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Djoko explica o fim com Ivanisevic e indica seguir sozinho

Foto: Andrew Eichenholz/ATP Tour

Belgrado (Sérvia) – Poucos dias após anunciar o fim da parceria com o técnico Goran Ivanisevic, o sérvio Novak Djokovic falou pela primeira vez com a imprensa sobre o assunto. Durante a apresentação de um documentário sobre Niki Pilic, treinador do tenista na época de juvenil, o atual número 1 do mundo explicou por que decidiu encerrar o trabalho com o campeão de Wimbledon de 2001.

Antes de tudo, Nole fez questão de reforçar os laços afetivos que estabeleceu com o croata. “Em primeiro lugar, Goran é meu amigo para toda a vida, meu e da minha família. Ele é uma pessoa muito querida para mim, e o fim da nossa colaboração profissional não significa que a nossa amizade acabou”, disse.

Segundo o sérvio, o principal motivo para interromper a parceria teve a ver com uma certa estagnação. “Nossa separação foi positiva. Chegamos a um ponto em que esgotamos a nossa cooperação depois de quase cinco anos. Juntos, escrevemos a história do nosso esporte, vencemos Grand Slam, terminamos temporadas como número 1 do mundo, mas também passamos por provações e tribulações”, recordou Djoko se referindo a momentos conturbados como a desclassificação no US Open de 2020 e a deportação da Austrália em 2022.

“Sempre me lembrarei que, antes de mais nada, ele estava ao meu lado como pessoa e trouxe o conjunto certo de valores para o nosso relacionamento. Esse tipo de química foi seguido por ótimos resultados. Desejo a Goran tudo de bom”, acrescentou o dono de 24 títulos de Slam, dos quais metade foram conquistados ao lado de Ivanisevic.

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Por fim, Djokovic revelou que neste momento não pensa em um substituto para o cargo de treinador e cogita inclusive seguir sozinho por tempo indeterminado. “Ainda não tenho uma ideia clara de quem seria o novo técnico, ou se existirá algum. Tenho treinadores desde criança e agora procuro sentir sozinho o que preciso, o que me sinto mais confortável. Vocês serão informados caso alguém se junte à equipe”, afirmou.

Após a saída de Ivanisevic, o time atual do número 1 do mundo é composto pelos fisioterapeutas Miljan Amanovic e Claudio Zimaglia, o preparador físico Marco Panichi, o agente e sparring Carlos Gomez e o empresário Mark Maden. Nesta semana, Djoko chegou a treinar ao lado do compatriota Nenad Zimonjic, mas apenas de forma pontual. Informações do portal Tennis Majors apontam que seu irmão, Marko Djokovic, deverá viajar com ele nos próximos torneios.

23 Comentários
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Paulo Mala
Paulo Mala
3 meses atrás

Isso é apenas um press release politicamente correto
Quem vê as partidas, sabe que a relação estava bem estremecida
Djokovic é um cara de gênio difícil, até que durou bastante

Osvaldo
Osvaldo
3 meses atrás

kkkkk ninguém aguenta mais esse sujeito… daqui pra frente é queda livre

Luis Ricardo
Luis Ricardo
3 meses atrás
Responder para  Osvaldo

esse “sujeito” ganho 24 GS , 40 M1000 ,tem mais de 400 semanas como #1 além de muitos mais recordes , não gosta dele , ok mas aprende a respeitar ,vc não é NINGUEM !!!

Paulo Sérgio
Paulo Sérgio
3 meses atrás
Responder para  Osvaldo

Não dorme desde WB 2019?

Paulo Almeida
Paulo Almeida
3 meses atrás
Responder para  Osvaldo

Chora, freguês. 40-15 eterno.

Souza Oliveira
Souza Oliveira
3 meses atrás

Avanteee meu guri, não desanima. Eterno bom jogador… Nunca será.!!

Paulo Sérgio
Paulo Sérgio
3 meses atrás
Responder para  Souza Oliveira

Nosso godines voltou.

Balbino Neto
Balbino Neto
3 meses atrás

Djokovic está de despedindo do mundo do tênis. Ele está saindo a francesa. No momento, seu único objetivo é disputar um torneio com Nadal, de preferência Roland Garros e/ou Wimbledon, preferencialmente. Parece que Nadal também está nessa, procurando chegar a um nível de alta performance para se despedir do circuito vencendo o sérvio e quem sabe empatando ou ultrapassando o total de Grand Slams vencidos por Djokovic. Essa é a nuvem carregada de expectativas e emoções que paira sobre o circuito.

Helena Abreu
Helena Abreu
3 meses atrás
Responder para  Balbino Neto

Quem vê o que está acontecendo com o Nadal atualmente uma lesão atrás da outra deve perceber que é muito difícil que ele ainda consiga ganhar vários Grand Slams. No amistoso contra o Alcaraz, este jogava a bola no meio da quadra para o Nadal bater. Quando o Alcaraz acelerava o Nadal não chegava na bola.

André Aguiar
André Aguiar
3 meses atrás

Provavelmente não contratará mesmo nenhum técnico medalhão nos próximos meses. Seguirá apenas com o amigo ex-tenista espanhol Carlos Gómez-Herrera, com quem, aliás, já vinha interagindo mais do que com o próprio Ivanisevic. Pelo menos é o que se via durante as partidas.

Paulo Almeida
Paulo Almeida
3 meses atrás
Responder para  André Aguiar

Foi o que eu disse: Goran era ruim de coaching. Herrera ajudava bem mais.

Marcelo Alexandrino
Marcelo Alexandrino
3 meses atrás

Craque, multicampeão, recordista, espetacular, o croata é tudo isso, sim. Mas pretensioso, soberbo, intransigente parecem ser adjetivos que teimam em colar nele, tornando difícil alcançar por que alguém tão “amigo” pula do barco, ao mesmo tempo que levanta incerteza sobre que nome será capaz de, ao mesmo tempo, agradar e aguentar esta complexa figura estelar do tênis.

Fábio Sena
Fábio Sena
3 meses atrás
Responder para  Marcelo Alexandrino

Ele não é croata, mas sérvio.

Fábio Sena
Fábio Sena
3 meses atrás

Impressionante como o limite vem da mente, eu pensei que Djokovic iria lutar por 30 GS, mas ele foi perdendo a motivação, primeiro com a aposentadoria do Federer, depois com esse fim melancólico do Nadal. A impressão é que ele não está nem aí que Alcaraz ou Sinner bata os recordes dele, o ódio dele era ser melhor que o Fedal, e conseguiu! Existe mais que uma rivalidade aí, eles realmente tem uma questão pessoal, Djoko foi desprezado e inferiorizado no início, isso marcou ele para sempre.

Rapha
Rapha
3 meses atrás
Responder para  Fábio Sena

O cara ganhou 3 GS ano passado em 4 finais, sem Federer ou Nadal no circuito, é, perdeu a motivação…

Carlos Alberto Ribeiro da Silva
Carlos Alberto Ribeiro da Silva
3 meses atrás

“Eterno bom jogador” que detém os melhores recordes da história do tênis masculino até agora. Esse tipo de comentário é pura e claramente pra chamar a atenção, se aparecer de alguma forma.

Carlos Alberto Ribeiro da Silva
Carlos Alberto Ribeiro da Silva
3 meses atrás

O Federer se aposentou em setembro/2022. De lá pra cá o Djokovic ganhou ATP Finals 2022/2023, AO 2023, Roland Garros 2023, Master 1000 de Cincinnati 2023 e US Open 2023 e Master 1000 de Paris 2023 e foi vice-campeão do Master 1000 de Paris 2022 e de Wimblecon 2023. Isso sem contar as semanas como nº 1 do ranking. Difícil de imaginar um jogador ganhar todos os títulos citados acima sem estar motivado.

rubens
rubens
3 meses atrás

em 2022 ele ainda precisava ultrapassar os outros 2, agora não precisa mais…Nadal já era, se voltar vai tomar piaba de top30

Carlos Alberto Ribeiro da Silva
Carlos Alberto Ribeiro da Silva
3 meses atrás

Acredito que o Djokovic está num processo de reflexão sobre os próximos passos que ele vai dar na carreira. Ele jogou apenas três torneios em 2024. Então, é difícil tirar uma conclusão sobre o seu nível atual e o que ele pode alcançar na temporada. Imagino que as prioridades dele mudaram em relação a 2023 e o nível dos seus adversários também aumentou em relação a 2023, o que vai exigir maior esforço físico e técnico do Djokovic, se ele quiser ter chance de ganhar algum torneio. Mas ainda o vejo bastante competitivo, porém terá que jogar mais jogos para ter um ritmo de jogo mínimo necessário pra chegar nas fases finais dos torneios. Já vi muitos gênios no esporte, mas não vi nenhum fazer milagre sem ter um mínimo de preparação.

Marcos
Marcos
3 meses atrás

Ele acha que chegou no nível do GOAT e não precisa mais de técnico kkkk

Paulo Sérgio
Paulo Sérgio
3 meses atrás
Responder para  Marcos

Tem alguém com mais de 24 slam, 40 masters e 7 finals? Sabia não.

José Cardoso Jr
José Cardoso Jr
3 meses atrás

Estamos vivenciando uma das mais belas e impressionantes histórias do Esporte. Tenho o privilégio de ainda ver jogos do MAIOR TENISTA DE TODOS OS TEMPOS (as fedeletes piram!) e um dos maiores desportistas que o mundo já viu.

Gabriel Ratund
Gabriel Ratund
3 meses atrás

Já que ele pretende seguir sem treinador, que o faça que nem o Federer em 2004: quando ficou sem técnico, ganhou 10 títulos (dentre eles 3 Grand Slams) e se tornou número 1 do mundo.. Duvido Novak fazer o mesmo.

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