaustão o backhand do cearense. Wild fez ótimos lances e tirou o máximo que pôde do forehand, o que não foi o bastante para ganhar mais do que um set de um Gael Monfils embalado por público ensurdecedor. Poderia ser melhor, mas nada acabou muito diferente do previsto.
Resta agora torcer por Felipe Meligeni, na duríssima missão de encarar Casper Ruud, o finalista das duas últimas edições, e por sucesso nas duplas, onde Marcelo Melo se juntou a Rafael Matos, Fernando Romboli estreia em Slam e Luísa Stefani tenta reagir da fraca temporada de saibro feita até agora.
Zverev entra para a história de Nadal
Com dois anos de atraso, Alexander Zverev se tornou apenas o terceiro homem a derrotar Nadal no saibro de Roland Garros e no estádio Philippe Chatrier, o segundo a fazê-lo em sets diretos e o primeiro a impor derrota logo na primeira rodada. Inegável seu favoritismo, vindo do título de Roma e diante de um espanhol que não é sombra daquele que ganhou 14 vezes o torneio.
Ainda assim, é válido observar, Rafa não decepcionou. Fez ótimas jogadas, correu atrás das bolas mais exigentes e poderia muito bem complicar a vida do alemão caso tivesse confirmado o saque que lhe daria o segundo set. Sascha teve raros momentos de baixa, foi agressivo e surpreendeu com forehand afiado e definidor, além de controlar todo o clima tão emocional que envolvia a torcida, provavelmente 95% favorável ao megacampeão. Foi um teste de controle, aplicação tática e competência técnica e Zverev tirou nota A em todos os quesitos.
Nadal novamente não quis cravar que este foi seu último Roland Garros, argumentando que não sabe o quanto seu corpo ainda aguenta. A uma semana dos 38 anos e fisicamente mais frágil do que seu estilo exige, parece que ele perdeu a chance de dar um ‘au revoir’ digno, ainda que com derrota. Claro, ele se vale da ideia de que jogará os Jogos Olímpicos no complexo e na Chatrier, então quem sabe tenha apenas adiado o que parece inevitável. Deixou claro que não terá tempo de se adaptar à grama, o que é bem coerente, já que pretende voltar ao saibro para as Olimpíadas.
Quando se fala de Nadal em Paris e na terra, só há números e fatos deslumbrantes. Ele tem agora 112 vitórias e 4 derrotas no torneio e pela primeira vez em toda sua carreira perdeu dois jogos seguidos no saibro em torneios de nível ATP. Em estreias de Roland Garros, só tinha perdido 3 de 57 sets antes de Zverev, sendo dois para Isner (2011) e um para Brands (2013). Até então, sua única derrota de ATP numa rodada inicial no saibro havia sido para Ferrero em Roma de 2008.
Resumão
– Sinner voltou bem e pode ainda economizar energia contra Gasquet e talvez até mesmo frente Wawrinka ou Kotov.
– Muito firme também foi Tsitsipas, que inicia rota de colisão com Rublev lá nas oitavas.
– Na lentidão da noite, Medvedev se virou bem contra o canhoto Koepfer, mas precisa se cuidar com Kecmanovic e Navone em seguida.
– Com 122 vitórias em Slam, Monfils agora é o recordista absoluto entre os tenistas franceses.
– Swiatek até teve um momento de pressão antes de confirmar sua ótima forma e confirma o duelo contra Osaka. Será ampla favorita.
– A primeira grande surpresa feminina foi Gracheva, que fez a festa da casa com virada em cima de Sakkari.
– Também foram inesperados os 2 a 0 de Andreescu em cima de Sorribes e a dificuldade de Svitolina diante de Pliskova.
– Gauff, Jabeur, Vondrousova, Collins e Samsonova não levaram sustos expressivos.
– A terça-feira terá as estreias de Djokovic, Sabalenka e Rybakina, que teoricamente devem ganhar com rapidez. Também será o dia do retorno de Carreño ao circuito.
Dalcim , o técnico da Bia não podia passar instruções ? Ou ele não sabia o que passar ? Ela parecia uma barata tonta rsss
Claro que pode. Deve ter feito.
Ao fim e ao cabo, quem joga mesmo é, sempre, o tenista. Ele, da arquibancada, pouco pode fazer, infelizmente…
E por aí mesmo paulo
Ela sempre recebe instrução. Mostrou várias vezes o técnico falando com a Bia. Acho até que é exagerado o contato com ele. Parece que ela não toma decisão sozinha. De vez em quando é bom dar umas arriscadas, variar o que está sendo feito, principalmente quando nada dá certo, o que era o caso no 3º set !!
Não sei se podemos chamar de decepção, a performance dos brasileiros nesse triste dia para o tênis brasileiro. Apesar da torcida, as expectativas eram baixas frente ao conjunto de partidas realizadas ao longo do ano. Temo que as ligações afetivas falem mais alto do que o profissionalismo e não haja mudanças no jogo da Bia, cada vez mais previsível e derrotável. Uma pena, ainda acredito que se melhorasse o saque e aprendesse a variar peso e direção das bolas teria um futuro melhor no tênis feminino, que não tem jogadoras excepcionais fora do top 10. Mas isso é uma ilusão, como é o futuro de Nadal e espero estar errado, o presente de Djokovic.
Pensei que o Carreño Busta já tivesse se aposentado. Estava muito, mas muito sumido.
Dalcim, não conheço o histórico da italiana, o fato é que nesse jogo ela nem precisou usar o peso da bola adversária, (até porque a bola da Bia não teve qualquer peso) ela mostrou peso de bola e saque muito superiores aos da Bia, o que é inacreditável considerando os biotipos. Terrível a fase da brasileira. Apesar de você considerar dentro da lógica a derrota do Wild, discordo parcialmente, tendo em vista o potencial dele e a fase de carreira que atravessa. Achei extremamente frustrante perder de um Monfils em fim de carreira e fisicamente decadente, a despeito de torcida, etc. A derrota do Monteiro também foi um tremendo balde de água fria nas expectativas. Os demais (Heide e Laura) fizeram muito mais do que se imaginava, mesmo com as dolorosas derrotas. Vamos ver o Meligeni, o match up mais desequilibrado dos brasileiros nessa 1R. Quem sabe surpreenda por jogar sem qualquer expectativa e responsabilidade.
Tentei comentar três vezes em outra pasta fazendo uma correção na tradução da entrevista do Nadal e não publicaram. Não entendi o motivo, já que a intenção foi ser fiel ao que o espanhol quis dizer.
Não apenas foi publicado, como eu próprio te respondi e agradeci. Verifique a pasta correta.
Joia
Esta segunda-feira foi pro tênis brasileiro similar à “Noite de São Bartolomeu”, chacina ocorrida na França em 1572.
A Bia, se sair do Top 20, vai precisar arranjar uns pontos na temporada de grama, porque do contrário, ” … Nada é tão ruim que não possa ficar pior”. Não vai conseguir defender os 700 pontos do Elite Trophy.
É aí que a consorte do bovino encaminhar-se-á solenemente à área pantanosa.
Dalcim, saberia dizer porque os árbitros em RG, ao fim do descanso entre os games ímpares, dizem “réprise”?
Sinceramente, não reparei, Paulo. Ficarei atento na rodada de amanhã.
Só entre os games ímpares? Se for entre todos os descansos, eu diria q é pq “réprise” pode tb significar retomada (do jogo).
Ah, entendi. Obrigado.
significa “reiniciar”, “retomar”, “voltar”…
Quer dizer “recomecar”, par informar que o descanso acabou.
Outra coisa que eu jamais havia reparado antes em Roland Garros é que a contagem dos pontos é feita somente em francês, não seguindo o padrão: idioma da casa + inglês, como ocorre em qualquer outro país não anglo-saxão.
Olá, Mestre Dalcim!!! Às vezes me dá a impressão de que o fator psicológico vem pesando DEMAIS dentre os tenistas brasileiros ao longo dos anos, vide Bellucci, agora a Bia, há oscilações bem visíveis também com o Monteiro… não seria a hora de repensar o trabalho psicológico de nossos atletas ou vc acha que é deficiência técnica e tática mesmo? Não é surpresa nenhuma ver esse desastre total dos brasileiros logo na primeira rodada.
Todos eles fazem trabalho psicológico, Danilo, é um padrão do circuito profissional hoje em dia. Talvez o foco nesse trabalho esteja errado ou incompleto, mas isso é algo que não temos como avaliar. E claro, existem limitações técnicas e táticas (fisicamente não vejo problemas), que os próprios tenistas reconhecem e trabalham.
A razão dizia que Nadal não teria chances contra Zverev. Por um breve momento, achei que o espanhol poderia levar o 2°Set e mexer com os nervos do alemão. A torcida enlouqueceria, Nadal ganharia mais confiança e poderia ter alguma chance de vencer muito mais no mental que no físico. Aquela quadra o transforma! Acabou que o sonho se tornou realidade e deu a lógica para o Zverev. Vindo de vitória em Roma e sério candidato ao título de RG, soube lidar com a pressão e fez sua parte de forma convincente. O Touro lutou como sempre, mas a idade chegou… infelizmente. Que as Olimpíadas sejam sua última sinfonia. Quem sabe…
Faço uma aposta, caro Ruy . Quero ver quem tira o Ouro Olímpico da dupla Nadal e Alcaraz. Aceito qualquer proposta…rs. Abs!
Que os Deuses do tênis te ouçam!
Qualquer dupla italiana!
Escolha a proposta, caro Rodrigo. Que eu topo. Abs?
Vamos ver como a Bia reage daqui pra frente. Por isso é que temos que valorizar e reverenciar os grandes campeões da história porque a coisa mais difícil no tênis é defender o resultado do ano anterior, tendo em vista que geralmente aparecem adversários das novas gerações que chegam cheios de motivação e sem nenhuma responsabilidade. E a qualidade principal dos grandes campeões é a força mental porque conseguem o foco e controle emocional necessários para jogar o seu melhor.
” A coisa mais difícil no Tênis é defender o resultado do ano anterior” , perfeito meu caro . Daí eu colocar que as 237 Semanas CONSECUTIVAS no TOPO do Ranking é um recorde praticamente imbatível. Roger Federer atingiu o N 1 em 2004 e já tinha Nadal como N 2 em 2005 . Sampras e Djokovic entraram e saíram do N 1 várias vezes devido a enorme pressão. Murray em 2016 levou o Sérvio quase a loucura … rs. Ps : Neste momento SINNER já deixou Novak e Alcaraz pra trás jogando apenas uma partida em RG 2024 …rs. Abs !
Ainda é um pouco cedo pra afirmar que Sinner deixou o sérvio pra trás. Apesar que as chances são grandes.
Entre em RANKING ATP ao VIVO e verás que JANNIK SINNER já aparece como N 1 . Djokovic somente retorna se atingir a FINAL e SINNER não . Neste momento o jovem Italiano está com 8775 pontos , Djokovic = 7970 e Alcaraz = 6430 . O Sérvio se levar o Torneio atinge 9960 , e SINNER na FINAL = 10 075 . Realmente as chances são grandes. Abs!
Mas esse momento não conta caro Sr. Apressado.
Se Novak Djokovic for campeão, permanecerá como #1 e Sinner, continuará sem contabilizar nenhuma semana nesse posto, mesmo com você já o colocando lá.
Nas duas semanas do GS, a contagem permanece inalterada.
Acho que sabes disso.
Errado como sempre, Sr. SR.
DjokoGOAT perdeu o número 1 para Federer, Nadal duas vezes e Murray porque eram rivais à altura; já Medvedev e Alcaraz se aproveitaram do fato do sérvio ter sido barrado na Austrália e nos Estados Unidos até o Double Sunshine de 2023. E o suíço você sabe muito bem que não foi ameaçado pelo espanhol até 2008, que sempre ia mal no AO e no USO e só ganhou 3 M1000 no duro em 3 anos.
A conferir, abs!
PA,
Ele nem se toca que a insistência nas 237 semanas consecutivas só reforça o fato de Federer ter se aproveitado de uma entressafra. Veja só: só conseguiu acumular mais 73 semanas após o referido recorde. De qualquer forma, está com desvantagem de 118 semanas no total.
Sim, ele nem percebe que é amigão do Sampras nesse aspecto, rsrs.
Exato: semanas totais >>>>>>>> semanas consecutivas.
Ele e alguns outros não percebem que ao criticar o sérvio, coloca o gênio Roger Federer abaixo.
Eu, sempre digo: Federer foi um gênio com a raquete.
O outro que o superou é o que mesmo?
Gênio^10.
ONDE ESTÁ O EIXO ENTRE “Vamos ver se a Bia reage daqui pra frente” e “os grandes campeões da história”?
Tem um comentarista de tênis que disse uma vez o seguinte ,tem técnico pra jogador top 100 e tem técnico pra jogador top 10 ,e claramente a Bia tá sem técnico da altura do ranking ,uma troca faria bem a ela .
UMA DERROTA TÃO BEM posta não tem que ser relativizada com aspectos meteorológicos, assim como é bobagem cogitar positividade futura por, doravante, Beatriz “ficar enfim( !!!!! ) solta da obrigação de repetir resultados”. Ora, Beatriz, uma tenista perto dos 30 anos, não sofre mais pressão que ninguém que habita o patamar de n° 20 a 10 do ranking, que é por onde ela andou no último ano e meio mais ou menos. Daqui a três dias ela completa 28 anos, e era só o que faltava pessoas acharem normal Beatriz ter que perder, para, na sequência, conseguir jogar melhor e ficar em condições mais competitivas numa outra sequência. Nesse caso, uma vez mais competitiva, ela não se adaptando, aí fica mais fácil, pois já saber-se-á o remédio contra o mal das boas vitórias e do bom rankeamento. Eu não torço contra Beatriz, o que não suporto é a cegueira analógica, que não enxerga qual o tênis dela, que é médio, camuflando tudo com o diabo do ranking. Moral da história? Eu realmente não sabia que vitórias têm cura: as derrotas…
Isso é como se o caminho mais difícil fosse trilhado de forma mais fácil e vice-versa.
Também não concordo em nada com isso.
Ganhou e escalou o ranking porque fez bem seu papel e começa a voltar, porque diferentemente agora, não o faz com a mesma destreza.
POIS É, LUIZ FABRICIANO…
Dalcin, a Pigossi pelo estilo de jogo, não seria uma “Sara Errani brasileira” ?
Acho que tem muita gente que joga como a Errani no circuito feminino, Marcos, mas acho que a Pigossi ainda saca melhor.
Sim, e ambas são muito aguerridas , gosto de vê-las lutar em quadra.
COMO É FASCINANTE o improvável. Alguém no mundo ainda vê Sara Errani. Não é fácil se fiar a isto, mas eu acredito…
CARA, PRIMEIRO DE TUDO, suplico que me venda esse baú da era da pedra lascada, trata-se de uma verdadeira relíquia. E qual o “estilo de jogo” da seminal Sara Errani, essa aposentada em franca atividade?
E essa derrota na estreia pro Ferrero em 2008 foi marcada por bolhas no pé, salvo engano, que o impediram de jogar em alto nível, tendo praticamente abandonado a partida. Em 2008, ninguém era capaz de ganhar do Nadal no piso, foi sua única derrota no ano. Que números indescritíveis! Que lenda desse esporte!
Um abraço!
Gustavo, e o out-fit do Djokovic hoje?
Um show!
Parabens dos comentários Dalcin, concordo plenamente!
Triste porque Rafael Nadal perdeu em Roland Garros
Cocciaretto será campeã. Tem sido assim com a Bia.
Boa noite Dalcim. Discordo que a Bia esteja “solta da obrigação de repetir resultados” como diz o texto, porque se ela sair mesmo do Top 20, não vai conseguir defender os pontos de campeã do Elite Trophy.
No mais, concordo com tudo.
O que eu quis conjecturar, Maurício, é que Roland Garros era uma barreira na temporada dela, aquela cobrança interna de repetir a semi, o sucesso no saibro e no Slam, manter o ranking. Como tudo isso infelizmente não deu certo, talvez ela consiga se libertar dessa situação, porque lá no fundo tudo me parece um problema dela com ela mesma. Aliás, Bia disse algo nesse sentido na entrevista de ontem em Paris.
COM CERTEZA é uma belíssima desculpa a quem não tem jogado bola faz tempo, aliás, mais uma…
Dalcim, não seria a hora de Nadal trocar a equipe técnica, talvez isso possa dar uma nova vida a ele, como aconteceu em 2017
Não há sentido em trocar a equipe. Não é esse o problema dele, ou seja, recursos técnicos ou táticos. O que falta mesmo é físico, tanto na questão das lesões como de resistência em quadra.
RSRSRSRSRS…
Salve Dalcim,
Espero que vc esteja bem. Confesso que fiquei bem triste com o resultado da Bia, mas o desastre era esperado, infelizmente. Queria te perguntar o que aconteceu com a participação dela nas duplas este ano? Ano passado, a despeito de um possível maior desgaste físico, me pareceu que jogar duplas ajudava nas simples. E ela teve parceiras de primeira linha, como por exemplo a Azarenka em Madri.
Na sua opinião, o que aconteceu? O relacionamento com outras jogadoras do circuito mudou? Problemas na equipe dela?
Fora isso, concordo com vc que seria muito mais digno o Nadal ter feito uma despedida na quadra. Ficou com um jeito de festa inacabada….só que a banda de músicos já indo embora.
Grande abraço a vc e equipe.
Também não entendi o motivo de ela não ter entrado nas duplas, poderia até ser uma chance de treinar com a Ingrid ou com a Laura para eventuais Olimpíadas, já que acredito que a parceria delas teria ranking para tentar a vaga neste Roland Garros. Acredito que foi mesmo para evitar um eventual acúmulo de jogos, embora a Bia nem esteja jogando tanto assim a cada semana. Nesta altura, concordo com você que jogar duplas seria uma válvula de escape interessante e mais uma oportunidade de sair da má fase. Ah, não, não há qualquer problema dela dentro do circuito, a Bia é uma ótima pessoa e muito bem vista por todos. Abraço!
“SERIA UMA VÁLVULA de escape interessante e mais uma oportunidade de sair da má fase”, principalmente se sua parceira for novamente Taylor Townsend, que carrega o time nas costas…
Acredito que queria preservar-se fisicamente para tentar avançar ao máximo na chave de simples, já que defendia a SF.
E o plano B era o de passar alguns dias em casa antes da temporada de grama, o que de fato irá fazer.
Parabéns para o baloeiro pela excelente carreira! É sem dúvidas o segundo maior da história apenas atrás de Roger Federer;
24 > 22 > 20
No que ele é o segundo, estás certíssimo!
E nossos tenistas medianos foram varridos logo na largada. Previsível.
Nadal me surpreendeu ao resistir mais do que eu imaginava ao Zverev. Ouso especular que se ele tivesse mais 2 semanas de preparação, poderia até vencer 1 ou 2 sets…
E agora, vamos acompanhar o Roland Garros mais aberto dos últimos anos.
Raio X da participação brasileira em RG 2024:
Você usou o termo medianos acima (que no dicionário é o mesmo que medíocre), mas aqui não se pode dizer isso, porque ofende. Parabéns!
Vamos para uma fórmula de determinar a obtenção do melhor ponto de vista:
A campanha de Thiago Monteiro na gira de saibro foi ótima!
A campanha de Novak Djokovic na mesma gira, até agora, um desastre!
Por que a de um foi ótima e do outro está um desastre se ambos não ganharam nada, sequer chegaram à uma final de torneio, seja de qual grau for?
Justamente por um ser mediano e outro ser o melhor tenista da história!
LUIZ FABRICIANO, ao invés de “Raio X”, como médico eu prescreveria uma ressonância e uma tomografia, além de um hemograma de rotina…
Exames desnecessários para os sintomas apresentados
GUSTAVO, a pancada na cabeça foi muito forte, requer uma bateria de exames variados…
Zverev fez uma grande partida! Apesar do momento de Nadal, definitivamente não era um jogo fácil para primeira rodada por tudo o que envolvia.
Em relação ao clima fora da quadra e ao próprio pós jogo, foi bastante constrangedor o que aconteceu. A despeito de Nadal ter repetido várias vezes que não sabia se realmente seria seu último RG (até como slam, podendo voltar ano que vem), todo mundo tratou esse jogo como uma despedida. Um desrespeito às palavras e às atitudes dessa lenda do esporte. As pessoas não acreditam mais nele, e querem “participar desse momento histórico”. Tipo “eu estava lá”. É só Nadal e mais ninguém que tem o direito de dizer quando será o ponto final dessa exuberante carreira.
Pior mesmo foi a própria organização do torneio insistir em despedida, pedindo a entrevista na quadra após uma derrota que foi nitidamente muito dura para Nadal, mais do que para todo mundo, já que a maioria esperava isso. Faltou tato para a organização, que definitivamente é a pior em todos os aspectos quando comparada com os outros slams.
Quanto a Nadal, fica claro que ele ainda não aceitou o fato de que não dá mais para voltar a ser o que já foi, e Nadal é um cara que jamais vai se contentar em continuar jogando num nível como o de Murray ou Wawrinka atualmente. De qualquer forma, foi justamente essa garra e essa insistência que fizeram dele o super campeão que é.
Dalcim, esta derrota da Bia no ano seguinte a semifinal do ano passado me lembra um pouco a derrota do Guga em 98 para o Marat Safin (então 116), após ter sido campeão em 97. Muita expectativa e depois frustação.
Quem sabe ela também retorne para grandes triunfos nos próximos anos, como fez o Guga em 99 (semifinal) e 2000 e 2001, quando foi campeão.
A experiência também é uma habilidade a ser agregada ao conjunto do tenista.
Dalcim, quem sabe quando a Bia estiver em 150 no Ranking ela se convença que necessita de um ex tenista em sua equipe.
O jogo dela esta piorando torneio a torneio, o saque sumiu, a baixinha esperava o saque dela dentro da quadra, não consegue fazer winner,
Adversaria cruzava muito bem de backhand, tirando a Bia da quadra, era para ser evitado essa jogada, não é possível que a equipe não tenha visto isso.
É irritante Bia Maia ficar em todos os pontos olhando para o técnico e acenando positivo com a cabeça. No 0x5 do terceiro set, fazia isso como se fosse ela que sacaria para o jogo.
A italiana fazia também, mas o jogo era dela, desde a primeira quebra no set final. A cada segundo saque que se preparava para devolver, tinha certeza do ponto.
PODE ISSO, ARNALDO?!
Dalcim,
Pela entrevista do Nadal, não acho que tenha sido a provável despedida do seu principal palco. Só se for em termos de Roland Garros, pois ele deve estar nas Olimpíadas. Vai usar o ranking protegido ?
Não, Olimpíadas dependerá de convite.
O Thiago falou que teve uma virose. Vendo os 2 primeiros sets me deu a impressão dele estar mesmo cansado, mas achei que era por ter jogado 3 partidas no quali. Mas estranho que depois entrou no ritmo, vacilando só num game do 4º set. Se ele melhorasse uns 30% o jogo de rede, faria muito mais em quadra. Muito fraco, para o nível dos TOP 100, o jogo de rede dele, difícil definir pontos com voleios ou chegando nas deixadinhas dos rivais.
A Bia só confirmou a péssima fase que atravessa.
Wild também já era previsto, como você mencionou.
Meligeni e Heide fizeram bons jogos.
Achei o Zverev constrangido em alguns momentos, parecia com vergonha de matar os pontos. Mas jogou muito bem e confirmou o favoritismo.
Amanhã começam os jogos mais equilibrados. Hoje sobrou 2 x 0 no feminino e poucos jogos no 5º set no masculino.