Dimitrov: “Sou uma pessoa diferente e um jogador melhor”

Foto: Brisbane International

Brisbane (Austrália) – Campeão do ATP 250 de Brisbane na primeira semana da temporada, Grigor Dimitrov encerrou um longo jejum de títulos. Ele não vencia uma competição desde o ATP Finals de 2017. Aos 32 anos, o búlgaro sente que hoje é um jogador melhor em relação àqueles tempos, destacando a necessidade de se adaptar ao estilo dos adversários da nova geração para seguir competitivo.

“Acho que sou uma pessoa completamente diferente desde então. Mas é muito difícil comparar. Sou um jogador melhor agora do que era naquela época. Acho que por causa do estilo dos adversários e também tive que alterar um pouco o meu. Tive que encontrar uma maneira de passar por aqueles caras que tem um jogo de muita potência”, disse Dimitrov, que venceu na final o dinamarquês Holger Rune, de 20 anos e número 8 do mundo, por 7/6 (7-5) e 6/4.

“Acho que todo mundo já viu que estou jogando um pouco diferente do que jogava antes. Basicamente, estou tentando me orientar na quadra contra uma geração diferente. Passei por algumas gerações, enfrentei tantos jogadores diferentes e o tempo todo eu tive que me adaptar”, avaliou o búlgaro, que subiu do 14º para o 13º lugar do ranking com a conquista. “Quando o jogador acha que já sabe tudo, não vai funcionar. Em muitas ocasiões tive que sentar e pensar um pouco como queria evoluir o meu jogo”.

“Novamente, tudo isso vem com uma equipe. Tivemos que sentar e discutir sobre ser mais agressivo, focar mais no saque e mais no backhand. São muitas partes do jogo que precisam estar em um bom nível. Então você compete. É assim que as coisas são. Nada supera a competição. Você pode treinar o quanto quiser, mas quando o jogo está valendo é aí que a verdade aparece. E as vitórias que eu tive deram uma confiança extra. Elas fazem você se sentir mais inteiro para os jogos mais longos. Isso ajuda muito”, complementou o ex-número 3 do mundo e que agora tem nove títulos de ATP.

Dimitrov conseguiu voltar a jogar bem na reta final do ano passado, com destaque para a semifinal do Masters 1000 de Xangai e o vice-campeonato em Paris. “Acho que muitas coisas estão interligadas à vida e ao que você faz também fora das quadras. Acho que depois do US Open, fiz uma pequena pausa. Tive que reavaliar algumas coisas na minha vida. Senti que estava em uma boa posição física para realmente avançar em muitos torneios. E tudo que eu queria era jogar o máximo de partidas possível. Isso é o que aconteceu”.

“Meu corpo também ficou mais forte. Eu calei um pouco a minha mente pensando que vou continuar no circuito por um longo tempo. Continuei jogando. Tive algumas vitórias muito boas que me animaram um pouco no final do ano. Tijolo por tijolo, as coisas estão acontecendo. Essa é a melhor parte do nosso esporte: sempre há a próxima semana”.

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Neri Severo Malheiros
Neri Severo Malheiros
10 meses atrás

É fantástico ver dois veteranos como Dimitrov e Monfils ainda com lenha pra queimar e conquistando mais títulos ou mesmo batendo na trave contra essa molecada da nova geração.

Djokovic e Nadal, que ainda luta para encerrar nos seus próprios termos a carreira, dispensam comentários. Vida longa a todas essas figuras que amam o que fazem e ainda contribuem enormemente para manter o alto nível e brilho do circuito.

Rafael Lucena
Rafael Lucena
10 meses atrás
Responder para  Neri Severo Malheiros

Dizer que Dimitrov, com 32 anos é um veterano, é bastante exagerado. Estamos em 2024, os tenistas atuais jogam muito além dessa idade.

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