De olho nos Slam e Olimpíada, Djoko justifica calendário

Foto: Mike Hewitt/Getty Images (Internazionali BNL d'Italia)

Roma (Itália) – Com cada vez mais um calendário enxuto, Novak Djokovic não esconde de ninguém que sua prioridade, aos quase 37 anos, são os grandes torneios. Em 2024, o atual número 1 do mundo disputou apenas 15 jogos em quatro competições diferentes, com 11 vitórias. Levou a Sérvia às quartas de final da United Cup, fez semi no Australian Open e em Monte Carlo e não passou da terceira rodada em Indian Wells.

Além disso, o sérvio anunciou duas importantes saídas em sua equipe no intervalo de um mês. Primeiro, o treinador croata Goran Ivanisevic. Depois, o preparador físico italiano Marco Panichi. Diante de tantas mudanças no planejamento e na preparação para as competições, Nole falou como tem gerenciado sua carreira atualmente. De forma breve e sucinta, explicou a ausência em Madri e falou sobre as suas impressões nos primeiros dias em Roma.

“Não estava no calendário [jogar o Masters de Madri], o plano era vir para cá. É basicamente isso. Tive muito tempo para descansar e treinar, tive um bom bloco de treinos. Cheguei aqui há dois dias para jogar na Quadra Central e passar mais quatro ou cinco dias treinando com jogadores de ponta antes da minha primeira partida. Treinando com eles, você vê onde está seu nível jogo e se prepara melhor. Acho que estou no caminho certo para chegar no meu auge em Roland Garros”, disse.

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Djokovic também comentou sobre os profissionais que estão ao seu lado nesta nova etapa da carreira e reforçou que sua prioridade está nos Grand Slam e nos Jogos Olímpicos de Paris. “Atualmente estou trabalhando com um preparador físico com quem trabalhei por muitos anos. Não demorei muito para me adaptar ao programa dele, pois nos conhecemos muito bem. Por isso, sinto que estávamos sincronizados desde o início em termos do que queríamos fazer e como abordar o programa de treinamento ao lado do Nenad [Zimonjic, treinador]. Estou satisfeito com os últimos 14 dias de treino focados neste torneio, mas principalmente para Roland Garros, Wimbledon e Jogos Olímpicos. Esse é o bloco para o qual estamos nos preparando”, admitiu.

Dificuldades no início da carreira

Nole também falou sobre a importância de ter uma boa equipe ao seu redor e relembrou sua difícil experiência nos tempos juvenil em que não tinha acesso a tantos recursos como hoje para se desenvolver como jogador. Ele acredita que essa bagagem foi importante para que pudesse se tornar quem é hoje.

“Sempre fui a favor de ter uma equipe e um ambiente de qualidade ao meu redor, ter pessoas que sejam especialistas na sua área, que tenham experiência, conhecimento e que entendam de psicologia também. Eu não tive uma equipe adequada até os 18 anos ou mais. Até aquele momento eu dividia carros, viajava em grupo. Foi uma época diferente, pois eu cresci na Sérvia, que naquela época passava por momentos muito difíceis”, explica.

“Financeiramente era quase impossível termos um personal trainer e outras coisas. Se você não tem um patrocinador ou alguém por trás, como uma federação, é quase impossível fazer isso. Para mim foram circunstâncias diferentes dos outros jovens que vemos no circuito hoje. Se você vem de uma federação italiana, francesa, americana ou britânica, você tem todas essas condições, toda aquela infraestrutura e sistema de apoio que facilitam a sua vida. Contudo, a vida nem sempre é fácil e precisamos aprender com as dificuldades. Gostei muito do tempo que viajei e dos desafios que enfrentei sozinho, sem ninguém. Essa também é uma experiência de vida muito valiosa para mim, pois me ajudou a entender como posso cuidar de mim mesmo e ser independente”, completou.

15 Comentários
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Glauco Antonio Lima
Glauco Antonio Lima
6 meses atrás

Esse homem é uma verdadeira inspiração, vida longa ao Djokovic.

Paulo Almeida
Paulo Almeida
6 meses atrás

Grande GOAT de todos os esportes, sempre fazendo as escolhas certas.

Paulo Mala
Paulo Mala
6 meses atrás
Responder para  Paulo Almeida

“Goat de todos os esportes”…
Haja babacão de ovo… imagino que vc tenha pôster no quarto, foto dele de papel de parede de celular e notebook. Misericórdia.

Paulo Almeida
Paulo Almeida
6 meses atrás
Responder para  Paulo Mala

Contra fatos não há argumentos.

Sem choro.

André Aguiar
André Aguiar
6 meses atrás

Djokovic: “Se você vem de uma federação italiana, francesa, americana ou britânica, você tem todas essas condições, toda aquela infraestrutura e sistema de apoio que facilitam a sua vida”.

Essa é uma das razões que balizam a minha ordem de prioridade na hora de torcer, a saber:
1) brasileiros;
2) quaisquer outros sul-americanos;
3) quaisquer outros que enfrentem os “Golias” (americanos, ingleses, franceses e australianos);
4) na ausência das nacionalidades acima, minha torcida vai para o tenista mais pobre, ou do país mais pobre, ou de menor população, os quais, durante os jogos, ouvem quase todos os aplausos e gritos de incentivo sendo dirigidos ao adversário.

Osvaldo
Osvaldo
6 meses atrás
Responder para  André Aguiar

minha prioridade de torcida sempre é para jogadores que prestigiam pautas sociais e ambientais, de diversidade e inclusão

José Afonso
José Afonso
6 meses atrás
Responder para  Osvaldo

Kkkkkkkkkkk

Rogerio Silva
Rogerio Silva
6 meses atrás
Responder para  Osvaldo

Lacração

Paulo Mala
Paulo Mala
6 meses atrás
Responder para  André Aguiar

Quanta complicação para uma coisa simples… torça para quem faça coisas legais em quadra, que divirta e entretêm em seu tempo.
Ficar segregando como você faz, é péssimo para a humanidade.

José Afonso
José Afonso
6 meses atrás
Responder para  Paulo Mala

Exato! Povo chato e desocupado

André Aguiar
André Aguiar
6 meses atrás
Responder para  Paulo Mala

Prezado Mala, complicado é o mundo, sobretudo na quadra em que vivemos.

2. Concordo quando você diz que segregar é péssimo para a humanidade. Entretanto, você confunde torcida com segregação. Segregar é o ato de separar, marginalizar alguém ou um grupo. Torcer é preferir que algo aconteça.
Ao torcer para um determinado tenista vencer estou apenas manifestando a minha individual e inócua preferência pela sua vitória. É diferente de defender que um tenista, ou um grupo deles seja impedido de competir, o que configuraria segregação. Um exemplo de segregação no tênis é a proposta recentemente apresentada pelos representantes dos Grand Slams, a qual prevê a criação de um Premier Tour, nos moldes da atual Fórmula 1, voltado para os tenistas melhores ranqueados, relegando (segregando) os demais a outro circuito.

3. Para complicar ainda mais (LOL), esclareço que a minha torcida é decrescente em intensidade, de acordo com a ordem de prioridade apresentada. Isto é, torço muito pelos brasileiros, um pouco menos pelos demais sul-americanos e assim por diante.

4. Abraço cordial.

Última edição 6 meses atrás by André Aguiar
Wilson Gomes
Wilson Gomes
6 meses atrás

Querendo ou não, quem é fã do esporte irá torcer para ele continuar jogando muitos anos! Engrandece o tênis

João
João
6 meses atrás

Atleta do século XX – Pelé
Atleta do século XXI – Djokovic

Balbino neto
Balbino neto
6 meses atrás

Novak Djokovic é o maior e melhor tenista de todos os tempos. Insuperável, sempre nos passa o seu grande comprometimento com o tênis e com os esportes em geral. Continua firme o seu caminho sempre visando grandes objetivos.

Osvaldo
Osvaldo
6 meses atrás
Responder para  Balbino neto

falou o robozinho das frases feitas…

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