A quarta-feira foi de despedidas no complexo de Roland Garros, talvez a mais importante para nós a do tênis brasileiro, que com a queda da dupla de Luisa Stefani e Beatriz Haddad Maia já não tem mais representantes em qualquer uma das chaves. A derrota para as britânicas Katie Boulter e Heather Watson foi doída, principalmente porque era um jogo bastante ganhável e as brasileiras sabem, por isso saíram bastante frustradas de quadra.
Luisa lamentou que as duas não conseguiram jogar bem ao mesmo tempo e isso acabou fazendo a diferença, ao passo que Bia lamentou seu desempenho, principalmente nos momentos de devolução de saque. Com a eliminação da parceria, o Brasil deixa Paris com apenas três vitórias, uma da dupla feminina, uma da dupla masculina e a outra de Bia.
Quem também se despediu foi a alemã Angelique Kerber, mas esta de forma definitiva, uma vez que os Jogos Olímpicos foram sua última competição em nível profissional. A ex-número 1 do mundo lutou até o fim contra a chinesa Qinwen Zheng e encerrou sua carreira vendendo caro a derrota. Infelizmente no final acabou faltando um pouco de perna para a experiência germânica e em um duelo parelho, qualquer detalhe faz diferença.
Também se despediu da competição e muito provavelmente dos Jogos Olímpicos o espanhol Rafael Nadal, eliminado na dupla com Carlos Alcaraz. Ele ainda não anunciou quando para, mas é praticamente certo que não estará nos Jogos de Los Angeles em 2028. Depois de reclamar da imprensa que não para de falar sobre a aposentadoria, o canhoto de Mallorca fez questão de deixar claro, na entrevista após o jogo, que a partida havia sido sua última “no torneio”.
Nomes como Kerber, Nadal e o britânico Andy Murray, que ainda segue vivo nas duplas masculinas, são tão grandes que transcendem a torcida nacional. Na sala de imprensa era clara a torcida, ainda que bastante comedida, da maioria para que a alemã e o espanhol continuassem vivos na competição. Afinal, grandes nomes trazem consigo grandes histórias e grandes momentos. A ver como Murray se sai amanhã.
Rolou em Roland Garros
– a possibilidade de tempestade nesta quarta-feira não se concretizou (ainda bem) e tudo o que tivemos foi uma breve chuva, que atrasou apenas um pouco a programação e forçou o fechamento dos tetos na Philippe Chatrier e Suzanne Lenglen.
– uma coisa interessante que não dá para perceber pela TV,mas ao vivo é claro é a diferença de iluminação nas duas quadras com o teto fechado, com a Suzanne Lenglen sendo muito mais clara do que a Philippe Chatrier (talvez por ter mais espaços vazios entre o teto e arquibancada).
– na despedida do tênis nacional em Roland Garros, continuei vendo muitos brasileiros no complexo, mas no duelo com as britânicas nas duplas foi a primeira vez que não estávamos em maioria contra rivais que não fossem da casa.