Brasil termina o ano com apenas dois campeões de challenger

Gustavo Heide e João Fonseca (Foto: Paraguay Open)

Com o fim do calendário de torneios challenger em 2024, a ATP divulgou à imprensa um consolidado de estatísticas do circuito na temporada. O Brasil teve apenas dois campeões, Gustavo Heide em Assunção e João Fonseca em Lexington.

Fonseca, aliás, foi o vencedor mais jovem de 2024 e o único tenista com menos de 18 anos a conquistar um challenger na temporada. O carioca estava com 17 anos e 11 meses quando ganhou seu primeiro título profissional, em agosto nos Estados Unidos.

Outros oito challengers foram vencidos por tenistas de 18 anos. O mais recente foi no último domingo, com o japonês Rei Sakamoto, que foi campeão em casa, nas quadras duras de Yokkaichi. O norte-americano Learner Tien ganhou três challengers aos 18 anos, o francês Gabriel Debru venceu dois torneios, enquanto o austríaco Joel Schwaerzler e o espanhol Martin Landaluce conquistaram um título cada um.

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A temporada passada também teve apenas um campeão com menos de 18 anos, o tcheco Jakub Mensik em Praga. Mas o Brasil foi muito mais bem sucedido no circuito, com quatro títulos de Thiago Wild, um de Felipe Meligeni, um de Thiago Monteiro e outro de Matheus Pucinelli.

Em 2024, Wild e Monteiro priorizaram competições maiores no circuito da ATP e tiveram alguns bons resultados, com o paranaense vencendo Karen Khachanov e Taylor Frtiz no piso duro e o cearense superando os top 10 Casper Ruud e Stefanos Tsitsipas no saibro. Mas nas semanas em que jogaram challengers para compor o calendário, não conseguiram aproveitar o máximo dos pontos à disposição.

França e Argentina lideram em títulos
Francisco Comesana (Foto: Rafael Pignataro)

A França foi o país com maior número de títulos de challenger em 2024, com 24 conquistas. Destaque para os três títulos de Giovanni Mpetshi Perricard em Nottingham-1, Cuernavaca e Acapulco, e mais três de Benjamin Bonzi em Winnipeg, Roanne e Saint-Brieuc. Ambos também conquistaram torneios da ATP nesta temporada. O campeão mais velho da temporada também é francês, Richard Gasquet, aos 38 anos, em Cassis.

A Argentina é o segundo país com o maior número de títulos, 22 ao todo, com destaque para os três de Juan Manuel Cerúndolo e outros três de Camilo Carabelli. Em terceiro lugar ficam os Estados Unidos, com 18 conquistas. No ano passado, os franceses e os argentinos também lideraram a lista, com 27 e 21 títulos, respectivamente. A Itália, que ganhou 17 challengers em 2023, teve 10 títulos em 2024.

Individualmente, os recordistas de títulos de challenger na temporada foram o experiente bósnio de 32 anos Damir Dzumhur, com seis conquistas, uma delas em Portugal no último domingo, e o britânico de 23 anos Jacob Fearnley, que venceu quatro torneios.

Três finalistas em torneios no Brasil
Felipe Meligeni e Jaime Faria (Foto: João Pires/Fotojump)

Oito torneios de nível challenger foram realizados no Brasil e os melhores resultados de simples foram as finais de João Lucas Reis em Florianópolis, Daniel Dutra da Silva em Porto Alegre e Felipe Meligeni em Curitiba. Além deles, nomes como o próprio Meligeni e Matheus Pucinelli disputaram semifinais.

Três torneios foram vencidos por argentinos, Camilo Carabelli em Piracicaba, Alejo Lavallen em Santos e Francisco Comesana em Barueri. Entre esses campões, destaque para Lavallen, que veio do quali e venceu sete jogos em oito dias no litoral paulista.

Relembre os oito challengers realizados no Brasil

Challenger de Piracicaba (SP), 29 de janeiro a 4 de fevereiro
Campeão de simples: Camilo Carabelli (ARG)
Campeões de duplas: Guido Andreozzi (ARG)/Guillermo Duran (ARG)
Melhor brasileiro: Matheus Pucinelli – semi

Challenger de São Leopoldo (RS), 25 a 31 de março
Campeão de simples: Daniel Vallejo (PAR)
Campeões de duplas: Marcelo Demoliner (BRA)/Orlando Luz (BRA)
Melhor brasileiro: Felipe Meligeni – semi

Challenger de Florianópolis (SC), 1 a 7 de abril, 2024
Campeão de simples: Enzo Couacaud (FRA)
Campeões de duplas: Daniel Cukierman (ISR)/Carlos Sanchez Jover (ESP)
Melhor brasileiro: João Lucas Reis – final

Challenger de Porto Alegre (RS), 29 de abril a 5 de maio
Campeão de simples: Ergi Kirkin (TUR)
Campeões de duplas: Roberto Cid Subervi (DOM)/Kaichi Uchida (JPN)
Melhor brasileiro: Daniel Dutra da Silva – final

Challenger de Santos (SP), 6 a 12 de maio
Campeão de simples: Alejo Lingua Lavallen (ARG)
Campeões de duplas: Roy Stepanov (ISR)/Andres Urrea (COL)
Melhor brasileiro: Pedro Sakamoto – 2ª rodada

Challenger de Campinas (SP), 14 a 20 de outubro
Campeão de simples: Tristan Boyer (EUA)
Campeões de duplas: Mateus Alves (BRA)/Orlando Luz (BRA)
Melhores brasileiros: Karue Sell, Matheus Pucinelli e Pedro Sakamoto – quartas

Challenger de Curitiba (PR), 21 a 27 de outubro
Campeão de simples: Jaime Faria (POR)
Campeões de duplas: Fernando Romboli (BRA)/Matias Soto (CHI)
Melhor brasileiro: Felipe Meligeni – final

Challenger de Barueri (SP), 18 a 24 de novembro
Campeão de simples: Francisco Comesana (ARG)
Campeões de duplas: Federico Gomez (ARG)/Luis David Martinez (VEN)
Melhores brasileiros: Gustavo Heide e Felipe Meligeni – quartas

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Gustavo
Gustavo
11 meses atrás

Brazilian STORM

Sadi
Sadi
11 meses atrás

Essa geração de challenger eh a pior dos últimos anos. Wild poderia ganhar alguns, mas joga challenger no modo nhaca, o João está amadurecendo e não deve ficar muito tempo nesse nível; na teoria o Monteiro deveria ser o mito dos challengers. Alguma expectativa no Heide e só. Reis, Meligeni, Pucinelli etc não são jogadores com capacidade técnica d chegar longe com consistência nos challengers

cesar groff
cesar groff
11 meses atrás

Sugeri mes passado a Confederação Brasileira nacionalizar Argentinos e viva… nossos problemas acabaram… Braziliam Tsunami…

João Sawao ando
João Sawao ando
11 meses atrás
Responder para  cesar groff

Kkkkkkkkk

F.F.
F.F.
11 meses atrás
Responder para  cesar groff

Cesar mito
Kkkkkkk

Refaelov
Refaelov
11 meses atrás

Impressionante o desempenho dos Argentinos ano após ano, falta humildade pros nossos dirigentes otimizarem esse intercâmbio e colocarem em prática aqui às boas práticas de lá..

João Sawao ando
João Sawao ando
11 meses atrás
Responder para  Refaelov

Acho que falta humildade para os brasileiros….os tenistas

Maurício
Maurício
11 meses atrás

Um pouco desse desempenho é pq o Wild jogou poucos Challenger esse ano, ele jogou mais ATPs, para vc ter ideia ano passado só ele ganhou 4. O Fonseca mesclou ATP e Challenger. Monteiro quando jogou Challenger foi mal, Heide teve um e outro Challenger que foi bem e só, e o Sell pelo amor de Deus do Sell só FF pra gostar pq em Challenger se fazer semifinal chega morto parece amador jogando com profissional

Davi Silva
Davi Silva
11 meses atrás

Por essas e por outras que eu falo e repito, não dianta criar dezenas de torneios chalengers e itfs aqui no Brasil, isso só encherá a galeria dos nossos hermanos de troféus, tem que construir mais quadras de tênis, investir na base para que haja mais revelações

Jornalista de TenisBrasil e frequentador dee Challengers e Futures. Já trabalhou para CBT, Revista Tênis e redações do Terra Magazine e Gazeta Esportiva. Neste blog, fala sobre o circuito juvenil e promessas do tênis nacional e internacional.
Jornalista de TenisBrasil e frequentador dee Challengers e Futures. Já trabalhou para CBT, Revista Tênis e redações do Terra Magazine e Gazeta Esportiva. Neste blog, fala sobre o circuito juvenil e promessas do tênis nacional e internacional.

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