Nova York (EUA) – Falando no podcast Served with Andy Roddick, o jornalista Jon Wertheim, que trabalha na Sports Illustrated desde 1996 e atualmente é editor executivo, revelou algumas grandes novidades que podem impactar seriamente o calendário do tênis. Ele contou que a Arábia Saudita conseguirá receber seu Masters 1000 e isso pode afetar o saibro sul-americano.
“Disseram-me que nas próximas semanas finalmente receberemos este anúncio sobre o décimo evento de nível Masters 1000 e a Arábia Saudita vai recebê-lo. É provável que seja em fevereiro, o que salvará Craig Tiley (diretor do torneio do Australian Open) e seu janeiro, criando assim pequena temporada no Oriente Médio em fevereiro com Dubai e Doha”, disse o jornalista.
Wertheim está preocupado que a introdução de um novo evento Masters 1000 em fevereiro na Arábia Saudita possa significar problemas para a turnê sul-americana de saibro, que também acontece em fevereiro. “Será devastador para os outros eventos de fevereiro, principalmente os da América do Sul”, pontuou, lamentando um possível esvaziamento dos torneios.
“Os eventos na América do Sul realmente se destacaram, acho que as pessoas perceberam que, de certa forma, este é o tênis profissional no seu melhor. Fãs engajados que estão assistindo às duplas e estão fazendo festa. Não vemos uma arquibancada meio vazia com prêmios em dinheiro no final, mas sim uma atmosfera engajada”, enalteceu o jornalista.
“Estou preocupado com o que vai acontecer com isso, quando você tiver três eventos, incluindo um nível 1000 em 2028 ou quando quer que comece a disputa na Arábia Saudita”, complementou Wertheim
Apresentador do podcast, o norte-americano Andy Roddick também lamentou, uma vez que acha que os eventos poderiam ser substituídos por completo. “Tenho certeza que, se eles estão adicionando uma nova temporada e outro Masters 1000, então obviamente vão tirar algo do calendário”, argumentou o ex-número 1 do mundo.
Roddick foi duro nas críticas à ATP e disse que não vê tudo isso como uma tentativa de melhorar o calendário. “Não acredito em nada que eles dizem sobre querer consertar o calendário, porque ações e palavras são conversa fiada sobre querer fazer isso dizendo que ‘é uma prioridade’”, disparou o norte-americano, que também reclamou do esvaziamento dos ATP 250.
Para ele, quando a ATP diminui os torneios 250, está pensando apenas nos jogadores do topo. “Os 250 são irrelevantes para os oito jogadores que estão se classificando para o ATP Finals, eles não afetam a qualificação”, comentou Roddick.
olha só, minha opinião: prefiro muito mais um torneio top, Masters 1000, recheado de estrelas, num palco lindo assistindo na minha tela plana de 60 polegadas do que assistir torneio esvaziado na América do Sul (e as poucas estrelas que vem, como o Zeverev, o Rune… o Musetti… vem totalmente sem vontade), e o público sofrendo com venda de ingressos como lemos aqui.
Concordo plenamente
Toda semana tem torneio com as principais estrelas do circuito. O único diferencial dos torneios árabes é a arquibancada vazia, a falta de emoção, energia e clima.
Nenhuma novidade no fronte! É só o dinheiro que manda!
Puts… Até concordo, mas olha só os torneios nos países árabes, Doha e Dubai, provavelmente o melhor 250 e melhor 500.
Eles fizeram por merecer ter um Masters 1000.
Agora é que o Rio Open deve insistir com a ATP p/ mudar de piso e de data como o diretor Lui Carvalho pontuou na entrevista após o torneio desse ano .
Ou mudar os torneios para a temporada de saibro, antes de Roland Garros ou após Wimbledom, juntos com outros torneios de mesmo piso.
se continuar assim, vai sobrar o atp de Buenos aires e rio open vai virar um 250
Esta aumentando o numero de jogadores sul americano no top 100, acho que a atp se incomoda com isso
não, não está “aumentando o número de sul americanos no top 100”, a cifra se mantém mais ou menos constante desde o início do século e sempre num patamar irrisório comparado aos europeus, norte-americanos e australianos. E não, a ATP não está incomodada com esse fato imaginário.
Isso não vale para os argentinos! Em qualquer corte que se faça no ranking, eles só perdem para estadunidenses, e, a depender da safra, para franceses, espanhóis, australianos, mais uns dois países. Atualmente, só França tem mais.
A corda sempre arrebenta no lado do mais fraco e em matéria de grana eles são incomparavelmente mais fortes que os sul-americanos. Seria covardia fazer uma comparação.
Tecnicamente (tenistas) matará a gira sul-americana, na realidade, hoje, são três torneios 250 (o Brasil Open é um 250 com premiação de 500 com Buenos Aires e Santiago agarrados nele).
Apesar dos números divulgados e as entrevistas do diretor do torneio, tecnicamente foi um fracasso, financeiramente não dá para dimensionar, já que não encontramos informações confiáveis (exemplo: o torneio teve um impacto econômico de 170 milhões para cidade do Rio de Janeiro, dificil o cálculo numa cidade turística como o Rio).
Acredito que o torneio seja deficitário (levando em conta a entrada de dinheiro publico para cobrir ou ajudar a realização do torneio).
Existe uma certa boa vontade com o torneio na imprensa especializada…a realidade é outra.
O diretor do Rio Open disse que a ATP prometeu a ele que confirmando o Master 1000 da Arábia Saudita em fevereiro mudanças vão acontecer no calendário pra não desfavorecer o Rio Open. Alteração de piso e de data estão na mesa de negociações.
No final vai continuar a mesma coisa no Masters 1000 apenas os melhores do ranking participam então a rapa que sobrou e não conseguiu vaga jogam os torneios menores, não é assim desde sempre? É só ver como o tal do Baez campeão do Rio Open tem participações pífias em Slams e Masters europeus, mas na gira sul americana ele é o rei do saibro
um novo masters 1000 agregaria tecnicamente ao circuito. O rio open e seus primos pobres de Buenos Aires e Santiago, tal como são hoje, não agregam absolutamente nada e só permanecem no calendário com status de ATP para cumprir a quota de torneios no terceiro mundo. As chaves tem nível de challenger e mesmo assim só conseguem atrair jogadores locais e o pessoal que vem pelo cache e encara como exibição.
Roddick parece ter razão. Nunca mais veremos jogadores do top 10 disputando eventos ATP 250.
A verdade é que tirando os próprios sulamericanos ninguém que jogar em país de terceiro mundo.