Londres (Inglaterra) – Alvo de muita discussão depois da divulgação do documentário que conta os bastidores da carreira de Carlos Alcaraz, os dias de folga que o espanhol teve após mais uma conquista de Roland Garros foram o assunto principal em sua entrevista coletiva antes da estreia no ATP 500 do Queen’s, o primeiro torneio da temporada de grama.
Perguntado sobre o que sua equipe achou da viagem para Ibiza, o espanhol disse que recebeu total confiança. “Ninguém tentou me impedir de ir embora porque sabiam perfeitamente que eu estaria 100% depois disso. Estou muito feliz que tenham me apoiado assim este ano, me dizendo para ir aonde eu quisesse, para me desconectar”, falou Alcaraz.
“Sentir-se apoiado na hora de tomar decisões é importante. A cada ano aprendemos e nos adaptamos ao que acontece. Talvez daqui a alguns anos eu não consiga fazer esta viagem, mas por enquanto esta desconexão me faz bem”, acrescentou o número 2 do mundo, que estreia na grama do Queen’s Club contra o compatriota Alejandro Davidovich Fokina.
Alcaraz reforçou a importância do descanso depois da temporada de saibro. “É a melhor hora para tirar uns dias de folga, vai virar tradição. Não importa para onde vá, desde que consiga descansar física e mentalmente. Sinto que posso voltar com mais energia. Este ano, peguei mais leve e foram três dias de folga, mais do que o suficiente. Só saí à noite em um deles, nos outros estava na cama à meia-noite”.
A virada na final de Roland Garros parece irreal para o espanhol. “Ainda olho para o meu celular, para a imprensa e assisto aos vídeos do duelo contra (Jannik) Sinner para ver como consegui ganhar os match points contra. A verdade é que não entendo como consegui vencer. Ainda fico em choque quando percebo o que fiz. Às vezes, não tenho plena consciência de que sou o campeão de Roland Garros”.
Carlitos, eres espectacular e increíble. ¡Esa fue lá razón de tu victoria!
Show de mais
Entendo que o espanhol Alcaraz é muito talentoso. Mas para se manter assim no topo precisará muito treino e perseverança. Isso porque o Sinner está voando também.
Tem um Staff e família, espetacular. O se recusar a perder, só se consegue com muito preparo . Isto ele ouviu de Nadal . A FINAL mais longa da história de Roland Garros, mostrou que os dois garotos estão voando baixo. Se um pisar na bola , o outro castiga com requintes de crueldades. Aconteceu isso com o Big 3. Um sempre puxou o outro. Abs !
“A verdade é que não entendo como consegui vencer.”
Sinner sentiu a pressão nos três match points e na hora de sacar para o jogo. Até então o jogo caminhava para um 3 x 1 para o italiano.
O maior mérito do Alcaraz a meu ver foi o que ele jogou a partir daquele momento, em especial nos tiebreaks do quarto e quinto set, considerando que o Sinner não baixou a cabeça.
É ótimo ver o quanto ele tem amadurecido mentalmente. Seguiu direitinho o conselho do Juanki: lembrar que, mesmo fora de quadra, ainda é um tenista — e que precisa agir como tal e se cuidar sempre. Mas sejamos honestos… não deve ser nada fácil manter a compostura sendo jovem, atraente, bem-sucedido e com a testosterona batendo no teto. O caos bate à porta, e ele tem que fingir que não ouviu.