Vacaria (RS) – A britânica Francesca Jones é a primeira jogadora a se classificar para a final do ITF W75 de Vacaria, disputado nas quadras de saibro do Complexo Santa Teresa. Um dia depois de vencer a brasileira Laura Pigossi nas quartas, a jogadora de 24 anos e 125ª do ranking também eliminou a argentina Julia Riera, 149ª colocada, por duplo 6/4. A final acontece neste sábado às 10h, com transmisssão da NSports.
Jones nasceu com uma condição genética rara: a síndrome da displasia ectodérmica ectrodactilia (DEE). Por isso, tem quatro dedos em cada mão e três dedos a menos nos pés, o que exigiu cirurgias frequentes ao longo dos anos. Ela já disputou três chaves principais de Grand Slam, duas em Wimbledon em 2021 e no ano passado, e também o Australian Open de 2021, vinda do quali.
“Os médicos me disseram que eu nunca poderia jogar tênis devido às desvantagens que eles achavam que eu teria. Quando fui limitada por alguém, ou houve uma tentativa de me limitar, isso só me levou a me dedicar ainda mais. Essa foi uma decisão minha, queria provar que eles estavam errados”, disse a britânica, em entrevista ao site da ITF em 2021.
+ Clique aqui e siga o Canal do TenisBrasil no WhatsApp
“Obviamente, há muito mais risco de lesões. Na minha mão esquerda, acho que já fiz mais de dez cirurgias. Isso é algo que tenho que lidar de uma maneira diferente, porque tive que trabalhar muito mais no preparo físico. Meus pés funcionam de maneira diferente e isso significa que corro de maneira diferente. Meu equilíbrio passa por meus pés e dedos de uma maneira diferente”, ponderou a jovem jogadora.
Cabeça 2 do torneio, Jones enfrenta a francesa Leolia Jeanjean, principal cabeça de chave e 122ª do mundo, que derrotou a ucraniana Oleksandra Oliynykova, 297ª colocada, por 6/4 e 6/3. O torneio gaúcho dá 75 pontos no ranking para a campeã, 49 para a vice e 29 para as semifinalistas.
É triste, mas ao mesmo tempo é uma magia positiva que só o esporte pode proporcionar este espírito de coragem e bravura, ou seja, uma atleta querendo superar seus limites para todos que espero que ela siga acreditando no seu sonho.
Não vejo isso como algo triste. Acho que ela é um baita exemplo da frase que o Eliud Kipchoge popularizou: “No human is limited”.
O nível que ela atingiu é incrível para uma paratleta, e o melhor de tudo é que ela não fica se vitimizando. Ela foi lá e deu o seu melhor.
Meu caro, quando falo que é triste é pelas condições que a vida lhe propôs, pois nascer com deficiência ninguém gostaria só que infelizmente, em alguns casos, a vida é assim, então no restante do seu comentário eu concordo com o que você disse.
Entendi, Flávio! No fim, a gente vai se adaptando com o que tem! Fico feliz que concordamos sobre o grande mérito dela. Estou na torcida para que ela chegue ao Top 100!
só tenho uma coisa a dizer: PARABÉNS! que superação. que força de vontade. que moça especial!
Ela é incrível! E joga com as demais apesar das evidentes limitações que a sua condição lhe traz!
Exemplo
Exemplar esta britânica. Torço por ela.
TOP 125 e na semifinal !! Excelente !!
Tanta gente reclamando da vida e essa menina dando exemplo de superação!!! Parabéns Francesca!!!