Badosa revela ter ficado perto da aposentadoria por problemas nas costas

Foto: Jimmie48/WTA

Melbourne (Austrália) – Depois de alcançar pela primeira vez as semifinais de um Grand Slam, batendo a norte-americana Coco Gauff nas quartas do Australian Open em sets diretos, nesta terça-feira, a espanhola Paula Badosa não apenas comemorou o feito, mas também revelou que, no ano passado, chegou a pensar em se aposentar do tênis por causa de problemas recorrentes nas costas.

“Houve um momento no ano passado em que estive muito perto porque não me via jogando em bom nível. As minhas costas não respondiam bem e não encontrava soluções. Mas queria tentar uma última vez, ter última oportunidade para ver como terminava o ano e deu no que deu. Estou muito orgulhosa de tudo o que minha equipe e eu passamos”, contou a tenista de 27 anos.

Apesar da felicidade pela melhor campanha da carreira em Grand Slam, ela não quer parar por aí. “Não me sentirei tranquila até vencer o torneio. Sou sempre assim, é minha personalidade, meu caráter. Hoje posso ter um pouco menos de expectativa, mas ainda tenho pressão porque quero desesperadamente vencer. Entrarei em quadra nas semifinais, não importa contra quem quer que seja e vou querer desesperadamente vencer.”, afirmou Badosa.

“Isso faz parte de mim. Acho que quando estou na fase final o meu nível aumenta e é isso que quero fazer, dar 100% lá e deixar tudo na quadra”, acrescentou a ex-número 2 do mundo, que bateu Gauff com parciais de 7/5 e 6/4. Atual 12ª colocada no ranking da WTA, com a campanha em Melbourne ela voltará ao top 10.

Experiência ajuda a lidar com pressão

Mais madura, a espanhola acredita lidar melhor com os sentimentos agora do que quando teve seu melhor ranking. “Acho que é muito diferente porque quando eu era a número 2 do mundo tudo aconteceu muito rápido. Talvez eu não tenha gerenciado bem as expectativas na época. Ficava muito assustada quando enfrentava alguém que tinha uma classificação inferior à minha”, contou Badosa.

“Eu pensava: ‘o que vai acontecer se eu perder? o que eles vão dizer?’ Eu refleti muito sobre isso e agora não me importo porque posso aceitar isso. Aceito quando minha adversária tem bons momentos na partida, procuro lidar com eles e buscar soluções. Então, no final, tudo se resume a eu ser mais madura”, observou a tenista de 27 anos.

Possível duelo com Sabalenka na semi

Nas semifinais, ela muito provavelmente terá pela frente a bielorrussa Aryna Sabalenka, líder do ranking e atual bicampeã do Australian Open, que mais tarde encara a russa Anastasia Pavlyuchenkova pelas quartas de final. Olhando para frente para um possível duelo com a número 1 do mundo, a espanhola não se amedronta e acredita que tenha armas para tentar vencê-la.

“Aryna está mostrando porque ela é a número 1 do mundo agora. Ela está sendo muito consistente, muito agressiva. Ela é uma jogadora intensa e sempre muito difícil de se enfrentar. Joguei contra ela no ano passado, mas acho que não estava na forma que estou agora. Então, se for Aryna, estou ansiosa por essa partida”, disse Badosa, que perdeu os três jogos contra Sabalenka em 2024 e tem duas vitórias em sete duelos contra a bielorrussa.

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Fernando Venezian
Fernando Venezian
2 horas atrás

Que delícia a chave do feminino hein? Como já havia comentado, tá muito imprevisível! Todo mundo jogando demais!

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