Pequim (China) – O russo Andrey Rublev não resistiu à rodada dupla desta segunda-feira no ATP 500 de Pequim. Depois de derrotar o espanhol Alejandro Davidovich Fokina com parciais de 6/4 e 7/5, o cabeça de chave número 4 foi surpreendido pelo convidado da casa Yunchaokete Bu no segundo jogo do dia, caindo com o placar final de 7/5 e 6/4.
Responsável pela eliminação do italiano Lorenzo Musetti nas oitavas, Bu se tornou o segundo chinês a alcançar as quartas de Pequim. Ao fazer mais uma vítima, batendo Rublev para ir até a semi, ele passou a ser o primeiro tenista da casa a ir tão longe na competição. Seu próximo rival será o italiano Jannik Sinner, atual número 1 do mundo.
Terceiro melhor chinês no ranking, Bu anotou sua primeira vitória contra um top 10. Ele também é o primeiro convidado desde 2014 a alcançar a semi, repetindo o feito do britânico Andy Murray. Com a campanha desta semana, o sairá do atual 96º lugar, o mais alto até então na carreira, para a 69ª colocação, melhorando ainda mais o seu recorde pessoal.
O chinês de 22 anos vive grande momento no circuito, na semana passada ele chegou pela primeira vez nas quartas e depois na semi de um ATP, no 250 de Hangzhou. Ele conseguiu agora este feito em um ATP 500 e tem a árdua missão de desafiar o melhor tenista da temporada na próxima partida.
A vitória sobre Rublev foi definida nos detalhes, com o tenista da casa mostrando firmeza nos momentos importantes. Ele salvou os quatro break-points que teve contra e aproveitou dois dos três que teve a seu favor. Bu terminou o jogo com mais bolas vencedoras que o rival russo (19 a 15) e também cometeu menos erros não forçados (26 a 28).
Bu Yunchaokete aproveitou bem demais os ATPs chineses, com 2 semifinais, entrando no TOP70. Que fase do tênis chinês, com Zhizhen Zhang e ótimo next gen Juncheng Shang.
Falar que esse chinês o Gustavo Heide, ganhou dele no qualy de Rolanga, e disseram aqui nos comentários que o Bu era fraco, e não fazia mais que a obrigação ganhar aquele jogo.
Aí as coisas mudam, o cara adquiri casca e treina bastante, e chega além daqueles que ficam estagnados no circuito.
A carreira é curta, tem que fazer bons resultados e jogar cono se fosse o último jogo da vida
Sou suspeito em falar, mas se tem chinês ganhando, eu tô satisfeito!
Acho errado “crucificar” o Sinner. O problema do doping no esporte (não só no tênis) é muito maior do que o “caso Sinner”. O Sinner tentou vencer um Grand Slam sem se dopar.