Chefe do tênis italiano: “Os franceses não estão fazendo o suficiente”

Turim (Itália) – Presidente da Federação Italiana de Tênis e Padel (FITP), Angelo Binaghi falou sobre o sucesso do esporte em seu país em entrevista à AFP. O dirigente destacou a importância da televisão na massificação do tênis na Itália e ainda criticou as escolhas feitas pela Federação Francesa de Tênis (FFT).

“Os franceses não estão fazendo o suficiente. Nos nossos países da Europa Ocidental, o tênis poderia se tornar um desporto mais popular do que o futebol, mas os franceses não querem desenvolver. Por exemplo, eles fazem com que Roland Garros seja transmitido em um canal pago na Itália. Apenas os ricos poderem assistir a este torneio na TV é um enorme erro estratégico”, afirmou.

Para o dirigente italiano, a importância de transmitir o tênis para o maior número de pessoas foi algo crucial em seu país. “O mais importante é o nosso canal de televisão SuperTennis”, falou Binaghi, ressaltando a criação do canal em 2008.

“Se um esporte já não é visto na televisão, não é praticado por crianças e está destinado a morrer. Agora, 900 mil espectadores por dia na Itália assistem ao tênis gratuitamente durante todo o ano. Se eu fosse presidente da Federação Francesa, não permitiria que os meus torneios fossem em canais pagos”, observou o dirigente.

Binaghi reforça a importância de saber usar as mídias em prol do esporte. “Se o tênis for mais popular, há mais clubes, mais escolas, mais jogadores, mais patrocinadores e mais ingressos vendidos a preços altos para grandes eventos. Você já viu o preço dos ingressos para esse ATP Finals? Não se encontra nada por menos de 500 euros e estamos lotados”.

Futuro do ATP Finals na Itália

O presidente da federação italiana também falou sobre a possibilidade de manter o ATP Finals em seu país. Por enquanto o contrato garante a competição até 2025, algo que Binaghi pretende prorrogar. “Depende da ATP, saberemos mais no domingo”, afirmou o dirigente.

“Estamos fazendo todo o possível para garantir que haja uma prorrogação do contrato. Se assim for, veremos então onde, pode ser em Turim, no local atual, ou em Milão, num salão construído para os Jogos Olímpicos de Inverno de 2026, que será maior”, contou Binaghi.