Miami (EUA) – Colecionador de recordes, o sérvio Novak Djokovic sempre busca alguma coisa a mais para colocar em seu cartel. Com a vitória de domingo sobre o argentino Camilo Carabelli, ele se tornou o tenista com mais vitórias em Masters 1000, deixando para trás o espanhol Rafael Nadal. Uma das marcas que ele ainda sonha em alcançar é o de títulos no circuito, que atualmente pertence a Jimmy Connors.
No momento, Djokovic tem 99 títulos e persegue a marca centenária. Ele precisa de mais 10 conquistas para igualar o norte-americano. “Definitivamente seria incrível chegar a esse recorde. Connors é alguém que eu realmente admiro e respeito. Ele sempre me apoia muito em público, então sou muito grato por isso”, comentou o sérvio após se classificar para as oitavas de final em Miami.
“Contudo, é mais difícil conseguir isso hoje em dia para mim do que talvez fosse alguns anos atrás. Sim, vou passo a passo, vamos ver. Não sei por quanto tempo vou competir, mas ainda estou me divertindo quando jogo bem”, acrescentou Djokovic, que agora terá pela frente o italiano Lorenzo Musetti, contra quem já jogou oito vezes no círculo e venceu sete.
Apoio a Federico Gomez
Há algumas semanas o argentino Federico Gomez postou uma mensagem sobre a saúde mental e o sérvio foi um dos que se solidarizou com o colega de profissão, que disputou o quali em Miami e teve mais do que o apoio apenas nas redes sociais de Djokovic. “Nós treinamos hoje, na verdade. Ele foi quem me aqueceu para a partida, mas não tivemos tempo para conversar”, revelou o ex-número 1 do mundo.
“Acho que voltaremos a treinar amanhã (segunda-feira), então espero que tenhamos um pouco mais de tempo para refletir um pouco sobre a situação dele. Tem muita coisa que ele escreveu naquele texto com a qual eu me identifico. Todos nós temos momentos sombrios, realmente tenho empatia por ele. Disse que estou aqui para apoiá-lo de qualquer forma se quiser compartilhar”, completou.
Bravo, Djokovic.
Parabéns ao Djokovic pela postura. Apesar de ter conquistado os recordes mais importantes do tênis mundial, ainda continua humilde, consciente dos seus limites, respeitando os tenistas que fizeram história na modalidade e se mostrando motivado para ainda competir no circuito. Acredito que ainda vai conseguir algum título importante porque demonstra um grande nível, acima de muitos concorrentes. No seu melhor nível físico hoje, entendo que fica abaixo dos mais jovens, mas pode compensar a sua desvantagem com a experiência. A meu ver só fica abaixo do Sinner, do Alcaraz e talvez tenha como potencial ameaça o nosso João Fonseca, podendo competir de igual pra igual com os demais tenistas do circuito.
É o destruídor de recordes. O único que ele não vai conseguir é o de semanas consecutivas do Federer, esse é vai ser difícil
esse quem vai bater é o cenoura em 2029
Pois é o único que sobrou pro fedex kkk
Foi uma mensagem muito elegante do Djokovic ao dar suporte ao colega argentino. E também foi um momento bastante conveniente de comunicar isso agora, quando PTPA criada pelo Djokovic esta processando a ATP. Djokovic já fez outros gestos altruístas no passado ao ajudar jogadores em dificuldade, mas também causou muitas polêmicas como no caso em que criticou a igualdade de premiação das jogadoras da WTA, mas depois mudou de ideia com a enxurrada de protestos. Teve que fazer um evento de relação pública com a Billy Jean King e Chris Evert para se retratar. Fez a mesma coisa no passado quando criticou Andy Roddick na entrevista de quadra do USOPEN, e foi vaiado pelo público. Foi pedir ajuda para John McEnroe limpar a má impressão. Meu ponto aqui não é criticar Djokovic, mas vale lembrar que várias dessas declarações “espontâneas” tem uma agenda muito bem definida.
Se vier pra gira de saibro ano que vem, tem 3 babas pra ele chegar perto desse número com o atp em Santiago, Rio e Buenos Aires e aquela baba no México em seguida. Só fugir do Mundo Árabe $$$.
São 10 títulos para igualar e 11 pra se isolar. Se ele jogar mais o ano que vem, consegue facilmente bater mais esse recorde. Esperar!