De Minaur confirma, Paul luta por 4h25, Tsitsipas perde match-point e cai

Daniel Almaier (Foto: Rhea Nall/USTA)

Nova York (EUA) – O esperado reencontro entre o australiano Alex de Minaur e o grego Stefanos Tsitsipas não vai acontecer neste US Open. Enquanto o número 8 do mundo confirmou seu favoritismo e venceu em sets diretos, Tsitsipas deixou escapar um match-point no quinto set e foi eliminado ainda na segunda rodada pelo alemão Daniel Altmaier.

De Minaur gastou menos de duas horas para superar o japonês Shintaro Mochizuki e segue sem perder set, desta vez com parciais de 6/2, 6/4 e 6/2. O cabeça 8 chega pelo quarto ano seguido na terceira rodada e defende as quartas de final do ano passado, campanha que também obteve em 2020.

Já Tsitsipas fez um jogo muito equilibrado diante do valente Altmaier, dois jogadores que executam o backhand com uma mão, e insistiu em forçar subidas à rede. Com isso, fechou a partida de 4h20 com o placar de 7/6 (5/7), 1/6, 4/6, 6/3 e 7/5. Aos 26 anos e número 56 do ranking, Altmaier chega pela quarta vez na terceira rodada de um Grand Slam. As outras foram em Roland Garros, onde atingiu as oitavas duas vezes, incluindo 2025. Ao cumprimentar o alemão, Tsitsipas reclamou de um saque por baixo dado e Altmaier o ignorou.

O esforço de De Minaur durou exatas duas horas e viu o australiano permitindo muitos break-points na partida. De um total de 14, evitou 12, mas ao mesmo tempo conseguiu quebrar o adversário por sete vezes. O segundo set foi o mais equilibrado e o de pior desempenho do cabeça 8, que saiu perdendo o saque, virou para 4/2 antes de perde outro serviço e ceder empate. As boas devoluções e os erros do japonês – 50 no total – foram decisivos para a reação.

Altmaier marcou menos winners (49 a 72) e erros (43 a 65) e foi 54 vezes à rede durante a partida, vencendo 67% dos pontos. Cedeu match-point ao grego no 10º game do quinto set, mas Tsitsipas bateu backhand para fora. O US Open segue como único Slam onde Stef não tem ao menos oitavas de final.

Tommy Paul também sobrevive após cinco sets

Em outro duelo duríssimo e com 4h25 de duração, o norte-americano Tommy Paul superou o português Nuno Borges por 7/6 (8-6), 6/3, 5/7, 5/7 e 7/5. A vitória poderia ter sido mais tranquila para o atual 14º do mundo, que teve match-point ainda na terceira parcial, contou com a instabilidade no saque do português no quarto set e ainda chegou a liderar o set decisivo por 3/0, com o português sofrendo um desconforto na coxa, mas lutando bravamente. O match-point foi espetacular e caótico, resumindo bem o que aconteceu na partida.

Paul não teve a preparação ideal para o US Open, já que sofreu uma contusão no pé em Wimbledon e disputou apenas duas partidas em Cincinnati. Esta é sua oitava participação no US Open em busca de disputar as quartas de final pela primeira vez, já que parou na quarta rodada nas duas últimas edições. Seu adversário será o sacador Alexander Bublik. O cazaque vem de títulos na grama e no saibro nos últimos dois meses e passou com facilidade nesta quinta-feira pelo australiano Tristan Schoolkate, por triplo 6/3. O norte-americano levou a melhor nos três confrontos já realizados, incluindo a segunda rodada de Miami deste ano.

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Davi Poiani
Davi Poiani
1 mês atrás

Que fase do Tsitsipas hein… Embora não tenha o mesmo calibre de Sinner ou Alcaraz, tem potencial pra bem mais. Já ficou um bom tempo no top 10.

No mais até que foi um bom jogo. Crédito também ao Daniel Ctrl + Shift + Altmaier pela vitória, jogou muito bem! Sempre bacana ver um duelo entre dois one-handers, algo raro hoje no circuito.

Realist
Realist
1 mês atrás
Responder para  Davi Poiani

Tsitisipas e Sakkari são grandes farsas que alcançaram bom ranking possivelmente por ausência de bons oponentes mesclado à uma confiança adquirida em seus períodos vitoriosos. O curioso é que ambos são gregos… mas não é algo incomum. O italiano Cecchinato é mais um que se aproveitou de um boa campanha em apenas um slam e com a confiança adquirida e as benesses do bom ranking que é ser cabeça de chave e pegar adversários acessivos, conseguiu se manter pouco mais de 1 ano na faixa de top 20. Mas olhando a carreira dele toda, é um legítimo top100 no máximo.

Davi Poiani
Davi Poiani
1 mês atrás
Responder para  Realist

Não, não, são carreiras bem distintas. Cecchinato seria um terceiro, quarto escalão, e que bom que ele teve o seu lugar ao sol, mesmo que por pouco tempo. O grego conseguiu ser bem mais consistente por mais tempo, é só verificar o histórico.

O Tsitsipas tem potencial para estar no segundo escalão, mordendo alguma coisa grande aqui e ali. E não sair do top 20 pelo menos. A sua mentalidade ou falta de comprometimento que não ajudam.

Fez duas finais de Grand Slam, tem 12 títulos na carreira e 3 Masters. Fora os grandes, quem do circuito atual tem este currículo? Dentre os normais da mesma geração, creio que apenas Zverev e Medvedev fizeram mais.

Última edição 1 mês atrás by Davi Poiani
Realist
Realist
1 mês atrás
Responder para  Davi Poiani

Tsitsipas é só um cara alto, o que confere um bom saque e forehand e só. Por um tempo deu certo. Hoje em dia precisa de muito mais que isso…

José Afonso
José Afonso
1 mês atrás
Responder para  Davi Poiani

Além de ter vencido um ATP Finals também e sido número 3 do ranking.

Eu não gosto do Tsitsipas, mas essa foi mais uma viagem do “Fantasista”…

Realist
Realist
1 mês atrás
Responder para  José Afonso

Dimitrov também ganhou um finals e um m1000 num mesmo ano. Fora isso ficou apenas com 250tinhas na carreira… ou seja, ganhar o finals não é necessariamente indicativo de grandeza. Apenas fizeram um bom torneio. E só.

José Afonso
José Afonso
1 mês atrás
Responder para  Realist

E Dimitrov também foi número 3… eu não sabia desse ranking e do Finals.

Ainda assim, há algumas diferenças marcantes? O búlgaro, com 34 anos, não tem nenhuma final de Slam na carreira, acho que o grego tem três, isso conseguiu aos 24 anos. Tem mais títulos também, mesmo bem mais jovem.

Mas talvez vc tenha razão. Vi aqui que Ruud já foi nº 2 e ele também já fez três finais de Slam. Não são grandes jogadores, mas se já atingiram o top 3 e finais de Slam, devem ter potencial pra ficar no top 10, ao menos.

Flávio
Flávio
1 mês atrás
Responder para  Realist

Não acho que o Tsitsipas foi uma farsa, pois ele é talentoso e teve bons anos o problema é que se acomodou, deslumbrou com a Badosa, deixou de focar e agora apaga o preço da sua falta de foco que se continuar desse jeito vai afundar a sua posição rankeada, sobre a Sakkari essa sim eu concordo.

Alvaro
Alvaro
1 mês atrás

Tsitsipas perdeu a chance de vencer um slam quando Sinner e Alcaraz estavam surgindo. Agora esquece, muito irregular esse back de uma mão, todos vão ali e ele não sustenta.

Marcelo Calmon
Marcelo Calmon
1 mês atrás

Tsitsipas sendo Tsitsipas. Nunca soube perder. Sempre inventava uma desculpa. Reclamar que o cara sacou por baixo e ameaçar acertar o adversário na próxima vez que fizer isso mostra quem ele é. Jogador mediano que teve uma boa fase. Não foi pra 3° rodada de nenhum Slam. Sofrível !

SANDRO
SANDRO
1 mês atrás

Como grande técnico que é, o excelentíssimo Senhor Goran Ivanisevic já tinha previsto tudo isso que está acontecendo com Tsitsipas meses atrás… Muitos o criticaram, mas Ivanisevic só estava defendendo a sua reputação de excelente técnico, e acabou mesmo abandonando esta barca furada do Tsitsipas… Tsitsipas é muito talentoso , mas teimoso… Às vezes, é melhor trabalhar com um cara mais esforçado e que talvez possa não ser muito talentoso, mas segue literalmente as orientações de um bom técnico, do que um cara muito talentoso ,mas teimoso, desobediente tática e tecnicamente e pouco esforçado…

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